Rubem Fonseca

Rubem Fonseca nasceu em 11 de maio de 1925, em Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais. A partir dos oito anos de idade, passou a viver no Rio de Janeiro, onde faleceu, em 15 de abril de 2020. Ali, em 1948, formou-se na faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais. Mais tarde, de 1952 a 1958, trabalhou na polícia dessa cidade.

O escritor acabou utilizando tal experiência na escrita de suas narrativas e tornou-se um autor de contos e romances policiais. Suas obras — sucesso de público e de crítica — possuem enredos envolventes, com ação, suspense e violência, mas também mostram o vazio existencial e a desigualdade social no espaço urbano da contemporaneidade.

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Biografia de Rubem Fonseca

Rubem Fonseca, no desenho da capa do livro “O melhor de Rubem Fonseca”, publicado com o selo Nova Fronteira, da Ediouro Publicações. [1]

Rubem Fonseca (ou José Rubem Fonseca) nasceu em 11 de maio de 1925, em Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais. Quando tinha oito anos de idade, ganhou sua primeira máquina de escrever e mudou-se, com a família, para o Rio de Janeiro. Nessa cidade, anos mais tarde, fez faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, concluída em 1948.

Quatro anos depois, começou a trabalhar na polícia, porém, na maior parte de sua carreira policial, exerceu funções burocráticas no setor de Relações Públicas. Nos anos de 1953 e 1954, com outros policiais, fez um curso de aperfeiçoamento em Comunicação, nos Estados Unidos. Aproveitou para fazer também um curso de Administração de Empresas, na Universidade de Nova Iorque.

De volta ao Brasil, tornou-se professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em 1958, deixou sua carreira na polícia para trabalhar na Light. Foi só na década de 1960 que o escritor passou a dedicar-se à literatura, inicialmente, com a produção de contos. Assim, seu primeiro romanceO caso Morel — foi publicado em 1973.

Em 1976, seu livro de contos Feliz Ano Novo foi censurado pela ditadura militar, por ser considerado contrário à moral e aos bons costumes. A publicação dessa obra só voltou a ser permitida, no Brasil, em 1985. Além de contos e romances, Rubem Fonseca, um cinéfilo, escrevia roteiros.

Apesar da fama, o autor, que morreu em 15 de abril de 2020, no Rio de Janeiro, não gostava de dar entrevistas nem de ser fotografado. Evitava, assim, expor sua vida pessoal, para dar protagonismo à sua obra, pela qual recebeu prêmios como:

  • Status de Literatura Brasileira (1978)

  • Kikito (1991)

  • Jabuti (1996)

  • Jabuti (2002)

  • Camões (2003)

  • Juan Rulfo (2003)

  • Manuel Rojas (2012)

  • Casino da Póvoa (2012)

  • Jabuti (2014)

  • Machado de Assis (2015)

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Características literárias de Rubem Fonseca

As obras de Rubem Fonseca fazem parte da literatura contemporânea brasileira e apresentam:

  • Linguagem coloquial

  • Relato objetivo

  • Violência urbana

  • Temática policial

  • Narrativa realista

  • Ação e suspense

  • Corrupção das elites

  • Brutalidade humana

  • Hipocrisia social

  • Abuso de poder

  • Vazio existencial

  • Humor e ironia

  • Sexo explícito

  • Desigualdade social

Obras de Rubem Fonseca

Capa do livro “Feliz Ano Novo”, de Rubem Fonseca, publicado com o selo Nova Fronteira.[1]

Romances

  • O caso Morel (1973)

  • A grande arte (1983)

  • Bufo & Spallanzani (1986)

  • Vastas emoções e pensamentos imperfeitos (1988)

  • Agosto (1990)

  • O selvagem da ópera (1994)

  • E do meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto (1997)

  • O doente Molière (2000)

  • Diário de um fescenino (2003)

  • Mandrake, a Bíblia e a bengala (2005)

  • O seminarista (2009)

  • José (2011)

Contos

  • Os prisioneiros (1963)

  • A coleira do cão (1965)

  • Lúcia McCartney (1969).

  • O homem de fevereiro ou março (1973)

  • Feliz Ano Novo (1975)

  • O cobrador (1979)

  • Romance negro e outras histórias (1992)

  • O buraco na parede (1995)

  • Histórias de amor (1997)

  • A confraria dos espadas (1998)

  • Secreções, excreções e desatinos (2001)

  • Pequenas criaturas (2002)

  • Ela e outras mulheres (2006)

  • Axilas e outras histórias indecorosas (2011)

  • Amálgama (2013)

  • Histórias curtas (2015)

  • Calibre 22 (2017)

  • Carne crua (2018)

Crônicas

  • O romance morreu (2007)

Roteiro de cinema

  • Stelinha (1990)

Crédito das imagens

[1] Ediouro (reprodução)

Publicado por Warley Souza

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