G7
O G7 (Grupo dos Sete) é um agrupamento de países formado por sete das principais potências econômicas globais. Os países que fazem parte do G7 são:
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Estados Unidos;
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Canadá;
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Reino Unido;
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França;
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Alemanha;
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Itália;
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Japão.
Ele foi criado em meados da segunda metade do século XX como um espaço de discussão dos problemas econômicos globais. Atualmente, o G7 também tem como funções debater questões políticas, militares e ambientais. Além de sete países, o G7 conta ainda com a participação da União Europeia. As reuniões do G7 são realizadas anualmente em um formato de cúpula.
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Resumo sobre o G7
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O G7 foi criado em 1975 como um agrupamento de países que reúne sete das principais economias em nível mundial.
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São países que fazem parte do G7: Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão.
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A União Europeia (bloco econômico europeu formado por 27 países) também possui representação formal no G7.
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A função central do G7 é a promoção de discussões em nível internacional, especialmente sobre as questões econômicas globais.
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O G7 é importante pois reúne países de grande poder geopolítico mundial, com destaque para a esfera econômica.
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As cúpulas do G7 são encontros realizados anualmente que contam com a participação de todos os países do grupo e com alguns países convidados.
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O Brasil já participou sete vezes como convidado da cúpula de encontro dos líderes do G7 (2003, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009 e 2023).
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Esse agrupamento é frequentemente criticado pela centralidade das discussões e pela falta de representatividade de países emergentes e em desenvolvimento.
Origem e história do G7
O G7 (Grupo dos Sete) foi criado em 1975. Nesse momento histórico, a ordem econômica passava por profundas transformações e o mundo enfrentava os efeitos de uma grave crise econômica.
A intenção de criação do grupo era reunir as principais potências econômicas globais. Inicialmente era composto por apenas seis países, mas logo foi completado pelo Canadá e, posteriormente, pelo bloco econômico União Europeia, embora este último seja um membro não numerado. Nesse grupo, também há forte atuação de organismos financeiros internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Quem faz parte do G7?
O G7 reúne um grupo de sete nações que estão entre as principais economias mundiais, logo possui grande poder geopolítico. Porém, torna-se importante destacar que não se trata das maiores economias globais, visto que não fazem parte desse agrupamento países como China e Índia.
O grupo é representado por nações que apresentam elevado desenvolvimento econômico e social, grande parque industrial e relativo poder bélico. Além dos sete países que compõem o grupo, a União Europeia, bloco econômico formado atualmente por 27 países europeus, também participa formalmente das reuniões do G7. A lista abaixo apresenta os sete países que fazem parte do G7:
País |
Continente |
Capital |
Estados Unidos |
América |
Washington |
Canadá |
América |
Ottawa |
Reino Unido |
Europa |
Londres |
França |
Europa |
Paris |
Alemanha |
Europa |
Berlim |
Itália |
Europa |
Roma |
Japão |
Ásia |
Tóquio |
Função do G7
A função central do G7 é a promoção de discussões em nível internacional, especialmente sobre as questões econômicas globais. Esse agrupamento, justamente por reunir grandes potências em termos econômicos, possui grande centralidade nas decisões de viés economicista presentes no planeta. Ademais, eles também atuam como importantes atores geopolíticos em questões financeiras, bélicas e até mesmo ambientais.
Por que o G7 é importante?
O G7 é importante porque reúne países de grande poder geopolítico mundial, com destaque para a esfera econômica. Esses países são detentores de um vasto parque industrial, de uma importante população absoluta, de um complexo sistema financeiro e possuem vasta influência em várias áreas da sociedade, com destaque para as discussões políticas, militares e ambientais.
Esse agrupamento conta ainda com o apoio de importantes organizações internacionais, como o bloco econômico União Europeia (UE) e a instituição financeira Fundo Monetário Internacional (FMI).
Porém, mediante as profundas transformações na ordem global desde a sua criação, o G7 acabou perdendo espaço para outros agrupamentos globais, como, por exemplo, o G20 e o Brics. A participação econômica dos países do G7 em nível mundial caiu consideravelmente, e esses países perderam parte significativa da sua influência política nas nações emergentes.
Veja também: Conselho de Segurança da ONU — um dos principais centros da geopolítica da atualidade
Cúpula do G7
As cúpulas do G7 são encontros realizados anualmente que contam com a participação de todos os líderes políticos dos países desse agrupamento. As reuniões anuais dos países do G7 servem como espaço de debates internacionais, especialmente no âmbito econômico, mas também em outras esferas globais, como a política, a militar e a ambiental.
Essas cúpulas contam, além da participação dos países-membros do G7, com outras nações que são convidadas para discutir as questões econômicas e políticas globais. No ano de 2023, por exemplo, foram convidados países como Brasil, Índia e Ucrânia. A última cúpula do G7, no ano de 2023, foi realizada na cidade de Hiroshima, no Japão.
Diferenças do G7 e o G8
A partir de 1998, a Rússia passou a integrar o G7, formando assim o chamado G8. A Rússia foi chamada para compor o grupo como uma forma de aproximação com os países da antiga União Soviética e, ainda, mediante o seu grande poder militar, sua ampla disponibilidade de recursos minerais e sua vasta extensão territorial.
Com a invasão das tropas russas e posterior anexação da península da Crimeia (Ucrânia), no ano de 2014, a Rússia foi banida do G8. Portanto, desde então o grupo passou a ser novamente chamado de G7.
Brasil e o G7
O Brasil, em razão do seu protagonismo regional na América Latina e também da sua participação ativa na política do chamado Sul Global, é frequentemente chamado para os encontros do G7. O país já participou sete vezes do encontro dos líderes do G7 (2003, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009 e 2023).
A última participação do Brasil nesse encontro foi justificada pela tentativa de aproximação das nações desenvolvidas com países emergentes e em desenvolvimento. O Brasil é um dos líderes do Sul Global, logo possui grande importância em termos econômicos e políticos para o G7. Esse agrupamento também procura o apoio brasileiro em questões geopolíticas globais, como a Guerra entre Rússia e Ucrânia.
Críticas ao G7
O G7 é alvo de muitas críticas, desde governos de nações emergentes até movimentos civis antiglobalização, que apontam as inconsistências da formação desse grupo. Atualmente, os críticos do G7 argumentam que o bloco não representa as principais potências econômicas globais, visto que não conta com países como Índia e China.
Ademais, há uma forte crítica em relação à desigualdade global em termos econômicos e financeiros, já que o G7 concentra uma parte importante de toda a renda mundial. Nesse contexto, o bloco é frequentemente apontado como centralizador, uma vez que toma decisões internacionais de forma arbitrária, com pouca participação de outras nações, especialmente as menos desenvolvidas.
Crédito de imagem
Fontes
AGÊNCIAS. Entenda o que é G7 e a diferença para G8 e G20; saiba onde está o Brasil. O Tempo. Disponível em: https://www.otempo.com.br/mundo/entenda-o-que-e-g7-e-a-diferenca-para-g8-e-g20-saiba-onde-esta-o-brasil-1.2871390.
ALMEIDA, J. F. O que são os G7?. Diário de Notícias. Disponível em: https://www.dn.pt/opiniao/o-que-sao-os-g7-14971510.html.
AZEVEDO, R. O significado do retorno do Brasil ao G7 depois de 14 anos. DW. Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/o-significado-do-retorno-do-brasil-ao-g7-depois-de-14-anos/a-65678501.