Herpes-zóster

Herpes-zóster (ou cobreiro) é uma doença que provoca o surgimento de lesões vesiculares na pele e ocorre após a infecção primária por catapora.
O herpes-zóster provoca o desenvolvimento de lesões vesiculares na pele.

Herpes-zóster, também conhecido popularmente como cobreiro, é uma doença causada pelo vírus varicela-zóster, o mesmo vírus causador da catapora. A doença ocorre devido a uma reativação do vírus, a qual se dá em um momento de queda na imunidade do indivíduo.

Entre as complicações causadas pelo herpes-zóster podemos citar a infecção bacteriana secundária da pele, síndrome de Reye e ataxia cerebelar aguda. O diagnóstico do herpes-zóster é, geralmente, clínico, e o tratamento em casos sem risco de agravamento é sintomático.

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Resumo sobre herpes-zóster

  • Herpes-zóster é uma doença causada pela reativação do vírus causador da catapora.

  • O herpes-zóster provoca o surgimento de bolhas na pele, as quais são acompanhadas de dor, que pode se manifestar como queimação ou pontadas. O indivíduo pode também apresentar sintomas como dor de cabeça, mal-estar e febre.

  • Entre as complicações causadas pelo herpes-zóster podemos citar a infecção bacteriana secundária da pele, síndrome de Reye e ataxia cerebelar aguda.

  • Em geral, o diagnóstico é feito apenas por meio da análise dos sintomas, sendo exames laboratoriais recomendados somente em alguns casos.

  • O tratamento do herpes-zóster pode ser sintomático ou envolver o uso de antivirais.

O que é herpes-zóster?

Herpes-zóster é uma doença causada pela reativação do vírus varicela-zóster, o mesmo vírus causador da catapora. Após termos catapora, o vírus permanece em latência no organismo por toda a vida, podendo ser reativado e provocar o herpes-zóster em situações em que há o comprometimento da imunidade.

Em geral, a reativação ocorre em pessoas adultas ou que apresentam comprometimento do sistema imunológico. De acordo com o Ministério da Saúde,

excepcionalmente, há pacientes que desenvolvem herpes-zóster após contato com doentes de varicela e, até mesmo, com outro doente de zóster, o que indica a possibilidade de uma reinfecção em paciente já previamente imunizado.

O ministério salienta ainda que uma criança pode desenvolver a varicela por meio do contato com a pessoa doente com herpes-zóster.

Quais os sintomas do herpes-zóster?

Os sintomas característicos do herpes-zóster são o surgimento de lesões na pele, normalmente dolorosas. Essas lesões manifestam-se na forma de pequenas bolhas cheias de líquido (vesículas), as quais apresentam uma área avermelhada ao seu redor. A dor que acompanha as lesões varia entre os pacientes, podendo ser de leve a intensa e se apresentar na forma de pontadas ou queimação.

As lesões surgem em apenas um dos lados do corpo e, geralmente, secam e formam crostas entre sete e dez dias. As regiões mais comprometidas são o tórax e a face, representando cerca de 75% dos casos. Em pacientes imunodeprimidos, as lesões podem ocorrer de forma disseminada. Vale destacar que alguns pacientes apresentam dor, porém não desenvolvem lesões na pele, uma forma chamada clinicamente de “herpes sine herpete”.

A face é uma das regiões mais comprometidas pelo herpes-zóster.

Além das lesões, a pessoa pode apresentar ardor e coceira local, dor nos nervos, dor de cabeça, mal-estar, febre e também as chamadas parestesias, que são as sensações de formigamento ou dormência. Em algumas pessoas, a dor pode persistir por meses e até mesmo anos após a resolução da infecção aguda. Esse quadro é conhecido como neuralgia pós-herpética e trata-se de uma importante complicação da doença.

Em algumas situações, o vírus varicela-zóster se reativa ao nível do gânglio geniculado do nervo facial, uma situação conhecida como síndrome de Ramsay Hunt. Nesses casos, os sintomas incluem paralisia facial periférica e surgimento de lesões no pavilhão auricular.

Quais as complicações do herpes-zóster?

Algumas das complicações que podem surgir em casos de herpes-zóster são:

  • infecções bacterianas secundárias da pele, as quais podem provocar problemas como pneumonia, meningite e endocardite;

  • complicações oftalmológicas como ceratite, conjuntivite e necrose aguda da retina;

  • neuralgia pós-herpética, uma dor persistente que permanece mesmo após a cicatrização da pele;

  • ataxia cerebelar aguda, condição que pode provocar, por exemplo, o desequilíbrio do indivíduo;

  • síndrome de Reye, um problema grave que se caracteriza pela inflamação no cérebro e pode ser fatal;

  • em pessoas com comprometimento imunológico, é possível ocorrer varicela hemorrágica ou varicela disseminada;

  • infecção fetal.

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Como é feito o diagnóstico do herpes-zóster?

Em geral, a doença é diagnosticada clinicamente, ou seja, apenas com a observação dos sintomas apresentados pelo paciente. No entanto, em algumas situações, o médico pode recomendar exames complementares. Entre os exames que podem realizados destacam-se o PCR para DNA do varicela-zóster e a imunofluorescência direta para o antígeno do vírus.

Qual é o tratamento do herpes-zóster?

O tratamento é feito por meio da administração de medicamentos antivirais. Entretanto, para grande parte dos autores, o herpes-zóster é autolimitante, e apenas o tratamento com analgésicos é suficiente.

O Ministério da Saúde recomenda o tratamento sintomático para pessoas sem risco de agravamento, com a administração de antitérmicos, analgésicos e anti-histamínicos. Além disso, recomenda-se higiene adequada da pele com sabonete e água e uso de antibióticos para casos de infecção secundária. O ministério recomenda a administração de antiviral apenas para pessoas com risco de agravamento.

Como é feita a prevenção do herpes-zóster?

Atualmente, há disponível no mercado vacinas contra o herpes-zóster. Essas vacinas são recomendadas, geralmente, para pessoas com idade superior a 50 anos e estão disponíveis apenas na rede particular, sendo consideradas de alto custo. A vacina contra herpes-zóster é importante para prevenir a reativação do vírus.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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