Obesidade infantil
Obesidade infantil é uma condição de saúde grave que tem aumentado nos últimos anos. Diversos fatores são responsáveis pelo desenvolvimento desse problema, porém uma alimentação inadequada e o sedentarismo parecem ser duas das principais causas do excesso de gordura corporal.
A obesidade infantil deve ser tratada seguindo-se recomendações médicas. Vale salientar que dietas restritivas e práticas extenuantes de exercícios podem ser prejudiciais, portanto, é importante se informar sobre a melhor maneira de reverter um quadro de obesidade.
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O que é obesidade?
A obesidade, diferentemente do que muitas pessoas pensam, é uma doença grave, a qual se caracteriza pelo excesso de gordura corporal. Trata-se de uma doença crônica não transmissível que pode ser desencadeada por diferentes fatores. Muitas pessoas não dão a devida importância para o ganho de peso em crianças e adolescentes, entretanto, a obesidade aumenta o risco de desenvolver complicações como a hipertensão e o diabetes, sendo importante o acompanhamento médico.
De acordo com o Blog da Saúde, do Ministério da Saúde, “estudo recente aponta que crianças acima do peso possuem 75% mais chance de serem adolescentes obesos, e 89% dos adolescentes obesos podem se tornar adultos obesos”. Caso tenha curiosidade sobre o tema do tópico, leia o texto: Obesidade.
Causas da obesidade infantil
A obesidade infantil pode ter diferentes causas, sendo um problema de etiologia multifatorial. Dentre os fatores relacionados com o surgimento desse problema, podemos destacar a alimentação inadequada, o sedentarismo, problemas genéticos e doenças endócrinas. A maioria dos casos de obesidade infantil, no entanto, refere-se ao sedentarismo e aos erros alimentares.
Atualmente, é muito comum que as crianças sejam sedentárias, ficando muito tempo diante de telas de celulares, computadores, videogames e televisão. Com esse longo tempo de tela, observa-se cada vez menos brincadeiras ao ar livre e práticas esportivas, o que faz com que as crianças tenham pouco gasto energético.
Associado a esse quadro, temos uma alimentação inadequada com a ingestão de alimentos muito calóricos, como frituras, fast food e guloseimas. O desequilíbrio entre o ganho energético e seu gasto faz com que as crianças, e também adultos na mesma condição, ganhem peso.
Consequências da obesidade infantil
A obesidade pode ser responsável por outros problemas de saúde em um indivíduo. As repercussões desse problema estão diretamente relacionadas com o tempo e a gravidade de instalação da doença. De modo geral, uma criança obesa apresenta mais riscos de se tornar um adulto obeso e de, consequentemente, desenvolver outros problemas de saúde.
A obesidade infantil é responsável, por exemplo, por provocar problemas ortopédicos, problemas respiratórios, hipercolesterolemia e redução do hormônio do crescimento. Além disso, o indivíduo com obesidade pode enfrentar problemas psicológicos devido à pressão social para se atingir determinados padrões de beleza.
Não podemos nos esquecer também de que a obesidade pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, como hipertensão arterial e diabetes. Estudos indicam, ainda, que a obesidade é responsável pelo desenvolvimento de alguns tipos de câncer.
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Diagnóstico da obesidade infantil
Nos indivíduos adultos, é comum a adoção do IMC para se determinar se uma pessoa está ou não com sobrepeso ou obesidade. Em crianças, o IMC não deve ser avaliado sozinho, estando ele associado aos dados de idade e sexo do indivíduo. Para orientar o monitoramento do estado nutricional das crianças, recomenda-se a análise das Curvas de Crescimento, da Organização Mundial da Saúde. Essas curvas podem ser observadas na Caderneta de Saúde da Criança.
Tratamento da obesidade infantil
Após ser identificada, a obesidade infantil deve ser tratada imediatamente a fim de evitar complicações. O tratamento é individual, sendo fundamental analisar as causas do aumento da massa gorda em um indivíduo. Como, em uma grande parcela dos casos, a obesidade está relacionada com o sedentarismo e a alta ingestão de calorias, o tratamento geralmente inclui aumento de atividades físicas e adoção de uma alimentação mais saudável.
É importante salientar, no entanto, que, diante de um quadro de obesidade, não devemos nunca tentar resolvê-lo com adoção de dietas restritivas e práticas exageradas de exercícios sem que ambas sejam recomendadas por um médico. As crianças estão em uma fase de desenvolvimento e, portanto, devemos ter cuidado com a sua alimentação.
Uma alimentação restritiva pode não resolver o problema da obesidade e também desencadear outros problemas devido à falta de algum nutriente na alimentação daquela criança. A prática exagerada de exercícios também pode ser prejudicial, levando, por exemplo, ao desenvolvimento de lesões. Antes de adotar qualquer medida, converse com o pediatra da criança.
Não podemos nos esquecer também de que a obesidade infantil apresenta outras causas, e, em certas ocasiões, o ganho de peso está relacionado com fatores que vão além da alimentação inadequada e do sedentarismo, sendo fundamental, portanto, o acompanhamento médico.