Cocaína
Cocaína é um alcaloide presente nas folhas de coca. Destaca-se por ser um estimulante do sistema nervoso central que provoca euforia e sensação de prazer. A cocaína está presente em produtos como a merla e crack, entretanto, em grande parte das vezes, ela é usada como sinônimo de cloridrato de cocaína. O cloridrato de cocaína se apresenta em pó, sendo utilizado por aspiração ou então dissolvido em água e aplicado por via endovenosa.
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Resumo sobre cocaína
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A cocaína é um estimulante do sistema nervoso central e é extraída das plantas da coca.
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A cocaína em pó é geralmente utilizada por via intranasal ou via endovenosa.
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Provoca excitação, melhora o estado de alerta, diminui o sono, provoca sensação de prazer e autoconfiança.
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Também pode provocar ansiedade, depressão e paranoia.
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Apresenta potencial de causar dependência.
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Seu uso excessivo pode levar à morte por overdose.
O que é cocaína
Cocaína é um alcaloide natural retirado de espécies vegetais do gênero Erythroxylon. O gênero é conhecido, principalmente, por duas espécies, Erytroxylum coca e Erytroxylum novogranatense, as quais são conhecidas popularmente como plantas da coca. A espécie Erytroxylum coca destaca-se como a principal fonte de cocaína para a produção de drogas ilícitas. A espécie Erytroxylum novogranatense, por sua vez, é cultivada de maneira legal e destina-se à obtenção de cocaína para utilização em indústrias farmacêuticas e alimentícias.
Geralmente, o nome cocaína é utilizado para se referir ao cloridrato de cocaína, uma droga ilícita, a qual se apresenta na forma de pó e é, geralmente, utilizada por aspiração ou por injeção endovenosa. O alcaloide, no entanto, não está presente apenas no cloridrato de cocaína, estando também em outras drogas ilícitas, como merla e crack, produtos também obtidos da coca.
Como a cocaína é usada
A cocaína ou o cloridrato de cocaína, como exposto, apresenta-se em pó, sendo, geralmente, utilizada por aspiração nasal. Além disso, alguns usuários fazem uso da cocaína por injeção endovenosa, sendo, nesse caso, o pó dissolvido em água. Em relação a essa segunda forma de uso, não podemos deixar de destacar o risco aumentado de o indivíduo contrair infecções, como hepatite e HIV, devido ao compartilhamento de seringas. Em relação à merla e ao crack, os usuários utilizam essas drogas, geralmente, fumando-as.
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Efeitos da cocaína no organismo
A cocaína é uma substância estimulante do sistema nervoso central. Ela atua bloqueando a recaptação da dopamina, fazendo com que ocorra um acúmulo desse neurotransmissor no sistema de recompensa cerebral, fenômeno responsável pelos efeitos agudos da droga e também por sua dependência.
A dopamina é armazenada em terminais pré-sinápticos e é liberada na fenda sináptica após algum estímulo neuronal. Na fenda, ela sofre catabolismo e recaptação para o terminal pré-sináptico. Essa recaptação é realizada por transportadores dopaminérgicos.
Logo após o uso da droga, o usuário experimenta estes efeitos:
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euforia;
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aumento do estado de vigília;
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aumento da sensação de autoconfiança, prazer e bem-estar;
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aumento do estado de alerta e da concentração;
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aumento das sensações sexuais;
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aceleração do pensamento.
Com o passar do tempo, a pessoa pode apresentar sintomas indesejáveis, como:
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fadiga;
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mudança repentina do estado de ânimo;
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irritabilidade;
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aumento da impulsividade.
Em relação aos sintomas físicos, percebe-se um aumento de:
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frequência cardíaca;
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sudorese;
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ritmo respiratório;
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temperatura do corpo.
O usuário também pode apresentar hipertensão arterial, pupilas dilatadas, e desenvolver hiperatividade motora, tremores nas mãos e espasmos musculares.
O uso contínuo pode levar a distúrbios psiquiátricos. Alguns dos problemas relatados são:
Vale salientar ainda que crises paranoicas podem aumentar o risco de acidentes e de exposição à situações de violência.
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Dependência de cocaína
A cocaína é uma droga com grande potencial para causar dependência. Um indivíduo dependente tem um padrão de consumo compulsivo, realizado, geralmente, com o objetivo de eliminar os sintomas decorrentes da abstinência da droga, como perda de interesse pelas atividades do dia a dia, a fissura pela droga e a mudança do estado de ânimo.
A pessoa dependente da cocaína, aos poucos, torna a droga mais importante que qualquer outro compromisso, comprometendo, portanto, sua vida social e profissional.
Overdose de cocaína
A overdose não é um evento raro em usuários de cocaína e a dose letal depende da via de administração. Os sintomas da overdose aguda por cocaína são taquicardia, hipertensão, arritmia, dor no peito, infarto, sudorese, convulsões e febre alta.