Hórus
Hórus era uma divindade presente na religiosidade egípcia e era visto como o deus dos céus. Era também considerado o mantenedor da ordem, o deus protetor da humanidade, o protetor da realeza e o patrono dos homens jovens. Além disso, os faraós egípcios consideravam a si mesmos como as encarnações desse deus.
Na mitologia egípcia, Hórus era representado como um falcão e era apresentado como filho de Osíris e Ísis, outros dois importantes deuses egípcios. Manteve-se escondido de Set por anos e quando tornou-se adulto confrontou o usurpador de seu pai. O culto a Hórus era muito popular na região do Delta do Nilo.
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Resumo sobre Hórus
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Hórus era o deus dos céus, representado pelos egípcios como um falcão.
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Era o protetor da humanidade, da realeza e patrono dos homens jovens.
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Os deuses egípcios acreditavam que eram encarnações desse deus.
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Na mitologia egípcia, Hórus era filho de Osíris e Ísis.
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Lutou contra Set, o deus que matou Osíris e usurpou seu trono.
Características de Hórus
Hórus era um dos deuses mais respeitados e cultuados de toda a religiosidade egípcia, sendo considerado o deus dos céus. Os egípcios acreditavam que Hórus era um deus protetor da humanidade, sendo também patrono dos homens jovens e protetor da realeza egípcia.
Esse último atributo estabelecia uma ligação muito forte dessa divindade com os faraós egípcios. Isso era evidenciado pelo fato de que os faraós consideravam ser encarnações desse deus. Hórus era representado pelos egípcios como um falcão e poderia ser chamado por outros nomes, como Heru, por exemplo.
O nome Hórus é originário do latim, e a forma mais comum que os egípcios usavam para se referir a ele era Hor, palavra que aludia à posição dele como deus dos céus. Os egípcios acreditavam que Hórus tinha um papel muito importante na manutenção da ordem, e ele era um deus que também poderia ser invocado em casos de guerra. A associação de Hórus com a guerra tem relação com as batalhas que ele lutou contra Set.
Origens de Hórus na mitologia
Os mitos gregos narram como Hórus foi originado, e a versão mais consolidada aponta que ele era filho de Osíris e Ísis, dois deuses muito relevantes no panteão egípcio. Esse mito começa com o fato de que os pais de Hórus eram governantes da Terra, sendo que o governo deles foi próspero e eles foram responsáveis por transmitir importantes conhecimentos à humanidade.
O sucesso de Osíris causava inveja em seu irmão, Set. Para agravar essa situação, Néftis, esposa de Set, o traiu com Osíris após disfarçar-se de Ísis e deitar-se com Osíris — que pensou estar deitando com a própria esposa. Dessa relação nasceu Anúbis. A inveja de Set cresceu, tornou-se ódio, e Set decidiu que mataria Osíris.
Osíris foi assassinado por Set, seu corpo foi lançado no rio Nilo e levado até a Fenícia, onde foi resgatado por Ísis. A esposa de Osíris trouxe o corpo do marido de volta para o Egito com o intuito de ressuscitá-lo, mas Set ficou sabendo disso e encontrou o corpo de Osíris, despedaçando-o em várias partes que foram espalhadas pelo Egito.
Ísis encontrou todas as partes do corpo de Osíris, realizou um ritual mágico que ressuscitou o seu marido e fez com que ele a engravidasse. Dessa gravidez nasceu Hórus. Após ser ressuscitado, Osíris foi para o mundo dos mortos, e Ísis precisou esconder-se para que Set não a encontrasse e tentasse matá-la.
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Hórus e Set
O mesmo aconteceu com Hórus, e ele precisou permanecer escondido durante toda a sua infância para que Set não o encontrasse e o matasse. Passada sua infância, Hórus pôde sair de seu esconderijo para confrontar Set e procurar vingança.
Hórus denunciou Set em um tribunal formado por nove deuses, e na denúncia ele acusava Set de ter usurpado o trono de seu pai. Hórus exigia que o trono fosse devolvido a ele, o verdadeiro herdeiro. Os deuses que formavam esse tribunal estavam do lado de Hórus, com exceção de Rá, que considerava Hórus muito novo e inexperiente.
Com isso, a disputa entre os dois foi travada em batalhas que se estenderam por mais de 80 anos, mas que não definiram a situação. Hórus vencia os confrontos, mas Set permanecia com o trono que havia sido de Osíris. Então, um dia Set foi enganado por Ísis e confessou ter usurpado o trono do irmão.
Isso fez com que Set fosse banido para o deserto e Hórus assumisse o trono que tinha sido ocupado por seu pai.
Hórus na religiosidade egípcia
Os egípcios construíram templos para Hórus em diferentes partes do Egito, além de estátuas para cultuarem essa divindade. Os sacerdotes de Hórus eram todos homens, e os templos eram procurados por pessoas procurando bençãos, conselhos espirituais ou pessoas que desejavam fazer caridade.
O culto a Hórus era mais forte na região do Delta do Nilo, local onde ele nasceu nos mitos egípcios. Além disso, muitos festivais religiosos eram realizados para Hórus. A popularidade do culto a Hórus fez com que ele chegasse na religiosidade grega, sendo associado na mitologia grega com Harpócrates, deus grego do silêncio.
Olho de Hórus
Como vimos, Hórus era uma divindade com grande importância na religiosidade egípcia, por isso símbolos associados a ele eram muito importantes para os egípcios. No caso de Hórus, o símbolo mais associado a ele e um dos mais tradicionais da religiosidade egípcia era o que ficou conhecido como “olho de Hórus” ou wedjat, como os egípcios referiam-se a ele.
Os egípcios consideram que o olho de Hórus era um importante amuleto que poderia ser utilizado como forma de proteção contra os males, mas também como forma de garantir a cura para doenças. Na religiosidade egípcia, Hórus havia perdido um de seus olhos durante uma das batalhas travadas contra Set, mas o olho teria se curado com a ajuda de Tot, deus da Lua.
Os egípcios consideravam que os olhos de Hórus seria o Sol e a Lua, sendo que o olho ferido e que representava o símbolo era o olho correspondente à Lua. Era muito comum que o olho de Hórus estivesse desenhado em templos e tumbas, sendo utilizado em rituais e em funerais. Foi um símbolo popular durante quase toda a história egípcia.