Câncer infantil
Câncer infantil é o nome dado aos cânceres que se desenvolvem em crianças e adolescentes. Por câncer entende-se um grupo de doenças que apresentam em comum o crescimento rápido e desordenado de células, as quais podem invadir tecidos adjacentes e até mesmo se espalhar para regiões distantes da original. O câncer infantil, diferentemente dos cânceres que ocorrem em adultos, não é resultado de exposição a fatores de risco ambientais e estilos de vida pouco saudáveis. Com isso, não há formas eficazes de se prevenir da doença.
Alguns sintomas do câncer infantil são sangramentos, dores de cabeça, tontura, perda de equilíbrio e coordenação, caroços, alterações oculares e inchaço abdominal. A presença desses sintomas não indica, no entanto, um caso de câncer infantil e sim um alerta para que os responsáveis encaminhem a criança ou adolescente para um especialista a fim de uma maior investigação. Quimioterapia, radioterapia e cirurgia estão entre as principais técnicas para o tratamento do câncer infantil.
O Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil é celebrado em 15 de fevereiro. Já o dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil é celebrado em 23 de novembro. |
Resumo sobre câncer infantil
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Atinge crianças e adolescentes.
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Não está relacionado com a exposição a fatores ambientais.
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Tende a responder melhor aos tratamentos disponíveis atualmente do que os cânceres observados em adultos.
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Entre os seus tipos mais comuns estão: leucemias, tumores do sistema nervoso central, linfoma, neuroblastoma e tumor de Wilms.
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Cada caso é único, e somente um profissional poderá indicar o melhor tratamento.
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Seus tratamentos incluem cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
Características do câncer infantil
O câncer infantil afeta crianças e adolescentes. Quando comparado aos cânceres que acometem adultos, o câncer infantil possui algumas diferenças. A primeira característica é o fato de que nele as células se multiplicam de maneira muito mais rápida que em adultos. Além disso, devido à natureza embrionária predominante, os tumores em crianças e adolescentes são formados por células indiferenciadas, o que aumenta as chances de melhor resposta aos tratamentos.
Vale destacar que o câncer infantil não apresenta relações com estilo de vida do paciente. Enquanto muitos cânceres no adulto estão associados, por exemplo, ao tabagismo, ao álcool e a outros fatores ambientais, os cânceres infantis não apresentam evidências científicas de associações com fatores ambientais.
Cânceres infantis mais comuns
Quando falamos em câncer na infância e adolescência, alguns tipos se destacam como mais frequentes. Dentre os tipos mais comuns, podemos citar as leucemias, os tumores do sistema nervoso central, o linfoma, o neuroblastoma e o tumor de Wilms.
As leucemias se destacam como o tipo de câncer mais recorrente em crianças e adolescentes e serão debatidas mais detalhadamente no próximo tópico. Os tumores cerebrais e do sistema nervoso central se destacam como o segundo tipo mais comum e podem provocar dores de cabeça, dificuldade de locomoção, tontura, visão turva e vômitos. Os linfomas afetam o sistema linfático e podem provocar fraqueza, perda de peso, febre, sudorese e aumento dos linfonodos.
O neuroblastoma afeta as células do sistema nervoso periférico, geralmente apresenta localização abdominal e raramente é diagnosticado em crianças com idade maior que 10 anos. O tumor de Wilms afeta os rins e pode se aparecer como um nódulo ou inchaço no abdome.
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Leucemia infantil
Quando falamos em câncer infantil, a leucemia se destaca como o tipo mais frequente. A leucemia pode ser dividida em dois grupos: mieloide e linfoide. Denomina-se leucemia mieloide aquela que afeta células mieloides, ou seja, células que originam hemácias, plaquetas, monócitos, neutrófilos, eosinófilos e basófilos.
Já a leucemia linfoide ou linfocítica é aquela que afeta as células linfoides, ou seja, que originam os linfócitos. As leucemias podem ser ainda classificadas, de acordo com a velocidade de evolução, em agudas ou crônicas. As agudas apresentam um agravamento mais rápido, e as crônicas se agravam lentamente.
A leucemia linfoide aguda infantil corresponde a cerca de 75% dos casos de leucemia em crianças e adolescentes e apresenta uma grande chance de cura. Apesar da chance de cura ser alta, a evolução da doença é rápida e necessita de um diagnóstico precoce. Os sintomas incluem cansaço, sonolência, infecções constantes, aumento do baço e linfonodos, hematomas, dores de cabeça, vômito e dores ósseas.
A leucemia mieloide aguda infantil se destaca como o segundo tipo mais comum de leucemia em crianças e adolescentes. A doença provoca sinais como febre, infecções recorrentes, aumento de nódulos linfáticos, perda de peso, fraqueza, palidez, dor nos ossos, hematomas e sangramentos.
A leucemia mieloide crônica infantil apresenta baixa incidência, atingindo cerca de 4% das crianças e adolescentes. O tratamento hoje disponível permite uma remissão completa do quadro na maior parte dos pacientes. Os sintomas incluem infecções recorrentes, fadiga, palidez, fraqueza, perda de peso, sangramentos espontâneos, hematomas e dor nos ossos.
A leucemia mielomonocítica juvenil se destaca por ser um tipo muito raro e por não ser aguda nem crônica. Ela corresponde de 2% a 3% de todas as leucemias em crianças, aproximadamente, e seu desenvolvimento é agressivo. Pode provocar febre, dificuldade para respirar, sangramentos, lesões na pele e aumento de fígado e baço. O único tratamento que pode levar à cura do problema é o transplante de medula óssea.
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Sintomas do câncer infantil
De acordo com o folheto “Câncer da criança: sinais de alerta”, elaborado por instituições internacionais de controle do câncer e editado, em nosso país, pelo Inca, são considerados sinais de alerta que necessitam de avaliação médica:
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palidez, hematomas ou sangramento, dor óssea;
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caroços ou inchaços, especialmente se indolores e sem febre ou outros sinais de infecção;
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perda de peso inexplicada ou febre, tosse persistente ou falta de ar, sudorese noturna;
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alterações oculares — pupila branca, estrabismo de início recente, perda visual, hematomas ou inchaço ao redor dos olhos;
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inchaço abdominal;
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dores de cabeça, especialmente se incomuns, persistentes ou graves, vômitos (em especial pela manhã ou com piora ao longo dos dias);
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dor em membros ou dor óssea, inchaço sem trauma ou sinais de infecção;
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fadiga, letargia ou mudanças no comportamento, como isolamento;
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tontura, perda de equilíbrio ou coordenação.
Apesar desses sinais clínicos serem reconhecidos internacionalmente como sinais de alerta, a presença deles não significa necessariamente um caso de câncer infantil. Sua presença deve ser encarada como uma necessidade de auxílio médico e investigação profunda do quadro clínico da criança.
Como muitas vezes os sintomas se assemelham a doenças típicas da infância, o diagnóstico pode não ser realizado de maneira precoce, o que pode dificultar o tratamento. Assim sendo, os responsáveis devem estar atentos às alterações no corpo da criança e aos sintomas persistentes e procurar o médico regularmente.
Diagnóstico de câncer infantil
O diagnóstico de câncer infantil é realizado por meio da análise dos sintomas apresentados pelo paciente e de exames específicos, tais como exames de imagem e biópsias.
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Tratamento do câncer infantil
Os canceres infantis apresentam, geralmente, uma boa resposta aos tratamentos hoje disponíveis. De acordo com o Inca, “em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos da doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados”.
O tratamento se inicia assim que se obtém o diagnóstico da doença, e a técnica utilizada dependerá do tipo de câncer diagnosticado. Entre os tratamentos mais realizados estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. A cirurgia consiste na retirada do tumor. Já a quimioterapia utiliza substâncias químicas para tratar o problema. Por fim, a radioterapia é uma técnica que utiliza radiação para destruir as células do tumor ou impedir que elas se multipliquem.
É importante que a criança ou adolescente com câncer infantil receba acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, sendo essencial que o tratamento seja feito observando o indivíduo como um todo. O acompanhamento psicológico, por exemplo, deve ser oferecido para que a criança ou adolescente bem como sua família consigam enfrentar esse momento sem sentimento de raiva, negação ou culpa, por exemplo.