Tamanduá
Os tamanduás são animais mamíferos que se caracterizam pela presença de um focinho típico alongado e estreito, terminando em uma boca pequena. Eles também possuem uma longa língua, que utilizam na captura de insetos. No mundo, existem quatro espécies de tamanduá, ocorrendo três em nosso país. A seguir falaremos mais a respeito das três espécies de tamanduá existentes no Brasil.
→ Tamanduá-bandeira
O tamanduá-bandeira é um animal grande que pode pesar mais de 30 quilos.
O tamanduá-bandeira é uma espécie da família Myrmecophagidae, que apresenta o nome científico Myrmecophaga tridactyla. Essa espécie ocorre em vários países, tais como Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Honduras, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela. No nosso país é encontrada em todos os biomas.
Essa espécie destaca-se pelo seu tamanho, sendo comum indivíduos com mais de 30 quilos e cerca de 2 metros de comprimento. A pelagem do tamanduá-bandeira também é marcante, apresentando uma faixa diagonal preta em seu corpo com bordas brancas. As patas dianteiras do tamanduá-bandeira são mais claras que as patas traseiras.
O tamanduá-bandeira apresenta o hábito terrestre. Seus membros anteriores são fortes e musculosos e possuem dedos com garras fortes. No membro posterior, as unhas são mais curtas. Sua cauda destaca-se por ser grande e com pelos grossos.
Essa espécie alimenta-se principalmente de formigas e cupins, insetos que são capturados por sua longa língua de cerca de 60 centímetros. Seu sentido mais aguçado é o olfato, sendo a visão e a audição sentidos pouco desenvolvidas nesse animal.
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O tamanduá-bandeira é um animal que vive sozinho, sendo comum avistá-lo com outros indivíduos, geralmente, apenas no momento da reprodução e com seus filhotes. A gestação dura entre 183 e 190 dias e a fêmea comumente dá a luz a um filhote, o qual apresenta pouco mais de um quilo. Após o nascimento, a fêmea carrega seu filhote por cerca de seis meses em seu dorso.
Atualmente, o tamanduá-bandeira é classificado pela IUCN como uma espécie vulnerável. Desse modo, é fundamental que sejam criadas medidas de proteção para evitar a extinção desse animal.
→ Tamanduá-mirim
O tamanduá-mirim é um animal que apresenta cerca de 5 a 8 quilos.
O tamanduá-mirim é uma espécie da mesma família do tamanduá-bandeira, a família Myrmecophagidae. O nome científico desse animal é Tamandua tetradactyla. Essa espécie é encontrada em várias regiões do nosso país e é também observada na Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Trindade e Tobago, Uruguai e Venezuela.
Esse animal possui uma grande variação no padrão de coloração a depender do local que ele é encontrado. É possível encontrar, por exemplo, indivíduos com coloração dourada e uma espécie de colete preto em seu corpo. Outros indivíduos, no entanto, podem apresentar coloração totalmente preta ou ainda totalmente dourada.
O tamanduá-mirim é menor que o tamanduá-bandeira e apresenta cerca de 7 quilos. Geralmente, seu comprimento varia entre 47 e 72 cm, e sua cauda possui mais de 50 cm. Possuem membros anteriores com garras longas e curvadas, e membros posteriores com unhas curtas. Eles possuem uma cauda preênsil.
O tamanduá-mirim é encontrado, em geral, em árvores, possuindo, portanto, um hábito arborícola. Vale salientar, no entanto, que esse animal pode ser encontrado no solo descansando ou se alimentando. Os tamanduás-mirins alimentam-se de insetos, como cupins e formigas. Vale destacar que alguns indivíduos atacam ninhos de abelhas para comer mel.
O tamanduá-mirim vive, geralmente, sozinho, porém pode ser observado na companhia de outros indivíduos quando está em fase reprodutiva ou em fase de cuidado com seus filhotes. A gestação desse animal dura entre 130 e 150 dias, e, geralmente, a fêmea dá a luz a um filhote. Após o nascimento, o filhote pode ser observado por alguns meses sendo levado pela mãe em seu dorso.
Atualmente o tamanduá-mirim é classificado pela IUCN na categoria “pouco preocupante”.
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→ Tamanduaí
O tamanduaí é a menor espécie de tamanduá.
O tamanduaí é uma espécie da família Cyclopedidae que apresenta como nome científico Cyclopes didactylus. Ela é encontrada em nosso país na região da Floresta Amazônica e também foi encontrada uma população isolada no Nordeste. Porém, não se observa essa espécie apenas no Brasil, sendo observado desde o sul do México, América Central e na América do Sul até a Bolívia.
Essa espécie é a menor espécie de tamanduá encontrada no mundo, apresentando cerca de 35 cm, e uma cauda de cerca de 20 cm. O macho, geralmente, é mais pesado que a fêmea, possuindo em média um pouco mais de 250 gramas, a fêmea, por sua vez, pesa cerca de 215 gramas. Raramente, os adultos possuem mais que 400 gramas.
O tamanduaí possui uma pelagem densa e os pelos são curtos. A coloração do tamanduaí é variável, sendo possível observar diferença a depender do local que a espécie é encontrada. A cor do pelo pode variar do dourado até cinza, sendo possível observar uma faixa no dorso do animal de coloração marrom.
O tamanduaí é um animal noturno, que apresenta hábito arborícola, descendo raramente ao chão, e que se alimenta predominantemente de formigas encontradas nessas árvores. Suas patas garantem a locomoção desses animais. No membro anterior, por exemplo, é possível observar duas garras longas, presentes no segundo e terceiro dedo, que ajudam nessa função.
Além de ajudar na locomoção, essas garras permitem que o tamanduaí consiga destruir formigueiros para conseguir alimento. Essa espécie também apresenta uma cauda longa que garante que se segure nas árvores.
Geralmente, é encontrado sozinho, assim como os demais tamanduás, sendo possível observar mais de um indivíduo no momento da reprodução e quando estão cuidando dos filhotes. A gestação desse animal dura entre 120 e 150 dias, e, normalmente, a fêmea dá a luz a apenas um filhote. Um fato curioso é que nessa espécie o macho também ajuda no cuidado com o filhote.
Atualmente o tamanduaí é classificado pela IUCN na categoria “pouco preocupante”.
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