Povos pré-colombianos

Os povos pré-colombianos são civilizações que habitaram as Américas antes da chegada dos espanhóis. Incas, maias e astecas são os povos pré-colombianos mais conhecidos.
Ruínas da cidade de Zaluceu, construída por povos pré-colombianos na Guatemala.[1]

Os povos pré-colombianos são povos que habitaram as Américas antes da chegada dos conquistadores espanhóis e desenvolveram grandes civilizações nas diferentes regiões do continente. Na Mesoamérica, civilizações como olmecas, teotihuacan e zapotecas floresceram, contribuindo com legados culturais e religiosos significativos.

Os maias, conhecidos por suas contribuições à astronomia e arquitetura, destacaram-se como uma civilização avançada. No Vale do México, os astecas formaram uma sociedade complexa, centrada na agricultura e em uma religiosidade polissêmica. Na América do Sul, os incas estabeleceram o vasto Império Tahuantinsuyo, caracterizado por uma sociedade altamente organizada e uma economia baseada em agricultura em terraços.

Cada uma dessas civilizações ocupava regiões geográficas distintas, mas compartilhava características fundamentais, como economias agrícolas, expressões artísticas e científicas, sociedades hierarquizadas e sistemas religiosos complexos. O fim dessas civilizações foi marcado por eventos como a chegada dos europeus, conflitos, doenças introduzidas pelos colonizadores e desestruturação social, resultando no declínio dessas culturas ricas e complexas.

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Resumo sobre povos pré-colombianos

  • Os povos pré-colombianos foram povos que viviam nas Américas antes da chegada de Colombo.
  • Ocupavam regiões geográficas distintas, cada uma com características únicas.
  • A Mesoamérica foi o berço de civilizações como os olmecas, teotihuacan e zapotecas.
  • Os maias, com sua avançada compreensão da astronomia e arquitetura, destacaram-se como uma civilização sofisticada na Mesoamérica.
  • Os astecas, estabelecendo-se no Vale do México, formaram uma sociedade complexa, com uma economia baseada na agricultura e um sistema religioso polissêmico centrado em deidades como Huitzilopochtli.
  • Os incas, na América do Sul, construíram o vasto Império Tahuantinsuyo, com uma sociedade altamente organizada e uma economia baseada na agricultura em terraços.
  • As características fundamentais dos povos pré-colombianos incluíam economias agrícolas, culturas artísticas e científicas, sociedades hierarquizadas e sistemas religiosos complexos.
  • O fim dos povos pré-colombianos ocorreu devido a: chegada dos europeus, conflitos, doenças trazidas pelos colonizadores e desestruturação social.

História dos povos pré-colombianos

A história dos povos pré-colombianos é uma narrativa que abrange milênios de desenvolvimento humano nas Américas antes da chegada dos europeus. Essas civilizações, como os olmecas, zapotecas, toltecas e outros, estabeleceram as bases para as grandes culturas que surgiriam mais tarde, como os maias, astecas e incas.

Os primeiros habitantes das Américas, conhecidos como povos paleoíndios, migraram através do Estreito de Bering, há cerca de 15.000 anos, espalhando-se por todo o continente. À medida que o tempo avançava, diversas culturas floresceram em diferentes regiões, desenvolvendo sistemas agrícolas, tecnologias avançadas e estruturas sociais complexas.

A ascensão dos maias na Mesoamérica, entre 2000 a.C. e 1500 d.C., foi marcada por suas realizações nas artes, ciências e arquitetura. Da mesma forma, os astecas, surgindo no século XIV, construíram uma sociedade complexa no Vale do México, enquanto os incas, a partir do século XIII, dominaram os Andes com seu vasto império.

Essa jornada histórica dos povos pré-colombianos é um testemunho da diversidade cultural e da capacidade humana de adaptação ao ambiente. O estudo dessas sociedades proporciona uma compreensão profunda das raízes da civilização nas Américas e da complexidade das interações humanas ao longo dos séculos.

Quais eram os povos pré-colombianos?

Os povos pré-colombianos referem-se às sociedades indígenas que habitavam as Américas antes da chegada de Cristóvão Colombo, em 1492. Essas civilizações possuíam ricas culturas, avançados sistemas sociais e econômicos, e crenças religiosas profundas. Neste texto, exploraremos a história desses povos, focando principalmente nas civilizações da Mesoamérica (maias e astecas) e dos Andes (incas).

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Civilizações da Mesoamérica e a origem dos maias e astecas

Na região da Mesoamérica, tiveram origem importantes civilizações pré-colombianas, como os maias e os astecas.[2]

A Mesoamérica se desenvolveu como uma rica região cultural, estendendo-se de parte do México ao norte da América do Sul. Importantes civilizações pré-hispânicas floresceram nesse território, moldando a história que precedeu à conquista espanhola.

A Mesoamérica, conforme definida pelo antropólogo Paul Kirchoff, compreende 906 mil quilômetros quadrados, indo além dos limites geográficos da América Central. Nessa região, destacaram-se culturas que deixaram um legado cultural duradouro, caracterizado por aspectos materiais e imateriais compartilhados entre as diversas sociedades indígenas. Essas culturas, chamadas de “altas culturas”, influenciaram a região por meio de práticas agrícolas, arquitetura, jogos rituais e calendários.

Ao contrário de uma concepção eurocêntrica de domínio político, a Mesoamérica foi habitada por povos autônomos, compartilhando elementos culturais e exercendo influência mútua.

A historiografia estabeleceu marcos cronológicos para organizar a história mesoamericana, destacando os períodos Pré-Clássico, Clássico e Pós-Clássico.

  • Pré-Clássico da Mesoamérica (1500 a.C.-200 a.C.)

Os olmecas surgiram como pioneiros na sedentarização agrícola, desenvolvendo centros cerimoniais que evoluíram para cidades. San Lorenzo, La Venta e Tres Zapotes são exemplares desses centros, refletindo uma divisão do trabalho entre agricultores, artistas e construtores. Os olmecas, com sua influência cultural marcante, são considerados a “alta cultura matriz”, influenciando civilizações subsequentes.

Escultura feita pela civilização pré-colombiana olmeca.
  • Período Clássico da Mesoamérica (200 a.C.-800 d.C.)

Destaca-se pela grandiosidade de Teotihuacán, a maior cidade mesoamericana do seu tempo. Localizada no Altiplano Central Mexicano, Teotihuacán prosperou como um centro cultural, religioso e comercial. Sua arquitetura monumental, como as Pirâmides do Sol e da Lua, reflete a herança cultural do Pré-Clássico, com Teotihuacán sendo considerada a “metrópole dos deuses”.

Pirâmides da cidade de Teotihuacán, construídas por povos pré-colombianos.

Paralelamente, os zapotecas, em Oaxaca, desenvolveram o Monte Albán, contribuindo para a unidade cultural mesoamericana. Nesse cenário, é essencial considerar a influência cultural como o principal mecanismo de interação entre as sociedades, evidenciando a formação e o desenvolvimento das altas culturas. O processo de desenvolvimento cultural com base em modelos anteriores, disseminado por povos específicos, é uma constante na história mesoamericana.

O estudo desses períodos históricos revela uma Mesoamérica caracterizada por diversidade cultural, autonomia política e trocas culturais significativas. Essas civilizações, marcadas por realizações notáveis, deixaram um legado que transcendeu o tempo, influenciando não apenas os contemporâneos como também as civilizações posteriores. Ao mergulhar na história dos povos mesoamericanos, somos convidados a explorar uma trama cultural e histórica envolvente que moldou as bases da América Latina.

  • Período Pós-Clássico da Mesoamérica (séculos X-XVI)

Os astecas (mexicas) se desenvolveram no período Pós-Clássico (séculos X a XVI), no qual as hegemonias estudadas na época Clássica, como Teotihuacán e os centros maias, entraram em declínio, culminando em sua fragmentação.

Esse período representa a última fase da história mesoamericana, na qual as civilizações indígenas se desenvolveram sem o contato europeu, caracterizando-se pela desintegração das culturas anteriores e a chegada de novos povos à região, os quais fundariam novas civilizações.

Um desses grupos foi o dos toltecas, cuja peregrinação teve início em uma localidade chamada Huehuetlapallan, que significa “velha terra azul”. Segundo lendas, os toltecas deixaram essa região em 511 e percorreram 104 anos antes de se estabelecerem na região central do México, fundando a cidade de Tollan-Xicocotitlan, também conhecida como Tula.

Figuras erguidas pelos toltecas em Tula, no México.

Tula tornou-se a capital dos toltecas por volta de 980 e prosperou até sua destruição, em 1179. Durante os séculos IX e X, foi a maior cidade do México, abrangendo 12 km2 e com uma população de aproximadamente 30 mil habitantes.

A cidade possuía uma estrutura urbana que incorporava elementos das culturas anteriores, como pirâmides organizadas em um centro cerimonial e estátuas de pedra, como as Atlantes, no topo da Pirâmide B. Culturalmente, os toltecas adotaram o culto a Quetzacoatl, divindade teotihuacana, e difundiram pela região a língua nahuatl, posteriormente adotada pelos astecas.

Além dos toltecas, outros grupos migraram do norte para o México, sendo denominados pelos astecas chichimecas, termo pejorativo que, de acordo com a historiografia, assemelha-se àquele empregado pelos gregos e romanos à noção de “bárbaro”: povos estrangeiros que não partilhavam dos mesmos valores e identidade cultural.

Nos relatos indígenas, os chichimecas eram frequentemente contrastados aos toltecas, considerados como o modelo de civilização, enquanto os chichimecas eram sua antítese. Os espanhóis adotaram esse termo durante a conquista e a historiografia posterior manteve seu uso. Dentro dessa corrente migratória, também chegaram à Mesoamérica os mexicas, conhecidos como astecas, que desempenharam um papel significativo durante a conquista espanhola.

O povo mexica, popularmente conhecido como asteca, traça suas origens até a cidade de Aztlan Chicomoztoc. No entanto, a construção da identidade desse povo revela um desprendimento em relação a Aztlan e a formação de uma nova identidade mexica. Por volta de 1430, no auge de seu desenvolvimento político e cultural, os mexicas empreenderam a recriação de suas origens, destruindo registros desfavoráveis à imagem que desejavam preservar. Por meio de fontes escritas e da arqueologia, a historiografia pôde reconstituir alguns desses eventos.

Os mexicas tiveram sua origem em Aztlan Chicomoztoc, mas, quando lá viviam, eram servos subordinados a um grupo de governantes. A libertação desse estado ocorreu quando o sacerdote Huitzilopochtli recebeu da divindade Tetzahuitl Teotl a informação de que ela os guiaria a um local privilegiado, onde estariam livres da servidão, prosperariam e se tornariam senhores de todos os povos que habitassem essa terra, tributando-lhes.

A peregrinação terminou quando os mexicas se estabeleceram na região do Lago Texcoco, no Vale do México, fundando cidades e uma confederação que serviu como base para seu império.

Uma dessas cidades, México-Tenochtitlan, fundada em 1325, numa ilha central do lago, alcançou uma população de cerca de 300 mil habitantes, tornando-se uma das maiores cidades do mundo na época, com centros cerimoniais, regiões comerciais e construções monumentais, incluindo pirâmides.

Maquete representativa da cidade de México-Tenochtitlán, construída pelos astecas.[3]

A cidade irmã de México-Tenochtitlan, México-Tlateloco, fundada em 1337, estava localizada ao redor do lago e era conhecida por seu grande mercado. Ambas as cidades eram centrais para os domínios dos mexicas, mas é importante ressaltar que o termo Império Asteca, utilizado pela historiografia europeia, reflete uma perspectiva eurocêntrica, uma vez que tal conceito não foi desenvolvido localmente.

O que é crucial compreender é que o assim chamado Império Asteca era formado por uma variedade de alianças e confederações com outros povos do Vale do México, os quais pagavam tributos aos mexicas. Entretanto, nem todos os povos estavam submetidos ao domínio mexica, fato crucial para entender o processo subsequente da conquista espanhola, pois, na época do contato, os mexicas ainda não haviam consolidado plenamente sua hegemonia.

→ Videoaula sobre maias e astecas

Civilizações dos Andes e a origem dos incas

A região andina central, centrada na Cordilheira dos Andes, apresentou uma rica tapeçaria cultural que se desenvolveu antes do impacto dos conquistadores espanhóis, em 1532. Estendendo-se por oito mil quilômetros ao longo da costa oeste da América do Sul, essa zona compreende o deserto costeiro, as terras altas habitadas e não habitadas, e vales férteis. A influência mesoamericana se entrelaçou com a originalidade andina, evidenciada pela domesticação da lhama, pelo culto aos mortos e pelo uso extensivo de metais.

Dentre as civilizações que moldaram essa paisagem, a cultura tiahuanaco destacou-se como a pioneira, florescendo entre 1500 a.C. e 1187 d.C. nas regiões que hoje são Bolívia, Peru e norte do Chile. Essa cultura, centrada na bacia do Lago Titicaca, expandiu-se, influenciando áreas costeiras e vales. Posteriormente, a cultura huari, florescendo entre os séculos VII e XIII, no Peru, foi influenciada pela tiahuanaco, contribuindo para a unificação cultural da região.

Henri Favre, historiador, descreve o papel crucial dos povos tiahuanaco e huari no século VIII, reunificando a região andina fragmentada. Suas expansões, em direções opostas, moldaram a face cultural, interrompendo tradições locais e influenciando áreas extensas. Esse período de influência culminou nas capitais dos grandes Estados andinos, antecipando os futuros Impérios Chimu e Inca.

Focalizando na cultura que os conquistadores europeus encontraram, os incas surgiram como protagonistas. O Tahuantinsuyo, uma confederação multiétnica com o povo quéchua (incas) como força dominante, floresceu no Vale do Cuzco, no Peru. Essa expansão militar resultou na unificação da Zona Andina Central no “império das quatro partes”, abrangendo mais de quatro mil quilômetros de norte a sul, do Equador ao Chile. Diferentemente dos astecas, os incas já possuíam um império consolidado quando os espanhóis chegaram.

A origem dos incas remonta a uma migração militar da região do Lago Chichimeca para o Vale de Cuzco por volta de 1200. O líder inca Viracocha iniciou uma guerra para libertar seu povo, resultando na fundação do Tahuantinsuyo pelo seu filho Patahuatec-Inca. O apogeu do império ocorreu durante o governo de Huayna-Capac, atingindo uma população de mais de 10 milhões de habitantes.

Na esfera política e econômica, os incas enfrentaram as limitações geográficas da região, construindo terraços para a agricultura e dependendo da criação de lhamas. A organização social se baseava no ayllu, comunidades de famílias relacionadas, formando aldeias. O Império Inca, uma confederação multiétnica, centralizava o poder quéchua por meio de obrigações de trabalho e tributos.

A administração do Tahuantinsuyo dividia-se em quatro partes (suyos), conectadas por uma rede de estradas e apoiadas por uma complexa burocracia. Cuzco, a capital, era uma cidade grandiosa, refletindo a arquitetura já praticada na região. A religião inca, politeísta, reverenciava o Sol, com um clero hierarquizado presidindo os rituais. O idioma quéchua difundiu-se, tornando-se predominante na região.

Localização dos povos pré-colombianos

Localização dos povos pré-colombianos. (Créditos da imagem: Gabriel Franco | Mundo Educação).

Os maias floresceram principalmente na região da Península de Yucatán, no sul do México, Guatemala, Honduras e Belize. Os astecas, por sua vez, estabeleceram-se na região central do México, com sua capital, Tenochtitlán, construída no meio do Lago Texcoco. Os incas, situados nos Andes, dominaram uma vasta extensão que se estendia do Equador até o Chile. A capital inca, Cusco, era um centro de riqueza e poder.

Principais características dos povos pré-colombianos

→ Economia dos povos pré-colombianos

As economias dessas civilizações eram diversificadas e adaptadas aos ambientes em que estavam inseridas. Os maias, por exemplo, praticavam a agricultura intensiva, cultivando milho, feijão, abacate e cacau.

Os astecas desenvolveram um sistema agrícola eficiente nas chinampas e eram hábeis comerciantes, usando o sistema de troca para adquirir bens essenciais. Os incas, nas montanhas dos Andes, adotaram a agricultura em terraços para maximizar o espaço cultivável e desenvolveram técnicas de irrigação sofisticadas.

Terraços agrícolas nas ruínas de Machu Pichu, um símbolo da Civilização Inca.

Cultura dos povos pré-colombianos

As civilizações pré-colombianas eram ricas em expressões culturais. Os maias destacaram-se nas artes e arquitetura, criando magníficos templos e pirâmides, uma escrita hieroglífica complexa; e desenvolvendo a matemática e sistemas de calendário precisos. Os astecas, além de suas realizações arquitetônicas, eram hábeis artistas e artesãos, produzindo cerâmica, tecidos e esculturas elaboradas. Os incas, com uma cultura fortemente influenciada pela religião, criaram obras de arte que refletiam a natureza sagrada de sua sociedade.

Sociedades pré-colombianas

As sociedades pré-colombianas eram estratificadas, com uma hierarquia claramente definida. Os maias, por exemplo, tinham uma estrutura social composta por nobres, sacerdotes, comerciantes e agricultores. A mobilidade social era limitada, mas certos méritos podiam garantir ascensão na escala social.

Os astecas tinham uma sociedade complexa, com diferentes classes, incluindo guerreiros, sacerdotes e agricultores. O sistema de castas incas era rigidamente estruturado, com o imperador no topo, seguido por nobres, sacerdotes, guerreiros e agricultores.

Religião dos povos pré-colombianos

A religião desempenhava um papel central nas vidas desses povos, influenciando a tomada de decisões políticas, práticas agrícolas e rituais cotidianos. Os maias, por exemplo, adoravam uma panóplia de deuses relacionados ao Sol, à Lua e às forças naturais.

Os astecas eram conhecidos por seus elaborados rituais de sacrifícios humanos, destinados a apaziguar os deuses e garantir a prosperidade. Os incas adoravam deidades como Inti, o deus Sol, e praticavam rituais cerimoniais para manter a harmonia com o mundo espiritual.

Como foi o fim dos povos pré-colombianos

O declínio dessas civilizações foi um processo complexo, influenciado por fatores naturais, sociais e, em alguns casos, pela intervenção europeia.

  • Causas do declínio dos maias: o colapso da Civilização Maia é um enigma histórico. Embora não haja uma única causa identificada, os estudiosos propõem várias teorias. Mudanças climáticas, como secas prolongadas, podem ter afetado a agricultura e os recursos naturais, levando à fome e ao descontentamento. Conflitos internos e invasões estrangeiras também são considerados fatores. No entanto, muitas cidades maias já estavam em declínio antes da chegada dos europeus.
  • Causas do declínio dos astecas: a chegada dos conquistadores espanhóis, liderados por Hernán Cortés, foi um golpe devastador para os astecas. Em 1519, os espanhóis chegaram ao México, e, devido a circunstâncias favoráveis, como a aliança com povos indígenas descontentes com o domínio asteca, conseguiram conquistar Tenochtitlán em 1521. O contato com os europeus trouxe doenças, como varíola, que dizimaram a população nativa, contribuindo significativamente para o declínio dos astecas.
  • Causas do declínio dos incas: o Império Inca foi conquistado pelos espanhóis, liderados por Francisco Pizarro. A sociedade inca estava fragilizada por uma guerra civil entre os irmãos Atahualpa e Huáscar, disputando o trono. Pizarro explorou essa divisão, capturou Atahualpa em 1532, e, apesar de receber um resgate em ouro e prata, executou-o. Esse evento desencadeou uma série de conflitos que resultaram na queda do Império Inca em 1572. A introdução de doenças europeias e a brutal exploração dos recursos pelos colonizadores também contribuíram para o colapso inca.

Saiba mais: Como ocorreu a independência das colônias espanholas na América

Exercícios resolvidos sobre povos pré-colombianos

1. Durante a fase pré-colombiana, a Mesoamérica foi o berço de diversas civilizações, cada uma com características distintas. Um exemplo notável é a Civilização Olmeca, que floresceu entre 1400 a.C. e 400 a.C. Considerando esse contexto, qual das seguintes afirmativas sobre os olmecas é correta?

a) Desenvolveram uma escrita hieroglífica complexa, registrando suas conquistas e crenças.

b) Destacaram-se pelo uso avançado de metais na produção de ferramentas e artefatos.

c) Ficaram conhecidos por suas colossais cabeças de pedra esculpidas, indicando uma sociedade avançada.

d) Sua principal atividade econômica era a agricultura em terraços nas montanhas.

e) Sua religião era politeísta, mas destacava-se pelo culto exclusivo a uma única divindade.

Resposta: c)

As colossais cabeças de pedra esculpidas pelos olmecas são uma característica distintiva de sua cultura, sugerindo habilidades artísticas avançadas e um desenvolvimento social significativo.

2. A região andina na América do Sul foi palco do desenvolvimento de várias civilizações, como os incas. Considerando o Império Inca, que atingiu seu apogeu durante o governo de Huayna-Capac (1493-1525), qual das seguintes afirmativas sobre os incas é verdadeira?

a) A capital do Império Inca, Cuzco, era uma pequena cidade sem importância histórica.

b) A agricultura inca era baseada principalmente em grandes extensões de terras planas.

c) A língua quéchua, falada pelos incas, era restrita à população governante.

d) O Império Inca não tinha uma organização burocrática e administrativa eficiente.

e) O culto mais importante na religião inca era dirigido à divindade Tezcatlipoca.

Resposta: d)

Ao contrário, o Império Inca possuía uma complexa organização burocrática e administrativa, chefiada pelo Inca, que contribuiu para sua integração e coesão, diferenciando-o de outras civilizações na América pré-colombiana.

Créditos das imagens

[1] Wikimedia Commons

[2] Wikimedia Commons

[3] Wikimedia Commons

Fontes

BETHEL, Leslie. América Latina Colonial. São Paulo: EDUSP, 2009.

PRADO, Maria Ligia; PELEGRINO, Gabriela. História da América Latina. São Paulo: Contexto, 2014.

Publicado por Tiago Soares Campos
Química
Cigarro eletrônico, faz mal assim mesmo?
Dispositivos amplamente difundidos hoje e sem relatos concretos sobre os seus malefícios são os cigarros eletrônicos. Por mais que não saibamos de maneira clara o quão fazem mal a saúde é claro e evidente que não fazem bem! Vamos entender o seu funcionamento e desvendar o motivo pelo qual com certeza ele fazem mal a saúde.
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