África do Sul: o primeiro país africano a sediar uma Copa do Mundo de Futebol
Com 1.219.090 quilômetros quadrados e 50,1 milhões de habitantes, a África do Sul está localizada no extremo sul do continente africano. Esse país apresenta grande diversidade cultural e belezas naturais, no entanto, os noticiários dão mais destaque aos problemas socioeconômicos que atingem a população (fome, aids, desemprego, elevadas taxas de homicídios, etc.).
No dia 15 de maio de 2004, todas as atenções estavam voltadas para a África do Sul (dessa vez de forma positiva), pois a Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA) divulgou uma notícia que entrou para a história – a África do Sul foi a grande eleita para sediar a Copa do Mundo de Futebol em 2010.
Pela primeira vez o maior evento de futebol será realizado em uma nação africana, outras edições já foram organizadas em países da América do Norte, América do Sul, Ásia e Europa. A edição de 2010 proporcionará a oportunidade de romper com concepções preconceituosas sobre a África do Sul, que está superando mais de quatro décadas de política racial (apartheid).
O apartheid consistiu numa política racial que não permitia o acesso dos negros às urnas, além de proibir a aquisição de terras na maior parte do país, obrigando os negros a viverem em zonas residenciais segregadas, uma espécie de confinamento geográfico. Essa política de segregação racial foi promovida entre os anos de 1948 a 1994, onde se destacou a figura de Nelson Mandela como principal líder político de oposição ao apartheid. Após 16 anos do fim desse regime político, a população sul-africana comemora mais uma vitória do país – a realização da Copa do Mundo de Futebol.
Nelson Mandela segurando a taça do mundo de futebol
Esse torneio de futebol é a chance de provar que países em desenvolvimento têm plenas condições de sediar eventos dessa magnitude. A nação sul-africana tem tudo para promover um belo espetáculo, pois altos investimentos foram realizados em aeroportos, estádios de futebol, segurança e infraestrutura.
Após a Copa do Mundo, as melhorias promovidas no país devem beneficiar todos os sul-africanos e, se possível, outros países da África, através da realização de torneios continentais.
Independentemente do país campeão, a nação sul-africana será a grande vencedora, demonstrando capacidade e provando que não é apenas um país de miséria e violência, e sim uma nação rica em diversidade étnica, cultural e em biodiversidade.