Leão-marinho
Leão-marinho é um animal pertencente à família Otariidae e subordem Pinnipedia. Se trata de animais grandes, que podem pesar mais de 300 kg e que passam parte do tempo na água e parte no substrato sólido. Os leões-marinhos possuem pescoços longos, orelhas externas e se locomovem no solo ou gelo utilizando os seus quatro membros.
No litoral brasileiro, é possível observar a presença de uma espécie de leão-marinho, o leão-marinho-do-sul. Entretanto, vale salientar que em território nacional não há colônia reprodutiva de nenhuma espécie de pinípede.
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Resumo sobre o leão-marinho
- Leões-marinhos são pinípedes, assim como focas e morsas.
- Os pinípedes são animais carnívoros que se alimentam de animais como peixes e lulas.
- A maioria dos pinípedes vive em águas frias.
- Os pinípedes estão classificados em três famílias, sendo a família Otariidae a família do leão-marinho.
- Leões-marinhos possuem corpo robusto, pescoços longos, orelhas externas evidentes e se deslocam sobre os quatro membros.
- Leões-marinhos machos possuem uma espécie de juba.
Leão-marinho e os pinípedes
Os pinípedes são um grupo de carnívoros aquáticos que inclui os leões-marinhos, focas, morsas, elefantes-marinhos e lobos-marinhos. O nome do grupo está relacionado com a modificação de seus membros em nadadeiras (pina = pena, podos = pés), as quais são fundamentais para a sua natação.
Esses animais são divididos em três famílias:
- Otariidae: nessa família estão incluídos os lobos-marinhos e leões-marinhos.
- Odobenidae: nessa família estão incluídas as morsas.
- Phocidae: nessa família estão incluídos os elefantes-marinhos e as focas.
Todos os animais desse grupo apresentam como característica marcante a capacidade de viver em ambiente aquático e também terrestre. No ambiente aquático, eles buscam por alimento. Já no substrato sólido (rochas e plataformas de gelo, por exemplo), eles descansam, se reproduzem e trocam seus pelos.
No ambiente aquático, os pinípedes se locomovem por movimentos ondulatórios e com a ajuda de seus membros modificados em nadadeiras. No ambiente terrestre, a locomoção varia de acordo com a família estudada:
- os otarídeos e odobenídeos conseguem realizar um deslocamento quadrúpede;
- os focídeos são incapazes de mover os membros posteriores para a região anterior do corpo, não sendo capazes, portanto, de realizar o deslocamento quadrúpede.
Os pinípedes destacam-se, ainda, por apresentarem um corpo grande e recoberto por pelos, que ajuda na regulação da temperatura. Possuem vibrissas sensoriais na região do focinho (os famosos bigodes).
Apresentam também uma grossa camada de gordura, que os ajuda a enfrentarem o frio de algumas regiões. Esses animais geralmente são observados em regiões de águas frias, porém podem ser encontrados dos polos até os trópicos.
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Características do leão-marinho
Os leões-marinhos são mamíferos pertencentes à família Otariidae que apresentam corpo robusto e focinho largo e achatado. Recebem a denominação de leões porque os machos possuem uma espécie de juba, assim como os leões-africanos. Além disso, são capazes de emitir um som que lembra um rugido de leão.
Esses animais têm pescoço longo, orelhas externas evidentes, testículos externos e são capazes de se movimentar no substrato sólido utilizando os quatro membros com relativa agilidade. Isso se deve ao fato de que os leões-marinhos podem mover as nadadeiras posteriores para frente, e as nadadeiras anteriores são capazes de girar para trás, garantindo o suporte do peso e manutenção da cabeça ereta.
No ambiente aquático, eles utilizam as nadadeiras anteriores para obter impulso e as posteriores, para se direcionar.
- As nadadeiras anteriores desses animais são alongadas e apresentam unhas rudimentares.
- Os membros posteriores, por sua vez, possuem unhas com desenvolvimento normal.
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Diferenças entre o leão-marinho e a foca
Apesar de serem pinípedes, focas e leões-marinhos apresentam algumas diferenças básicas. Ao analisar o corpo desses animais, é possível perceber que leões-marinhos possuem pescoço longo, enquanto as focas possuem pescoço curto.
Além disso, nos leões-marinhos é possível observar a presença de orelhas externas, as quais estão ausentes em focas. Em focas, não há a presença de testículos externos nos machos, enquanto nos leões-marinhos os testículos externos estão presentes.
Outra característica marcante diz respeito à locomoção. No substrato sólido, as focas se deslocam arqueando seu corpo, não utilizando nadadeiras anteriores como apoio. Os leões-marinhos, por sua vez, utilizam os quatro membros para a locomoção. As nadadeiras posteriores das focas não podem ser movidas para frente, diferentemente das nadadeiras dos leões-marinhos.
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Leão-marinho no Brasil
No Brasil, podemos observar a ocorrência da espécie leão-marinho-do-sul, a Otaria flavescenes. Essa espécie é observada não só em nosso país, mas na região costeira de ambas as margens da América do Sul. Aqui, existem apenas dois locais onde os leões-marinhos podem ser encontrados e ambos estão localizados no litoral do Rio Grande do Sul. Nesses locais, no entanto, os leões-marinhos não se reproduzem, sendo uma região voltada para descanso.
O leão-marinho-do-sul é uma espécie com corpo robusto e focinho largo e curto. Seus pelos são marrons, com tonalidade variando de marrom-dourada a marrom-escura. São animais relativamente grandes, podendo pesar cerca de 350 kg e viver entre 18 e 20 anos de idade.
Os leões-marinhos-do-sul se alimentam de peixes, como corvina e pescadinha, moluscos, como lulas, e crustáceos. Essa espécie, devido aos seus hábitos alimentares, é considerada uma competidora direta das atividades pesqueiras. Essa interação é perigosa para o animal, o qual pode morrer devido à captura acidental ou até mesmo por morte proposital por pescadores.
Um fato curioso sobre os leões-marinhos-do-sul é que eles ingerem pedras, o que pode estar relacionado com sua flutuabilidade.
Outra característica interessante da espécie são os movimentos sazonais realizados pelos machos praticamente todos os anos. No inverno, permanecem em regiões menos frias, como o Brasil, onde descansam e se alimentam. No verão, no entanto, migram para regiões mais frias para se reproduzirem em colônias de reprodução.
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