Glaucoma
Glaucoma é uma doença que afeta os olhos e pode provocar cegueira se não for tratada adequadamente. Apesar de não possuir cura, a doença pode ser controlada. O glaucoma desenvolve-se devido ao aumento na pressão no interior do olho, o qual acarreta lesões no nervo óptico, prejudicando a visão. O glaucoma é considerado a segunda causa de cegueira, atrás apenas da catarata. No entanto, quando considerada a cegueira irreversível, o glaucoma ocupa o primeiro lugar.
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O que é o glaucoma?
O glaucoma é uma doença que afeta o nervo óptico e apresenta como principal fator de risco o aumento da pressão intraocular. De acordo com a Sociedade Brasileira de Glaucoma, a doença ocorre como consequência da elevação da pressão no interior do olho, a qual acaba danificando as fibras nervosas do nervo óptico. Esse aumento da pressão é decorrente do acúmulo de humor aquoso no olho.
De maneira geral, considera-se que a pressão intraocular normal é entre 10 mmHg e 21 mmHg. Entretanto, vale salientar que alguns indivíduos apresentam glaucoma estando com a pressão nos níveis ditos normais. Especialistas afirmam, portanto, que cada indivíduo responde de uma forma a uma determinada pressão, existindo diferentes “pressões ideais”. Quando o indivíduo apresenta a pressão aumentada, mas não se observa o dano no nervo óptico, diz-se que o paciente é portador de glaucoma suspeito por hipertensão ocular. Por outro lado, quando a pressão está normal e o paciente apresenta dano no nervo óptico ou alteração na visão, dizemos que ele é portador de glaucoma de pressão normal.
Tipos de glaucoma
O glaucoma pode ser classificado em: glaucoma primário de ângulo aberto, glaucoma de pressão normal, glaucoma primário de ângulo fechado, glaucoma congênito e glaucoma secundário. O tipo mais comum de glaucoma é o primário de ângulo aberto, o qual se caracteriza por uma pressão intraocular maior que 21mmHg, associada a dano no nervo óptico e problemas no campo visual. No glaucoma de pressão normal, o que se observa é dano no nervo óptico e alterações no campo visual sem que a pressão intraocular esteja elevada.
O glaucoma primário de ângulo fechado acontece como consequência do bloqueio do sistema de drenagem do humor aquoso, geralmente pela íris, levando ao aumento de pressão intraocular. O glaucoma congênito é desencadeado por anormalidades no desenvolvimento ocular que levam a uma má formação do sistema de drenagem do humor aquoso. Por fim, o glaucoma secundário está relacionado a doenças nos olhos, uso de medicamentos e traumas que provocam o aumento da pressão intraocular.
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Fatores de risco para o glaucoma
De acordo com a Sociedade Brasileira de Glaucoma, são fatores de risco que favorecem o aparecimento da doença:
- Idade avançada;
- Hipertensão ocular;
- Miopia elevada;
- Raça negra;
- Hereditariedade.
Sintomas do glaucoma
O glaucoma é uma doença, muitas vezes, silenciosa, podendo passar meses e até mesmo anos sem que o paciente apresente sintomas. O glaucoma, quando surgem os sintomas, provoca alterações na visão do indivíduo, sendo um dos sintomas iniciais a perda da visão periférica. O indivíduo, ao olhar para frente, apresenta uma visão adequada dos objetos que estão à sua frente, mas não consegue ver adequadamente aquilo que está nas suas laterais.
Com a visão periférica comprometida, é comum que o paciente passe a esbarrar nas coisas, por não ver adequadamente o que está ao seu lado. Com o passar do tempo, o paciente pode ter a visão central também atingida, e, aos poucos, o glaucoma evolui para a cegueira irreversível.
Diagnóstico do glaucoma
O glaucoma é facilmente detectado por um médico oftalmologista durante o exame oftalmológico, pelo qual é possível medir-se a pressão intraocular e realizar-se o exame de fundo de olho. Em algumas situações, o médico pode solicitar, ainda, o exame de campo visual.
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Tratamento do glaucoma
O tratamento do glaucoma depende do quadro clínico de cada paciente e do tipo de glaucoma que ele apresenta, sendo, portanto, um tratamento individualizado. Dentre as técnicas adotadas para o tratamento, pode-se destacar: tratamento a laser, cirurgias, e uso de colírios específicos que atuam diminuindo a pressão intraocular. Vale salientar que o transplante de córnea não é um dos tratamentos indicados para a doença.