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Heterônimos de Fernando Pessoa

Os principais heterônimos de Fernando Pessoa, autor português e modernista, são os escritores fictícios Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Bernardo Soares.
Retrato do poeta português Fernando Pessoa.
Retrato do poeta português Fernando Pessoa.

Os heterônimos de Fernando Pessoa são muitos, mas os mais conhecidos são:

  • Alberto Caeiro (adepto do sensacionismo);

  • Álvaro de Campos (futurista);

  • Ricardo Reis (autor neoclássico);

  • Bernardo Soares (autor do Livro do desassossego).

Assim, Fernando Pessoa, poeta português que nasceu em 1888 e faleceu em 1935, possui obras com múltiplas perspectivas literárias e históricas.

Leia também: Eça de Queirós — um dos mais importantes prosadores portugueses

Resumo sobre os heterônimos de Fernando Pessoa

  • O poeta português Fernando Pessoa nasceu em 1888 e faleceu em 1935.

  • Os principais heterônimos de Pessoa são: Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Bernardo Soares.

  • Alberto Caeiro é um adepto do paganismo e do sensacionismo (valorização das sensações).

  • Álvaro de Campos é um escritor modernista e futurista.

  • Ricardo Reis é autor de versos regulares neoclássicos.

  • Bernardo Soares escreveu o Livro do desassossego, um diário íntimo e fragmentado.

Quais são os heterônimos de Fernando Pessoa?

Estes são os heterônimos de Fernando Pessoa:

  • Alberto Caeiro

  • Álvaro de Campos

  • Ricardo Reis

  • António Mora

  • Charles James Search

  • Alexander Search

  • António Seabra

  • Barão de Teive

  • Bernardo Soares

  • Carlos Otto

  • Charles Robert Anon

  • Coelho Pacheco

  • Faustino Antunes

  • Frederico Reis

  • Frederick Wyatt

  • Henry More

  • I. I. Crosse

  • Jean Seul

  • Joaquim Moura Costa

  • Maria José

  • Pantaleão

  • Pêro Botelho

  • Raphael Baldaya

  • Thomas Crosse

  • Vicente Guedes

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Características dos heterônimos de Fernando Pessoa

HETERÔNIMO

CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS

Alberto Caeiro

Bucolismo, sensacionismo (valorização das sensações), paganismo, versos livres, linguagem simples, locus amoenus (“lugar ameno”).

Álvaro de Campos

Sensacionismo, futurismo, modernismo, versos regulares e livres.

Ricardo Reis

Concisão, versos regulares, perspectiva neoclássica, carpe diem (“aproveitar o momento”), referências greco-romanas, idealização amorosa.

Bernardo Soares

Multiplicidade de estilos, fragmentação, caráter intimista e confessional, modernismo, sutileza, reflexão, traços niilistas.

Por que Fernando Pessoa criou os heterônimos?

Imagem conceitual traz a ideia de múltiplas personalidades.
Fernando Pessoa não é só um escritor, mas vários.

Em carta de Fernando Pessoa ao escritor Adolfo Casais Monteiro (1908-1972), escrita em 1935, o poeta explica como surgiram seus heterônimos. Segundo ele, a origem deles está na sua “tendência orgânica e constante para a despersonalização e para a simulação”. Assim, ele explica que, desde criança, teve “a tendência para criar em [seu] torno um mundo fictício, de [se] cercar de amigos e conhecidos que nunca existiram”.

Pessoa explica que, quando tinha seis anos de idade, criou seu primeiro heterônimo, chamado Chevalier de Pas, “por quem escrevia cartas dele a mim mesmo, e cuja figura, não inteiramente vaga, ainda conquista aquela parte da minha afeição que confina com a saudade”.

No entanto, esse ainda não era um heterônimo literário, já que o primeiro, de acordo com Pessoa, apareceu possivelmente em 1912 e se chamava Ricardo Reis. Depois, vieram Alberto Caeiro e Álvaro de Campos. Assim, segundo o poeta: “Parece que tudo se passou independentemente de mim.”

Por essas declarações do poeta português, é possível concluir que não houve um motivo claro para a criação dos heterônimos, já que eles o acompanhavam, naturalmente, desde a infância. Portanto, o poeta considerava a criação desses autores fictícios como mais um ato de inspiração artística.

Leia também: Luís Vaz de Camões — um dos mais importantes autores da literatura portuguesa

Fernando Pessoa: breve resumo da vida e obra

Fernando Pessoa nasceu em 13 de junho de 1888, na cidade portuguesa de Lisboa. Em 1896, se mudou, junto da mãe e do padrasto, para a África do Sul. Só voltou definitivamente a Portugal no ano de 1905. Quatro anos depois, recebeu uma herança de sua avó paterna e fundou uma editora, mas não teve sucesso no empreendimento.

Em 1915, publicou textos na revista Orpheu, a qual introduziu o modernismo em Portugal. Mas seus primeiros livros, publicados em 1918, foram escritos em inglês: 35 sonnets e Antinous. Só mais tarde, em 1934, o poeta publicou seu primeiro livro em língua portuguesa: a obra Mensagem.

O escritor, que faleceu em 30 de novembro de 1935, em Lisboa, também publicou, em 1921, o livro English poems. Após sua morte, outras obras dispersas do autor vêm sendo publicadas. Uma delas é Livro do desassossego, assinada pelo heterônimo Bernardo Soares, a qual só foi publicada pela primeira vez em 1982.

  • Videoaula sobre Fernando Pessoa

Publicado por Warley Souza
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