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Afrodite

Afrodite foi uma divindade grega conhecida como deusa do amor, da beleza e do desejo. Foi casada com Hefesto e muito cultuada em Chipre.
Afrodite foi a deusa grega do amor, da beleza, do desejo e da fertilidade.
Afrodite foi a deusa grega do amor, da beleza, do desejo e da fertilidade.

Afrodite foi uma divindade presente na religiosidade dos gregos antigos reconhecida como a deusa do amor, da beleza, do desejo e da fertilidade. Os gregos acreditavam que ela teria nascido no Chipre, e seu nascimento recebeu duas versões, uma de Hesíodo e outra de Homero. Os historiadores afirmam que o culto a essa deusa fora introduzido na Grécia por influência de Astarte, deusa fenícia.

O culto a Afrodite tinha forte relação com a fertilidade e a sexualidade, e ela era tida como a deusa grega mais bela de todas. Na mitologia grega, era casada com Hefesto, mas infeliz no casamento e constantemente traía seu marido. Seu culto se centralizava no Chipre, com destaque para a cidade de Pafos.

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Resumo sobre Afrodite

  • Foi a deusa grega do amor, da beleza, do desejo e da fertilidade e de outros valores relacionados com a sexualidade humana.
  • Existem duas versões para o seu nascimento: uma de Homero e outra de Hesíodo.
  • Os historiadores acreditam que seu culto é derivado do culto fenício à Astarte.
  • Foi casada com Hefesto, mas manteve diversos casos extraconjugais.
  • Seu culto se centralizava na ilha de Chipre.

Quem foi Afrodite

Afrodite era conhecida como a deusa grega do amor, da beleza, do desejo, da fertilidade e de outros valores relacionados com a sexualidade humana. Era entendida como a responsável por trazer alegria e prazer à vida dos homens e era enxergada como o padrão de beleza dos gregos antigos, sendo capaz de seduzir qualquer homem.

Existem versões conflitantes acerca do seu nascimento, mas os gregos acreditavam que ela teria nascido próximo da ilha de Chipre. Uma das versões do seu nascimento foi narrada por Hesíodo, em que ele conta que ela nasceu quando o titã Cronos castrou seu pai, Urano, e lançou sua genitália no oceano. Uma espuma surgiu dessa genitália, e no interior dessa espuma surgiu Afrodite.

Outra versão, apresentada por Homero, aponta que Afrodite seria filha de Zeus e da titânide Dione. Essas versões geraram conflitos entre os próprios gregos, e uma teoria foi desenvolvida por Platão para explicá-las. Segundo o filósofo, existiam duas deusas chamadas Afrodite: a nascida da espuma seria uma deusa relacionada com um amor celestial, vindo da alma; já a filha de Zeus seria relacionada ao amor lascivo e aos impulsos sexuais. A primeira seria Afrodite Urânia e a segunda, Afrodite Pandemos.

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Não só o nascimento de Afrodite gerou polêmica mas também a origem de seu nome. A hipótese mais aceita atualmente é que ele tenha sido derivado do termo grego aphrós, palavra usada para se referir à espuma da qual a deusa teria nascido (na versão de Hesíodo). Entretanto, estudiosos apontam diferentes teorias que explicam o surgimento do nome desse deusa.

Muitas dessas teorias se relacionam com possíveis origens do culto à Afrodite, pois, apesar de se tratar de uma deusa grega, o seu culto e as características dela são atribuídos a divindades orientais. Em outras palavras, Afrodite foi uma deusa que surgiu da influência das religiões de outros povos sobre a religiosidade grega.

Os historiadores afirmam que o culto à Afrodite na Grécia foi resultado da influência do culto à Astarte, deusa da fertilidade na Fenícia. Outros historiadores sugerem que o culto à deusa mesopotâmica Ishtar também teve influência no surgimento do culto à Afrodite. O que liga todas essas deusas é o fato de que elas têm uma forte relação com a fertilidade e a sexualidade.

Além disso, uma das origens de Afrodite ter sido o oceano fez com que ela tivesse uma forte relação com as cidades litorâneas. Um dos locais onde havia um sistemático culto a essa deusa foi a cidade cipriota de Pafos. Nas cidades litorâneas, ela era conhecida por epítetos que a relacionavam com o mar, como Afrodite Euploia (que propiciava boa navegação) e Afrodite Pôntia (relacionada com as embarcações que navegavam no oceano).

Acesse também: Apolo — um dos deuses mais relevantes da mitologia grega

Afrodite na mitologia grega

Como mencionado, na mitologia grega, Afrodite era considerada a deusa mais bela e capaz de seduzir tanto homens quanto os deuses. Ela teve envolvimento em alguns mitos gregos, estando presente, por exemplo, nos mitos da Guerra de Troia, na sua perseguição contra Psiquê, e em alguns de seus casos amorosos.

Afrodite teria sido obrigada a casar-se com Hefesto, deus da metalurgia, conhecido por ser tão feio que teria sido lançado do alto do Olimpo pela própria mãe, Hera. Afrodite era infeliz em seu casamento com Hefesto, e por isso teve diversos casos extraconjugais com outros deuses, como Ares, Hermes e Dioniso.

Um dos seus casos mais conhecidos foi com Ares, deus da guerra e da violência. Um episódio marcante que envolve esses dois deuses conta o momento em que Hefesto teria descoberto a traição de sua esposa. Nesse mito, Hélio teria descoberto a traição de Afrodite e contado para seu marido.

O deus da metalurgia então produziu uma cama de ouro, que serviu de armadilha para Afrodite e Ares. No momento que Afrodite e Ares se relacionavam, a cama teria aprisionado os dois com correntes de ouro. Hefesto então convidou todos os deuses a verem com os próprios olhos a traição de Afrodite e, para isso, contou com ajuda de Hélio, que jogou luz sobre o casal acorrentado. Depois de libertos, Ares fugiu para a Trácia e Afrodite, para o Chipre.

Outro episódio conta da ira de Afrodite com Psiquê, uma princesa reconhecida por sua grande beleza. A beleza de Psiquê seria tanta que ela era adorada por diversos homens, que afirmavam que ela era mais bela que a própria Afrodite. A deusa então se enfureceu com a situação e enviou seu filho, Eros, para fazer Psiquê se apaixonar por um monstro como punição.

Acontece que Eros se feriu com a própria seta e acabou se apaixonando por Psiquê. Então ele fez com que ela se casasse com ele em segredo, com a condição de que ela nunca visse seu rosto. Psiquê não obedeceu ao pedido de Eros, o que fez com que ele a abandonasse. Em desespero, Psiquê recorreu à própria Afrodite para que seu casamento fosse reatado.

Afrodite seguiu castigando Psiquê ao ordenar que ela fizesse uma série de tarefas muito difíceis. No final, Eros interveio na situação e pediu para que Zeus aceitasse o seu casamento com Psiquê. Zeus concordou e convenceu Afrodite a aceitar o pedido de seu filho. Zeus então procedeu em transformar Psiquê em imortal.

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Culto à Afrodite

Ruínas da cidade de Pafos, no Chipre
Ruínas de Pafos, cidade cipriota onde havia um forte culto à Afrodite.

O local que centralizava o culto à Afrodite era mesmo a ilha de Chipre, embora outros locais, como Citera e Esparta, também a venerassem. Como mencionado, um dos locais que tinham o culto intenso a ela era Pafos, cidade litorânea em Chipre.

Em Pafos existia um dos templos mais antigos dessa deusa. Afrodite também foi bastante representada na arte grega, sendo que o seu nascimento da espuma do oceano e o julgamento de Páris no concurso de deusa mais bela são os episódios mais recorrentes a seu respeito nas representações gregas. A partir do século IV a.C., tornou-se comum representar Afrodite nua ou seminua.

Os gregos também realizavam festivais para ela, como o festival Adônia. Ele acontecia em lembrança ao luto de Afrodite pela morte de Adônis, amante da deusa que foi morto por um javali durante uma caça. Esse festival contava com a participação apenas de mulheres e acontecia em diferentes locais da Grécia, com destaque para Atenas.

Outro festival muito conhecido era o Afrodísia, também celebrado em diferentes locais da Grécia, mas principalmente em Atenas e Corinto. No templo de Afrodite em Corinto, era comum que as sacerdotisas da deusa realizassem rituais de prostituição como forma de adoração à deusa do amor.

  • Videoaula sobre Grécia Antiga: religião

Publicado por Daniel Neves Silva

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