Anfíbios
Anfíbios (Classe Amphibia) são animais do grupo dos vertebrados que apresentam como característica mais marcante o fato de que alguns representantes passam parte da sua vida no ambiente aquático e a outra parte no ambiente terrestre. Devido a essa característica, é comum que alguns autores se refiram ao grupo como animais de vida dupla.
Atualmente são conhecidas no mundo cerca de 7.000 espécies de anfíbios, ocorrendo 946 espécies em território brasileiro. Os anfíbios são encontrados em quase todos os continentes, com exceção da Antártida.
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Resumo sobre os anfíbios
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Anfíbios são vertebrados conhecidos por ter uma “vida dupla”, pois possuem uma fase de vida aquática e outra terrestre.
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Todos os anfíbios são ectotérmicos.
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Os anfíbios possuem uma pele bastante permeável, a qual é utilizada para a realização da respiração cutânea.
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Possuem coração com três câmaras.
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Os anfíbios possuem rins.
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A maioria dos anfíbios é ovípara.
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Os anfíbios são divididos em três grupos: Anura, Urodela e Apoda.
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Sapos, rãs, pererecas, cobras-cegas e tritões são exemplos de anfíbios.
Videoaula sobre os anfíbios
Características dos anfíbios
Os anfíbios são um grupo de animais vertebrados que apresentam como característica mais marcante o fato de que algumas espécies possuem, durante o seu desenvolvimento, uma fase de vida aquática e outra terrestre. O termo Amphibia refere-se a essa característica e significa vida dupla.
Esses animais foram os primeiros vertebrados a habitar o ambiente terrestre. Em terra firme, um dos problemas enfrentados é a dificuldade de movimentação. Para se movimentarem nesse ambiente, esses animais sofreram diversas modificações ao longo de sua história evolutiva, destacando-se o surgimento de uma coluna vertebral mais reforçada e de quatro membros.
A presença da coluna vertebral, bem como a de membros, é muito importante para a locomoção. Pererecas e rãs, por exemplo, locomovem-se por meio de saltos, os quais necessitam de um esqueleto reforçado, tanto para o impulso como para a aterrissagem. Vale salientar que, em gimnofionos, não há a presença de membros. Anuros e caudados são os únicos, dentre os vertebrados viventes, que possuem quatro dígitos em suas mãos.
Os anfíbios são animais que apresentam uma pele bastante permeável às trocas gasosas e água. Em muitas espécies, a forma mais eficiente de trocas é por meio da pele, ou seja, por respiração cutânea. Em várias espécies, os pulmões foram perdidos ou são pouco funcionais. Nas espécies que possuem fase larval aquática, a respiração durante esse período é branquial.
Para que a respiração cutânea ocorra, é importante que a umidade da pele dos anfíbios seja mantida. É por isso que esses animais são encontrados com mais frequência em ambientes úmidos. Vale salientar que algumas espécies vivem em locais mais secos, sendo observado, nesses casos, que elas passam grande período do tempo escondidas em tocas ou embaixo de folhas, locais onde a umidade é maior.
Além disso, outra forma de manter essa pele úmida é por meio de secreções eliminadas por glândulas presentes no animal. Os anfíbios apresentam dois tipos de glândulas: as mucosas e as granulares. As mucosas são responsáveis por garantir a umidade, e as granulares produzem substâncias que atuam como defesa.
As glândulas de veneno estão espalhadas pelo corpo do animal, variando em localização de uma espécie para outra. O sapo-cururu, por exemplo, possui pequenas glândulas espalhadas no dorso e glândulas mais desenvolvidas, como a do antebraço, parotoide e paracmenis.
Vale salientar que a pele sensível dos anfíbios faz com que esses animais sejam mais suscetíveis às variações que ocorrem no meio ambiente. Eventos como mudanças climáticas, chuvas ácidas e contaminação dos corpos d’água afetam drasticamente essas espécies de vertebrados.
Outra característica importante dos anfíbios é que todos os seus representantes são ectotérmicos. Isso significa que todos os anfíbios dependem de características do meio ambiente para controlar a sua temperatura, utilizando fontes externas de calor para regular a temperatura do seu corpo.
O sistema circulatório dos anfíbios é fechado, com sangue circulando no interior de vasos sanguíneos e do coração. O coração dos anfíbios apresenta três câmeras, sendo dois átrios e um ventrículo. A excreção ocorre graças à presença de rins, os quais são formados por pequenas unidades chamadas néfrons.
Os anfíbios apresentam dietas variadas. Nas espécies que apresentam metamorfose, por exemplo, a fase larval pode alimentar-se de algas, serem carnívoras e até onívoras. Após a metamorfose, essas espécies se destacam por serem predadoras, alimentando-se, principalmente, de invertebrados, como insetos.
No que diz respeito à reprodução, esta varia de uma espécie para a outra. A maioria das espécies é ovípara, porém existem também espécies vivíparas. A fecundação pode ser externa ou interna, sendo a fecundação externa verificada na maioria dos anuros e determinadas espécies de salamandras, e a interna, na maioria dos urodelos e em todas as cecílias.
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Ciclo de vida dos anfíbios
Muitas espécies de anfíbios apresentam o ciclo de vida com duas fases bastante distintas, sendo uma delas aquática e outra terrestre. Esse modo de vida duplo é uma das características mais marcantes do grupo, apesar de não ser observado em todas as espécies. Para ilustrar esse ciclo de vida, explicaremos brevemente as etapas do desenvolvimento observadas em algumas espécies de rãs.
Iniciaremos o ciclo de vida analisando a fase larval da rã, conhecida como girino. Nessa fase, o animal é geralmente um herbívoro aquático, com respiração do tipo branquial, e possui cauda, a qual é utilizada para a sua natação. À medida que o animal se desenvolve, observa-se o surgimento de patas, pulmões e tímpanos externos. Além disso, o sistema digestório começa a mudar a fim de adaptar-se à nova dieta: a dieta carnívora. A cauda do anfíbio é reabsorvida na medida em que os membros se desenvolvem.
A fase adulta do animal é terrestre, entretanto ele retorna ao ambiente aquático para o acasalamento. Nos anuros, a fecundação é geralmente externa. Em algumas espécies, observa-se que o macho abraça a fêmea, estimulando-a a liberar os ovócitos. O macho lança seus espermatozoides sobre os ovócitos para que ocorra a fecundação externa.
Algumas espécies depositam seus ovos em ninhos de espuma; outros, em ninhos de barro, câmaras subterrâneas e rochas úmidas. A desova e os modos reprodutivos são muito diversos em anfíbios.
Classificação dos anfíbios
Os anfíbios podem ser divididos em três grupos: Anura, Urodela e Apoda.
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Anura: o grupo mais diversificado e conhecido de anfíbios. Nesse grupo estão inclusos os sapos, rãs e pererecas. São animais que não apresentam cauda, possuem quatro membros locomotores quando adultos e troncos curtos. Os membros posteriores dos anuros são geralmente maiores, o que favorece a realização de saltos. Possuem língua longa e pegajosa, que auxilia na captura de alimento, como pequenos insetos. Os anuros apresentam grande capacidade de vocalização, sendo a produção de sons uma característica observada na maioria das espécies do grupo. O canto é utilizado em diferentes situações, como a atração de fêmeas, demarcação territorial, defesa de território e como forma de evitar a predação. Muitas espécies de anuros possuem veneno. A presença de coloração vistosa na pele desses animais alerta para a presença dessas sustâncias tóxicas.
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Urodela ou Caudata: Os urodelos são anfíbios que retêm suas caudas na fase adulta. O corpo dos urodelos é geralmente longilíneo e com membros de tamanho similar. Algumas espécies vivem apenas no ambiente aquático, outras vivem no ambiente terrestre quando adultas ou por toda a sua vida. Nesse grupo estão incluídas as salamandras e os tritões.
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Gymnophiona ou Apoda: caracterizam-se por não possuírem patas, apresentarem corpo alongado e de formato vermiforme e olhos reduzidos e pouco funcionais. Grande parte das espécies passa praticamente toda a vida em galerias no solo. São exemplos de ápodes as cecílias ou cobras-cegas.