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Peroxissomos

Peroxissomo é uma organela encontrada praticamente em todas as células eucariontes e que atua, entre outras funções, na oxidação de moléculas tóxicas no fígado e nos rins.
Ilustração da estrutura de um peroxissomo.
Peroxissomo é uma organela envolta por uma membrana simples que contém enzimas em seu interior.

Peroxissomo é uma organela celular encontrada em praticamente todas as células eucariontes. Trata-se de uma pequena vesícula delimitada por uma única membrana e repleta de enzimas. Essas enzimas estão relacionadas com reações nas quais o peróxido de hidrogênio é formado e posteriormente degradado. Dentre as funções dessas organelas, podemos destacar a oxidação de moléculas tóxicas. Em sementes existem peroxissomos especializados denominados glioxissomos.

Leia também: Lisossomo — organela que tem importante função na digestão celular

Resumo sobre peroxissomo

  • Peroxissomo é uma organela pequena envolvida por uma membrana simples.

  • Peroxissomos contêm enzimas utilizadas em diferentes reações oxidativas.

  • As enzimas encontradas neles variam de uma célula para outra.

  • Dentre elas, podemos destacar a D-aminoácido oxidase, a urato oxidase e a catalase.

  • Uma das principais funções dos peroxissomos é a oxidação de moléculas tóxicas.

  • Glioxissomos são peroxissomos especializados encontrados em sementes.

  • A adrenoleucodistrofia ligada ao X e a síndrome de Zellweger são distúrbios peroxissomais.

Videoaula sobre peroxissomo

O que é peroxissomo?

Peroxissomo é uma organela celular presente em células eucariontes. Caracteriza-se por ser delimitada por uma única membrana e apresentar em seu interior uma grande quantidade de enzimas, as quais se diferenciam de uma célula para a outra.

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Estrutura e características do peroxissomo

Os peroxissomos apresentam diâmetro de 0,5 µm a 1,2 µm e são muito evidentes em células do fígado e dos rins de animais mamíferos. Nas células do fígado, por exemplo, é possível observar uma estrutura chamada de nucleoide, formada pelo acúmulo de enzimas peroxissômicas que se cristaliza. Dentre as enzimas presentes nessas organelas, podemos destacar a D-aminoácido oxidase, a urato oxidase e a catalase.

Os peroxissomos são assim chamados devido ao peróxido de hidrogênio produzido como um intermediário em seu metabolismo oxidativo. Essas organelas apresentam oxidases, que utilizam o oxigênio para remover átomos de hidrogênio presentes em substratos específicos, como purinas e o ácido lático proveniente do metabolismo de carboidratos. Essas reações levam à formação de peróxido de hidrogênio, utilizado pela catalase na oxidação de vários substratos, levando à redução do peróxido de hidrogênio à água.

Outra característica importante dos peroxissomos é o fato de que são capazes de aumentar de tamanho e se dividir em dois, característica também observada em cloroplastos e mitocôndrias. Devido a essa capacidade, alguns autores acreditam que essas organelas apresentam origem endossimbiótica. Essa teoria, no entanto, ainda não é consenso.

Veja também: Qual é a importância dos lipídios para o nosso corpo?

Função dos peroxissomos

Copo de vidro com cerveja e gelo dentro; ao lado, uma pequena réplica de um fígado humano, órgão onde atuam peroxissomos.
No fígado, os peroxissomos ajudam na desintoxicação do álcool.

Peroxissomos apresentam diferentes enzimas a depender da célula analisada, apresentando também diferentes papéis em cada tipo celular. Uma das principais funções atribuídas aos peroxissomos é a oxidação de moléculas tóxicas. Nas células do fígado e dos rins, por exemplo, muitas substâncias tóxicas são oxidadas, como os medicamentos, com a ajuda dessas importantes organelas.

Nos peroxissomos encontrados nas células desses órgãos, podemos observar também que aproximadamente 50% do álcool etílico que foi ingerido é transformado em aldeído acético. Os peroxissomos também atuam na degradação de lipídios, além disso, no fígado, possuem papel fundamental na síntese de ácidos biliares e colesterol.

Peroxissomos e glioxissomos

Os glioxissomos são peroxissomos especializados encontrados em tecidos de armazenamento lipídico de sementes vegetais. Nessas células, essas organelas atuam convertendo ácidos graxos em açúcares, fornecendo a energia e o carbono necessários para que as plântulas consigam se desenvolver até serem capazes de realizar a fotossíntese e produzir seu próprio alimento.

Saiba mais: Bile — secreção produzida pelo fígado que auxilia na digestão de gorduras

Quais são as doenças relacionadas ao peroxissomo?

Adrenoleucodistrofia ligada ao X

A adrenoleucodistrofia ligada ao X trata-se do distúrbio peroxissomal mais comum e está relacionada com um gene defeituoso presente no cromossomo sexual X. Caracteriza-se pelo acúmulo de ácidos graxos em tecidos e fluídos corporais devido à ausência da produção de uma proteína de membrana responsável pelo transporte de ácidos graxos para dentro dos peroxissomos. Esse acúmulo destrói a mielina do tecido nervoso, provocando sintomas neurológicos graves.

Síndrome de Zellweger

A síndrome de Zellweger trata-se de um distúrbio peroxissomal que se destaca pela deficiência em enzimas dos peroxissomos. Trata-se de uma síndrome que promove lesões no fígado, rins, e nos músculos, além de provocar desorganização do sistema nervoso. Em geral, os pacientes com essa síndrome morrem ainda no primeiro ano de vida.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
Assista às nossas videoaulas

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