Economia de Mercado
Entende-se por economia de mercado um sistema econômico marcado pelo predomínio da iniciativa privada na economia. Nesse modelo, admite-se a existência de empresas públicas ou estatais na economia, porém essas devem estar em menor número e não devem ditar o ritmo do comércio.
Sabe-se que, no capitalismo, o principal objetivo das atividades é a geração de lucro e do acúmulo de riquezas. Para propiciar esse objetivo, a atividade comercial foi dinamizada com a realização de trocas monetárias, prática iniciada e difundida a partir do século XVI. Dessa forma, a economia de mercado é uma estratégia econômica elaborada com o intuito de intensificar essa lógica.
Esse modelo esteve acompanhado, primeiramente, pelo liberalismo econômico, que preconizava a mínima intervenção do Estado na economia. Posteriormente, após a década de 1970, esse modelo foi retomado em associação ao neoliberalismo, que novamente pregava a mínima intervenção do Estado na economia, salvo em tempos de crise e de instabilidades social e econômica. Atualmente, praticamente todos os países do mundo adotam esse modelo.
Portanto, percebe-se que na economia de mercado toda a economia está centrada no setor terciário da economia, ou seja, no comércio. Além disso, é comum nesse modelo a difusão do processo de terceirização da economia, que consiste na ampliação do setor de prestação de serviços. Funciona assim: as empresas não necessariamente cuidam de todo o processo produtivo, sendo parte dele contratado para ser realizado por outra empresa especializada (terceirizada), tais serviços podem incluir a limpeza, a segurança e até a fabricação de peças e produtos.
Esse modelo econômico recebe muitas críticas de setores e militantes de esquerda. Eles argumentam que a predominância do livre comércio proporciona a precarização do trabalho e o aumento das desigualdades sociais e econômicas, pois o objetivo da iniciativa privada é apenas o lucro e não há preocupação com os valores humanos e sociais.