Glândula pineal

Glândula pineal é uma glândula endócrina responsável por secretar a melatonina, um hormônio que desempenha diferentes funções no nosso organismo.
A pineal é uma pequena glândula conhecida desde a Antiguidade. No passado, era muito estudada por filósofos que a associavam com funções metafísicas.

A glândula pineal é uma glândula endócrina localizada aproximadamente no centro do encéfalo. É responsável pela produção da melatonina, um hormônio que participa, entre outras funções, da regulação dos nossos ciclos biológicos. A secreção da melatonina pela glândula pineal segue um ritmo diário, com seu pico ocorrendo durante o período noturno. Atualmente, a melatonina é usada na medicina no tratamento de problemas do sono e algumas doenças neurológicas que cursam com distúrbios do sono.

Leia mais: Sistema endócrino – composto por glândulas endócrinas, as quais lançam no sangue os hormônios que produzem

Resumo sobre glândula pineal

  • A pineal é uma pequena glândula localizada aproximadamente no centro do encéfalo.

  • Ela apresenta dois tipos celulares principais: os pinealócitos e os astrócitos.

  • Os pinealócitos são responsáveis pela produção de melatonina.

  • A pineal responde a estímulos luminosos.

  • A escuridão provoca a secreção de melatonina.

  • A melatonina está relacionada com diferentes funções, como ação imunomodulatória, antitumoral, anti-inflamatória e regulação dos ritmos biológicos.

O que é a glândula pineal?

A glândula pineal, também chamada de epífise, é uma glândula endócrina, ou seja, que libera sua secreção diretamente no sangue. O hormônio por ela produzido é a melatonina. Apresenta um formato que lembra uma pinha, daí sua denominação. Em seres humanos, a glândula pineal apresenta cerca de 7,4 mm de comprimento por 6,9 mm de largura. Vale destacar que seu peso e tamanho variam de acordo com a idade, pesando, em adultos, de 100 mg a 150 mg.

Externamente, a glândula pineal é revestida pela meninge pia-máter. Da pia-máter, partem septos de tecido conjuntivo que adentram a glândula, dividindo-a e formando lóbulos. A glândula pineal apresenta como tipos celulares principais os pinealócitos e os astrócitos.

Os pinealócitos são os tipos celulares encontrados em maior quantidade e são os responsáveis pela produção de melatonina. Além da melatonina, os pinealócitos secretam peptídios ainda mal conhecidos. Os astrócitos, encontrados em menor quantidade que os pinealócitos, são encontrados entre essas últimas células.

  • Videoaula sobre glândulas

Qual a função da glândula pineal?

A glândula pineal se destaca, principalmente, pelo seu papel no controle dos ciclos biológicos. A glândula responde a estímulos luminosos, sendo controlada pela quantidade de luz percebida pelo organismo. A escuridão provoca a secreção de melatonina e peptídeos, os quais provocam mudanças na atividade secretora de diversos órgãos.

Em algumas espécies de animais, a glândula pineal apresenta um papel importante na reprodução, estando relacionada com a chamada fertilidade sazonal, importante para garantir o nascimento dos filhotes em determinadas épocas do ano. Nesses animais, há maior produção de melatonina durante o inverno, quando as noites são mais longas que os dias.

A secreção da glândula pineal atua suprimindo a secreção do hormônio gonadotrópico, inibindo o funcionamento das gônadas. Passado o inverno, a secreção do hormônio gonadotrópico supera o efeito provocado pela melatonina, fazendo com que as gônadas voltem a funcionar adequadamente. Ainda não se sabe se a pineal apresenta função semelhante no controle da reprodução nos seres humanos.

Leia mais: Reprodução sexuada além dos animais, ocorre em algas, plantas e fungos

O que é melatonina?

A glândula pineal secreta melatonina, a qual atinge seu pico de secreção durante a noite.

A melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal e é sintetizado da serotonina em uma sequência de reações. Seu pico de produção ocorre durante o período noturno, e, após sintetizada, é imediatamente liberada na corrente sanguínea. A melatonina, portanto, não é estocada. Sua secreção se inicia aproximadamente duas horas antes do horário habitual de dormir.

A duração da noite influencia diretamente na produção de melatonina. No inverno, quando as noites são mais longas e os dias são mais curtos, há maior secreção do hormônio. Vale destacar que a secreção de melatonina é suprimida pela interrupção do escuro por luz artificial, sendo os efeitos da iluminação dependentes do comprimento da onda e o tempo de exposição.

A melatonina apresenta diferentes ações já comprovadas, apresentando, por exemplo, ação anti-inflamatória, antitumoral, antioxidante e atuando nas células imunológicas. Seu papel mais conhecido, no entanto, está relacionado com a regulação do chamado ritmo circadiano (ritmo biológico que opera em um ciclo de cerca de 24 horas).

A melatonina pode ser considerada o hormônio da escuridão, pois informa ao organismo que é noite. Muitas pessoas se referem a ela como o hormônio do sono, porém muitos autores destacam que ele não deve ser assim considerado, pois é produzido tanto em animais diurnos quanto em noturnos, não afetando o comportamento típico dessas espécies.

Nos seres humanos, a melatonina é capaz de provocar sonolência e reduzir a temperatura do nosso corpo. Devido a isso, ela é utilizada no tratamento de distúrbios do sono, como alguns tipos de insônia. Além disso, a melatonina é utilizada no tratamento de doenças que provocam distúrbios do sono. É usada também na correção de problemas causados pelo jet-lag — alterações no ritmo biológico de 24 horas que acontecem devido a mudanças de fuso horário.

Alguns estudos sugerem que o uso de melatonina pode ser benéfico no tratamento de enxaqueca, depressão e lesões isquêmicas. Vale salientar, no entanto, que seu uso deve ser indicado e acompanhado pelo médico. Caso queira saber mais sobre o tema deste tópico, leia nosso texto: Usos da melatonina.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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