Mercantilismo
O mercantilismo foi uma prática econômica, vigente na Europa entre os séculos XV e XVIII, que ajudou na consolidação da burguesia como classe social dominante. Sua origem está na transição do feudalismo para o capitalismo, durante a crise da Idade Média e a formação dos Estados nacionais. Os monarcas absolutistas intervinham na economia em busca de riquezas, como metais preciosos.
Os tipos de mercantilismo são:
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mercantilismo comercial;
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mercantilismo industrial; e
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metalismo.
Na Europa, essas práticas econômicas foram idealizadas por economistas como Adam Smith e Jean-Baptiste Colbert. O mercantilismo se fez presente no Brasil por meio do exclusivismo comercial, no início da colonização portuguesa.
Resumo sobre o mercantilismo
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O mercantilismo foi um conjunto de práticas e ideias econômicas que vigorou na Europa, durante os séculos XV a XVII, ao longo da crise do sistema feudal e na formação do capitalismo.
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Suas principais características são: acúmulo de metais preciosos, incentivo à manufatura, intervenção do Estado na economia, balança comercial favorável e protecionismo.
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Os tipos de mercantilismo são o comercial e o industrial.
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No Brasil, o mercantilismo se materializou no comércio de mercadorias e no Pacto Colonial.
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O que é mercantilismo?
O mercantilismo foi um conjunto de práticas e ideias econômicas que esteve em vigência, na Europa, entre os séculos XV e XVIII, período de transição do feudalismo para o capitalismo. As expansões marítimas promoveram a colonização da América por parte de Portugal e Espanha, onde o mercantilismo foi aplicado. Essas práticas e ideias estavam baseadas:
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na intervenção do Estado na economia;
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no metalismo (busca por metais preciosos);
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na balança comercial favorável;
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no incentivo à manufatura;
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no protecionismo econômico.
Origens do mercantilismo
As origens do mercantilismo remontam à transição da Idade Média para a Idade Moderna, entre os séculos XIV e XV. A Europa vivia a crise do sistema feudal e o surgimento do capitalismo. A burguesia se tornava uma classe social em ascensão, graças ao fortalecimento do comércio. Os reis ganharam destaque ao exercerem suas lideranças nas guerras, no combate às revoltas servis e na formação dos Estados nacionais. Burgueses e monarcas absolutistas se uniram para fortalecer um ao outro, bem como expandir o comércio, que se consolidava como principal atividade econômica da Europa.
Esse período foi marcado pela expansão marítima, liderada por Portugal e Espanha. A busca por novas rotas até as Índias, em busca de especiarias para serem comercializadas no continente europeu, promoveu o reconhecimento de um novo continente, a América. Iniciava a colonização dessa nova terra, o que levou para o outro lado do Atlântico as práticas e ideias mercantilistas. O colonialismo europeu contou com o apoio dos reis e o financiamento da burguesia.
A aliança entre reis e burgueses enfraqueceu a nobreza feudal. Durante a Idade Média, os nobres eram a classe social dominante e possuidores de grandes quantidades de terra, fonte de riqueza no período feudal. Como a agricultura era a principal atividade econômica da Europa feudalista, os nobres eram os mais ricos e, consequentemente, os mais poderosos. A crise do sistema feudal e as ascensões dos monarcas absolutistas e da burguesia colocaram um ponto-final no domínio nobre na Europa.
Características do mercantilismo
O mercantilismo não foi aplicado da mesma forma na Europa. Sua aplicação esteve condicionada ao contexto de cada nação. Veja a seguir as suas principais características.
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Metalismo: defesa do acúmulo de metais e pedras preciosas, como ouro, prata e diamante. Essa característica mercantilista foi aplicada por Portugal e Espanha enquanto organizavam a exploração de suas colônias na América. Os espanhóis conseguiram explorar ouro logo no início da colonização, enquanto os portugueses não tiveram a mesma sorte logo após o desembarque no litoral brasileiro. Somente no século XVIII que as primeiras minas de ouro foram encontradas pelos bandeirantes no interior do Brasil.
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Colbertismo: incentivo ao desenvolvimento manufatureiro para atrair riqueza por meio da vinda de moeda estrangeira. Buscava-se também limitar os gastos internos. Essa característica foi baseada nas ideias do ministro francês Jean-Baptiste Colbert.
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Balança comercial favorável: nas trocas comerciais, uma nação deveria vender mais mercadorias e comprar menos, ou seja, exportar mais e importar menos. Dessa forma, sua balança comercial estaria positiva.
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Protecionismo alfandegário: cobranças de impostos sobre produtos estrangeiros para proteger o mercado interno.
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Tipos de mercantilismo
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Mercantilismo comercial
As ideias mercantilistas incentivaram a expansão comercial, fortalecendo o capitalismo nascente. As nações europeias buscavam produtos que poderiam ser comercializados no mercado europeu e, dessa forma, acumular riquezas. Portugal e Espanha iniciaram a colonização na América em busca de metais preciosos ou de outros produtos valiosos para o mercado.
Os espanhóis encontraram ouro nos primeiros anos de colonização e obtiveram grandes lucros. Já Portugal, sem encontrar metal precioso no litoral brasileiro, primeiramente investiu no comércio do pau-brasil e, logo em seguida, na produção açucareira, que, de fato, começou a gerar lucro para os portugueses.
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Mercantilismo industrial
Esse tipo de mercantilismo se baseava na produção manufatureira. A França adotou esse tipo por meio do ministro Colbert. Ele incentivou a produção de artigos de luxo, que seriam comercializados no mercado externo. Em busca de matéria-prima para essa produção, os franceses decidiram invadir a América portuguesa, mas foram expulsos.
Mercantilismo na Europa
As nações europeias adotaram as práticas e as ideias mercantilistas para desenvolver suas economias. Os reis absolutistas se aliaram aos burgueses comerciantes em busca de lucros e acúmulo de metais precisos. Os recém-formados Estados nacionais europeus intervinham na economia, regulando o mercado, cobrando impostos e unificando as moedas. O comércio a cada dia se desenvolvia mais, enriquecendo as nações, bem como seus governantes e aliados.
Mercantilismo no Brasil
O mercantilismo chegou ao Brasil por meio dos portugueses. Desde a chegada de Pedro Álvares Cabral, em 1500, os colonizadores buscavam encontrar ouro no litoral brasileiro. A notícia de que os espanhóis encontraram metais precisos fizeram com que os portugueses aumentassem a procura no Brasil. Como não encontraram de imediato esses metais, eles resolveram explorar outras mercadorias que também tinham valor no mercado externo.
Com o êxito da produção de açúcar no Nordeste brasileiro, os portugueses implantaram o Pacto Colonial ou o exclusivismo colonial. Com isso, o Brasil Colônia só poderia comercializar com a metrópole portuguesa. Dessa forma, Portugal obteve o controle de toda a riqueza extraída de sua colônia brasileira.
Exercícios resolvidos sobre mercantilismo
Questão 1 - O mercantilismo foi um conjunto de práticas e ideias econômicas em vigor, na Europa, entre os séculos XV e XVIII. Leia os itens abaixo e assinale uma das características do mercantilismo.
A) Livre comércio sem a participação do Estado.
B) Expansão da agricultura.
C) Acúmulo de metais preciosos.
D) Aumento de impostos sobre os lucros burgueses.
Resolução
Alternativa C. O metalismo, ou seja, o acúmulo de metais preciosos, foi uma das principais características do mercantilismo. Com o surgimento dos Estados nacionais, a riqueza se media por meio do acúmulo de ouro, prata e diamante.
Questão 2 - Ao desembarcar no Brasil, em 1500, os portugueses procuraram no litoral brasileiro metais preciosos, porém não os encontraram. Essa busca por esses metais está ligada a uma prática econômica comum na Europa, entre os séculos XV e XVIII, que se chama:
A) mercantilismo.
B) escravismo.
C) feudalismo.
D) escambo.
Resolução
Alternativa A. O mercantilismo foi um conjunto de práticas e ideias econômicas que dominou a Europa na transição do feudalismo para o capitalismo. A riqueza das nações em formação estava no acúmulo de metais precisos, na intervenção do Estado na economia e no protecionismo.