História do telefone

A história do telefone é marcada pela evolução do dispositivo, desde 1876, quando foi criado, até os dias atuais, com a presença dos smartphones em nosso dia a dia.

A história do telefone tem início na sua invenção e segue até as inovações tecnológicas mais atuais.

A história do telefone está relacionada à invenção desse aparelho, geralmente atribuída a Alexander Graham Bell, em 1876, quando ele patenteou o primeiro dispositivo capaz de transmitir a voz humana eletronicamente. Entretanto, essa história é marcada por controvérsias, já que outros inventores, como Antonio Meucci, também desenvolviam tecnologias semelhantes na mesma época.

O primeiro telefone criado por Bell era simples, com um transmissor e receptor conectados por fio, possibilitando uma transmissão rudimentar de som. Com o tempo, o telefone evoluiu em vários tipos, desde o fixo de mesa até o satelital, passando pelo telefone público e pelo sem fio. A história do telefone no Brasil começou em 1877, apoiada por Dom Pedro II, e se expandiu com a privatização, nos anos 1990, e o crescimento da telefonia celular.

O telefone trouxe grande impacto na sociedade, desde sua invenção até as inovações tecnológicas atuais. Hoje, o telefone é um meio de comunicação essencial que, além de conectar pessoas, evoluiu para oferecer uma variedade de serviços e recursos.

Leia também: Afinal, como surgiu a internet?

Resumo sobre a história do telefone

A história do telefone está ligada à invenção do dispositivo, atribuída a Alexander Graham Bell, um cientista e inventor canadense.
Outros inventores desenvolveram tecnologias similares na mesma época, mas Graham Bell foi o primeiro a patentear o dispositivo, em 1876.
O primeiro telefone de Graham Bell era composto por um transmissor e um receptor conectados por um fio.
Em 1880, surgiram os primeiros telefones com discagem manual e teve início a criação das primeiras linhas telefônicas conectadas por operadores.
Os telefones sem fio foram introduzidos em 1980.
A evolução do celular começou, em 1973, com o primeiro modelo portátil da Motorola.
O telefone chegou ao Brasil, em 1877, com o apoio de Dom Pedro II e foi inicialmente instalado nas grandes cidades.
Com a privatização, nos anos 1990, a telefonia se expandiu, tornando-se mais acessível com a chegada da telefonia celular.

Quem inventou o telefone?

Graham Bell foi o primeiro a patentear o telefone. Na foto, ele realiza uma ligação de Nova York para Chicago, em 1892.

A invenção do telefone é atribuída a Alexander Graham Bell, que em 1876 patenteou o primeiro dispositivo capaz de transmitir a voz humana eletronicamente. No entanto, essa invenção gerou controvérsia, pois outros inventores, como Elisha Gray e Antonio Meucci, também desenvolviam tecnologias semelhantes na mesma época.

Meucci, um italiano que trabalhava nos Estados Unidos, chegou a apresentar uma versão inicial de seu dispositivo em 1854, mas não conseguiu patentear sua invenção devido a dificuldades financeiras. A patente de Bell, dessa forma, consolidou seu nome como o inventor oficial do telefone.

Como era o primeiro telefone?

O primeiro telefone criado por Bell era rudimentar e operava de maneira bem distinta dos aparelhos modernos. Esse dispositivo era composto por um transmissor e um receptor conectados por um fio. Para transmitir a voz, era necessário falar em um microfone primitivo, que transformava o som em sinais elétricos que viajavam pelo fio até o receptor.

Desenho do primeiro telefone de Graham Bell em selo comemorativo do centenário da invenção.

O som, ao chegar ao receptor, era transformado de volta em som audível, embora com qualidade muito limitada. A voz transmitida era pouco clara, mas foi o suficiente para marcar o início de uma revolução na comunicação.

Veja também: Quem inventou a televisão?

Tipos de telefone

Com o avanço da tecnologia, o telefone evoluiu e passou a ter diferentes variações para atender a diversas necessidades. Os principais tipos de telefone incluem:

Telefone fixo de mesa: usado principalmente em residências e escritórios, esse telefone foi o padrão por várias décadas e tinha componentes simples de discagem rotativa ou por botão.

Um telefone de mesa do início do século XX.^[1]

Telefone público (orelhão): foi introduzido para uso público em locais de grande circulação, como ruas e terminais de transporte, permitindo a comunicação por moedas ou cartões telefônicos.

Orelhões no Brasil, na década de 1980.^[2]

Telefone sem fio: introduzido nos anos 1980, permite a comunicação em uma distância limitada da base fixa, conectado à rede telefônica, mas sem a necessidade de cabos entre o aparelho e o receptor.
Telefone celular: é a evolução que possibilitou a comunicação móvel a grandes distâncias e que, com o tempo, incorporou funções de mensagens, internet e multimídia, tornando-se uma plataforma multifuncional de comunicação e entretenimento.

Os smartphones transformaram o celular em um aparelho multifuncional.

Telefone satelital: utilizado em locais aos quais a rede de telefonia convencional ou móvel não alcança, como em áreas remotas e marítimas, ele usa a comunicação via satélites.

Linha do tempo da evolução do telefone

1876: Alexander Graham Bell patenteia o telefone, revolucionando a comunicação ao possibilitar a transmissão de voz à distância.
1880: Primeiros telefones com discagem manual e início da criação das primeiras linhas telefônicas conectadas por operadores.
1915: É feita a primeira ligação transcontinental nos Estados Unidos, conectando Nova York a São Francisco.
1940: Introdução dos telefones rotativos, permitindo que os usuários discassem diretamente o número desejado.
1963: Introdução do sistema de discagem por tom (DTMF), que substitui o sistema de discagem rotativa.
1980: Lançamento do telefone sem fio, oferecendo mobilidade dentro do alcance da base.
1990: Expansão da tecnologia de telefonia celular, permitindo a comunicação em movimento e aumentando o número de usuários móveis.
2000: Início da popularização dos smartphones, que revolucionam a telefonia com recursos de internet, câmera e aplicativos.
2020: A tecnologia 5G é implantada, proporcionando maior velocidade de conexão e novas possibilidades para o uso dos dispositivos móveis.

História e evolução do celular

Martin Cooper usando um protótipo de celular da década de 1970.^[3]

A história do celular começa em 1973, quando Martin Cooper, engenheiro da Motorola, realizou a primeira chamada de celular da história. O dispositivo era grande e pesado, conhecido como “tijolo”. Nos anos 1980, a tecnologia avançou e começou a ganhar popularidade com a introdução dos primeiros modelos comerciais, que ainda eram caros e de uso restrito.

Nos anos 1990, os aparelhos celulares tornaram-se mais acessíveis e compactos, com maior duração da bateria e novos recursos, como SMS. No início dos anos 2000, o surgimento dos smartphones transformou o celular em um dispositivo multifuncional, permitindo acesso à internet e a aplicativos diversos. Hoje, os celulares são essenciais na vida moderna, oferecendo conexão, produtividade e entretenimento em um só dispositivo.

História do telefone no Brasil

No Brasil, o telefone foi introduzido logo após sua invenção, em 1877, pelo imperador Dom Pedro II. As primeiras redes foram instaladas nas principais cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo. Em 1883, a primeira companhia telefônica brasileira foi fundada, a Companhia Telefônica Brasileira, que posteriormente se tornaria a Telerj, responsável pelo serviço de telefonia no estado do Rio de Janeiro.

Com o tempo, o sistema de telefonia foi nacionalizado e passou por diversas modernizações. A privatização das empresas estatais, nos anos 1990, e o advento da telefonia celular democratizaram o acesso ao telefone no país, transformando a comunicação a distância e ampliando o acesso em áreas remotas.

Quem foi Graham Bell?

Alexander Graham Bell, considerado o inventor do telefone.

Alexander Graham Bell, nascido em 1847, foi um cientista, inventor e professor de surdos canadense que se destacou na pesquisa de tecnologias de comunicação. Motivado pela surdez de sua mãe e de sua esposa, Bell dedicou sua vida ao estudo da audição e da fala.

Embora seja mais conhecido pela invenção do telefone, Bell também trabalhou em diversos outros projetos, incluindo o desenvolvimento de tecnologias de gravação sonora e pesquisa na aviação. Ele fundou a Bell Telephone Company e teve grande influência na inovação tecnológica da época, sendo reconhecido como um dos grandes inventores do século XIX.

Saiba mais: Thomas Edison — um dos maiores inventores da humanidade

Curiosidades sobre o telefone

A primeira frase transmitida por telefone foi “Mr. Watson, come here, I want to see you” (Senhor Watson, venha aqui, quero vê-lo), dita por Bell ao seu assistente, Thomas Watson, em 1876.
Antonio Meucci é considerado por muitos o verdadeiro inventor do telefone, pois desenvolveu um dispositivo similar em 1854. No entanto, por falta de recursos, ele não conseguiu patentear sua invenção antes de Bell.
Os “orelhões” foram introduzidos no Brasil, nos anos 1970, pela Telebras, tornando-se um símbolo icônico da telefonia pública. Inicialmente, os orelhões usavam fichas, que depois foram substituídas por cartões.
O primeiro celular comercial foi o Motorola DynaTAC, lançado em 1984. Ele pesava cerca de um quilo e custava mais de três mil dólares.
O SMS foi introduzido em 1992, mas só se popularizou nos anos 2000 como uma forma rápida e econômica de comunicação.
Nos anos 1950 e 1960, era comum que os números de telefone tivessem letras que representavam as primeiras letras das localidades. Por exemplo, uma ligação em Nova York poderia começar com “PL(aza)” para representar o código de área.

Créditos das imagens

^[1] Wikimedia Commons

^[2] Wikimedia Commons

^[3] Rico Shen/ Wikimedia Commons

Fontes

DUTRA, Flora. A história do telefone celular como distinção social no Brasil: da elite empresarial ao consumo da classe popular. Revista Brasileira de História da Mídia, v. 5, n. 2, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.26664/issn.2238-5126.5220164798.

SILVA, Diego Leonardo Santana. A história dos gigantes da mídia: Impérios da comunicação do telefone à internet, da AT&T ao Google. Boletim Historiar, n. 11, set./out. 2015, p. 75-79. Disponível em: http://seer.ufs.br/index.php/historiar.

Publicado por Tiago Soares Campos