Gato doméstico
O gato doméstico é um mamífero pertencente à família dos felinos, mesma família da onça-pintada, do leopardo e do leão. Trata-se de um animal menor do que os seus parentes citados, apesentando cerca de 71 centímetros e peso compreendido entre dois e nove quilos. Existem diferentes raças de gatos, o que dificulta uma descrição geral para o grupo. Esses animais apresentam hábitos crepusculares, são carnívoros e têm uma relação harmoniosa com os seres humanos. Muito ainda se discute, no entanto, se esses animais são considerados completamente domesticados.
Leia também: Cavalo — animal que tem ampla relação com o desenvolvimento humano ao longo da história
Resumo sobre o gato doméstico
-
O gato doméstico é um felino.
-
Gatos domésticos são animais ágeis e que podem passar em pequenos espaços.
-
Apresentam grande senso de equilíbrio, ouvem diferentes frequências, têm boa visão periférica e olfato desenvolvido.
-
São carnívoros.
-
Podem ter vários parceiros ao longo do ano.
-
Existem diferentes raças de gatos, cada uma com sua especificidade. Algumas são: Sphynx, Angorá, Siamês, Persa e Ashera.
-
Provavelmente sua domesticação teve início em antigas civilizações localizadas na China, no Iraque, no Paquistão, no Tibet, na Turquia e no Egito.
Classificação taxonômica do gato doméstico
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Gênero: Felis
Espécie: Felis catus
Características do gato doméstico
O gato doméstico é um animal vertebrado pertencente ao grupo dos mamíferos e à família dos felinos, mesma da jaguatirica, do leão, do leopardo e da onça-pintada. Existem diferentes raças de gatos, portanto, podemos observar grandes diferenças entre esses animais.
De maneira geral, os gatos domésticos costumam apresentar cerca de 71 centímetros e peso entre dois e nove quilos. São ágeis e capazes de pular cinco vezes sua própria altura. Também são capazes de passar por pequenos espaços, uma vez que não apresentam clavícula e suas escápulas estão localizadas medialmente ao corpo. Os membros anteriores têm, cada qual, cinco dedos, enquanto os posteriores, da mesma forma, têm quatro.
O gato doméstico apresenta grande senso de equilíbrio e é capaz de ouvir uma variada gama de frequências. Gatos destacam-se, ainda, por terem vibrissas (pelos longos e espessos), no focinho, sobrancelhas e cotovelos, que atuam como receptores de toque, detectando mudanças no fluxo de ar nas proximidades dos objetos de que se aproximam. Devido a essa capacidade, os gatos são capazes de contornar obstáculos mesmo em condições de pouca luminosidade.
Os gatos têm uma boa visão periférica, porém não são bons em enxergar à distância. O olfato é bastante desenvolvido, sendo cerca de 30 vezes mais sensível que o dos seres humanos. A língua dos gatos é recoberta por papilas que lembram ganchos e são voltadas para trás; além de perceber os sabores, elas são importantes para garantir a limpeza e o pentear dos pelos.
Gatos são animais crepusculares, com picos de atividade ao amanhecer e entardecer. São territoriais e marcam seus territórios por meio da urina ou fricção. Esses animais liberam cheiro através de glândulas localizadas perto de orelhas, pescoço e nuca. Gatos se comunicam por meio de vocalizações e de linguagem corporal.
Alimentação do gato doméstico
O gato doméstico é um mamífero de hábitos carnívoros, entretanto, sua alimentação está muito relacionada com o que lhe é oferecido. De acordo com a Animal Diversity Web, da Universidade de Michigan, uma dieta saudável é constituída por aproximadamente 30-35% de carne muscular, 30% de carboidratos e 8-10% de gorduras que promovem o crescimento do animal bem como pele e pelagem saudáveis. Em relação às calorias, por dia, uma fêmea necessita de 200-300 calorias, enquanto os machos necessitam de 250-300 calorias.
Reprodução do gato doméstico
Gatos vivem um sistema de acasalamento em que machos e fêmeas têm vários parceiros ao longo do ano. Além disso, a gestação do animal varia de 60 a 67 dias. Uma fêmea pode apresentar uma ninhada relativamente grande, com até 18 gatos.
Os gatinhos nascem com 110-125 gramas, e é importante destacar que, após o nascimento, os filhotes dependem da mãe, sendo incapazes de sobreviverem sozinhos. Além de proteger e alimentar o filhote, a mãe garante o desenvolvimento de seu filho, expondo-o a diferentes estímulos e ensinando-lhe os comportamentos típicos da espécie, tais como: autolimpeza e predação. A maioria dos filhotes é desmamada com 7-8 semanas após o nascimento.
Por que todos os gatos domésticos são designados pelo mesmo nome científico?
Apesar de existirem gatos domésticos com diferentes características, todos eles fazem parte da mesma espécie de animais. As diferenças apresentadas pelos gatos não são suficientes para que sejam consideradas uma nova espécie. Veja, a seguir, algumas raças de gato.
→ Sphynx
Sphynx é uma raça de gato que se destaca por apresentar orelhas pontudas e não apresentar pelos grossos e grandes como outras raças. Seus pelos são finos e curtos.
→ Angorá
Angorá é uma raça de gato que tem pelagem branca e lisa. As orelhas são grandes, pontiagudas, e os olhos são claros.
→ Siamês
Siamês é uma raça de gato que se destaca por seus olhos azuis e pelagem escura na região das orelhas, patas, cauda e rosto. Os pelos são curtos e brilhantes.
→ Persa
Persa é uma raça de gato que se destaca por ter pelos longos e seu focinho ser mais achatado.
→ Ashera
Ashera é a raça de gato considerada a mais cara do mundo, com alguns indivíduos sendo vendidos a cerca de 700 mil reais. O gato ashera foi criado em laboratório por meio de uma inseminação artificial entre gatos selvagens e domésticos.
Veja também: Macaco — termo utilizado para referir-se a algumas espécies de primatas
Domesticação do gato
Não se sabe ao certo quando sua domesticação ocorreu, entretanto, gatos e humanos apresentam uma íntima relação há, pelo menos, 9500 anos, segundo achados arqueológicos. Provavelmente a domesticação desse animal teve início em antigas civilizações localizadas na China, no Iraque, no Paquistão, no Tibet, na Turquia e no Egito.
É importante destacar que alguns autores questionam se os gatos são animais domesticados ou se ainda estão em processo de domesticação. Essa discussão ocorre devido ao fato de que esses animais, quando abandonados, por exemplo, apresentam uma incrível capacidade de viverem em ambiente selvagem.
Crédito de imagem
Fontes
Anna Toenjes, N. "Felis catus" (On-line). Animal Diversity Web, 2014. Disponível em: https://animaldiversity.org/accounts/Felis_catus/.
Dantas, L. M. S. Comportamento social de gatos domésticos e sua relação com a clínica médica veterinária e o bem-estar animal. Tese (Doutorado em Clínica e Reprodução Animal) — Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2010. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/felinamente/files/2017/03/Comportamento-social-de-gatos-dom%C3%A9sticos.pdf.
Gimenez, I. Ashera: você já ouviu falar do gato mais caro do mundo? Vida de Bicho, 23 jan. 2022. Disponível em: https://vidadebicho.globo.com/racas/noticia/2022/01/ashera-voce-ja-ouviu-falar-do-gato-mais-caro-do-mundo.ghtml.
Moura, R. T. D. Perfil comportamental do gato doméstico (Felis silvestris catus, Linnaeus, 1758) sem raça definida criado em abrigo: Estudo da relação do temperamento com cor da pelagem. Tese (Doutorado em Ciência Veterinária) — Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2008. Disponível em: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede/bitstream/tede2/5840/2/Roseana%20Tereza%20Diniz%20de%20Moura.pdf.
Scholten, A. D. Particularidades comportamentais do gato doméstico. Monografia (Graduação em Medicina Veterinária) — Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2017. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/170364/001050568.pdf?sequence=1&isAllowed=yFluminense.