Ebola

Ebola, febre hemorrágica ebola ou doença por vírus ebola é uma enfermidade altamente letal causada por um vírus da família Filoviridae. Descoberto em 1976, após uma grande quantidade de mortes no Sudão e Zaire (atual República Democrática do Congo), o vírus recebeu esse nome graças ao Rio Ebola, que fica próximo do local onde ocorreu o surto.

Essa doença é grave e apresenta alta letalidade. Sua transmissão ocorre por meio do contato com secreções, fluidos e tecidos dos doentes e de animais contaminados. Pode ser transmitida também por objetos contaminados, não havendo transmissão pelo ar. Não há registros de casos da doença no Brasil.

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O vírus ebola

O vírus ebola pertence à família Filoviridae, causa febre hemorrágica e é altamente contagioso. Atualmente, segundo a Fundação Oswaldo Cruz, são conhecidos cinco tipos diferentes do vírus: Zaire ebolavirus, Sudao ebolavirus, Bundibugyo ebolavirus, Reston ebolavirus e Tai Forest ebolavirus. O vírus que apresenta maior letalidade é o Zaire ebolavirus. Acredita-se que esse vírus  apresente como hospedeiros mais prováveis os morcegos frugívoros (consumidores de frutos).

O vírusebola causa febre hemorrágica.

Transmissão do vírus ebola

A transmissão do vírus ebola ocorre por meio do contato com sangue, vômitos, urina, fezes e secreções, como esperma de pessoas infectadas. Em razão da facilidade do contágio, pessoas doentes ficam isoladas da comunidade, inclusive é pedida a incineração de todo o material que possa ter tido contato com fluidos do doente.

A doença pode também ser transmitida por meio do contato com fluidos corporais de animais doentes e objetos contaminados com secreções e fluidos. Ela não é transmitida pelo ar, água ou alimentos.

Após a morte de um indivíduo, este continua sendo infectante, sendo possível identificar uma alta carga viral em pacientes mortos. Diante disso, é fundamental que enterros sejam feitos com cautela, sendo completamente vetado o contato direto com o morto, o qual deve ser manipulado apenas por pessoas que apresentam roupas de proteção adequadas.

Profissionais que realizarão o enterro do corpo e conhecidos de uma vítima do ebola prestando a última homenagem. [1]

Diante das diferentes formas de contágio, podemos afirmar que, em situações de surto, as pessoas que correm maior risco de se contaminar são os profissionais de saúde, familiares que apresentam contato próximo com doente, pessoas que preparam corpos para cerimônias fúnebres e caçadores.

Sintomas do ebola

Ao contrair a doença, o vírus pode ficar de 2 a 21 dias incubado. Após esse período, os sintomas começam a aparecer e normalmente são fadiga, febre, dores de cabeça intensas, dor na região abdominal, enjoo, vômitos, diarreia, anorexia, conjuntivite e hemorragias.

As hemorragias podem ser internas ou externas, podendo ocorrer sangramentos nos olhos, ouvidos, nariz, boca e ânus. O indivíduo pode morrer em consequência da falência múltipla dos órgãos. Geralmente os óbitos ocorrem na segunda semana da doença.

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Diagnóstico do ebola

Para realizar o diagnóstico confirmatório, é necessário realizar o PCR. São feitas duas coletas, sendo a segunda realizada após 48 horas da primeira. Vale salientar que, muitas vezes, a doença pode demorar a ser diagnosticada, uma vez que os sintomas são pouco específicos. Assim sendo, é fundamental que, ao apresentar os sintomas, o paciente que esteve em uma situação de risco procure a unidade de saúde. O caso suspeito deve ser isolado de outras pessoas.

Tratamento do ebola

O vírus ebola é responsável por muitas mortes no continente africano, e as infecções, em 90% dos casos, são letais. A doença é um grave problema de saúde pública, uma vez que não existe tratamento eficaz. As autoridades preocupam-se, inclusive, com o risco de algum dia o vírus ser utilizado na preparação de armas biológicas, o que causaria uma destruição lastimável.

Quando uma pessoa é diagnosticada com ebola, imediatamente ocorre seu isolamento e o tratamento é iniciado para tratar os sintomas. Um dos procedimentos adotados é a administração de fluidos intravenosos ou reidratação oral por meio de soluções com eletrólitos para tratar a desidratação observada nesses pacientes.

É importante também manter adequados os níveis de oxigênio e da tensão arterial, bem como tratar outras infecções que possam surgir. Profissionais da saúde devem ficar bastante atentos com os riscos de transmissão, sendo necessário utilizar roupas próprias para evitar contágio, bem como luvas, óculos e máscaras.

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Vacina contra o vírus ebola

A primeira vacina contra o ebola foi aprovada no ano de 2019 e foi batizada de Ervebo. A vacina, segundo a organização humanitária internacional Médicos sem Fronteiras, entre 2018 e 2020, foi usada em resposta a três epidemias de ebola distintas na República Democrática do Congo (RDC), incluindo a maior da história do país. Ainda de acordo com a organização, os dados clínicos comprovaram que a vacina é eficaz em proteger pessoas que estão em risco e diminuir a transmissão do vírus.

Crédito da imagem

[1] Belen B Massieu / Shutterstock.com

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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