Ondas de rádio

Ondas de rádio são um tipo de onda eletromagnética cujas frequências são menores que as frequências das micro-ondas e do infravermelho. As frequências correspondentes às ondas de rádio estendem-se entre 3 kilohertz (3 kHz ou 3.10³ Hz) e 300 giga-hertz (300 Ghz ou 300.109 Hz). Por tratar-se de ondas eletromagnéticas, as ondas de rádio são capazes de propagar-se no vácuo, na velocidade da luz.

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História e características das ondas de rádio

A existência das ondas de rádio foi prevista matematicamente por James Clerk Maxwell (1831-1879), entretanto, a produção artificial e detecção desse tipo de ondas ocorreu apenas em 1887, graças aos experimentos conduzidos pelo físico alemão Heinrich Hertz (1857-1894), tais experimentos ajudaram a comprovar a natureza ondulatória da radiação eletromagnética.

Já o primeiro transmissor de ondas de rádio plenamente funcional foi desenvolvido pelo italiano Guglielmo Marconi (1874-1937), por volta de 1895, e passou a ser comercializado em meados de 1900.

As ondas de rádio correspondem a uma grande faixa de frequências do espectro eletromagnético, essas ondas transportam ainda menos energia do que as ondas de infravermelho, conhecidas como ondas de calor. Dentro do amplo espectro das ondas de rádio, existe uma subdivisão. Caso queira aprender mais sobre as demais ondas eletromagnéticas, acesse: espectro eletromagnético.

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Usos tecnológicos das ondas de rádio

As ondas de rádio são usadas para transmitir sinais de TV, rádio e telefonia móvel.

As aplicações tecnológicas que fazem uso das ondas de rádio são numerosas e bastante variadas. A tabela a seguir mostra algumas dessas aplicações, de acordo com a ordem de grandeza da frequência da onda de rádio. Observe:
 

Utilização

Ordem de grandeza da frequência

Radares

10 GHz

Satélites (GPS)

1 GHz

Telefonia móvel

500 MHz

TV digital

300 MHz

Rádio FM

100 MHz

Rádio AM

1 MHz

Como todas as demais ondas eletromagnéticas, as ondas de rádio podem propagar-se pelo vácuo na velocidade da luz, podendo ser usadas para transportar uma grande quantidade de informações para antenas de rádio, televisão, GPS, telefonia móvel e outros.

As ondas de rádio produzidas artificialmente são geradas mediante a aceleração de cargas elétricas, no interior de antenas transmissoras. Na natureza, as ondas de rádio são geradas durante descargas atmosféricas e também por corpos celestes, como o Sol e outras estrelas.

Em virtude do grande número de dispositivos de telecomunicação que fazem uso de frequências de rádio, a emissão desse tipo de ondas é regulamentada por leis nacionais e internacionais, a fim de reduzir-se a possibilidade de interferências entre diferentes sinais.

Efeitos biológicos das ondas de rádio

As ondas de rádio são classificadas como radiações não ionizantes, o principal efeito da interação das ondas de rádio com a matéria é o aquecimento: essas ondas podem fazer com que moléculas polares (que apresentem separação de cargas) passem a oscilar na direção e no sentido do campo eletromagnético, causando, assim, o aumento de temperatura. Quer saber mais sobre radiação? Acesse nosso texto sobre radiação ionizante.

Ondas de rádio não são capazes de transportar a quantidade de energia que é necessária para arrancar os elétrons dos átomos, quando isso ocorre, é possível que algumas ligações químicas sejam rompidas, causando danos a cadeias de DNA e, possivelmente, mutações genéticas.

Além de serem usadas nas telecomunicações, as ondas de rádio também são usadas em tratamentos oncológicos, que promovem o aquecimento de células cancerosas destruindo-as graças ao aumento de temperatura.

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Apesar de não existirem provas de que as ondas de rádio podem causar males ao ser humano ou até mesmo a outros animais, existem diretrizes internacionais que limitam a intensidade da radiação que pode ser emitida pelas fontes de ondas de rádio, como aparelhos de telefonia móvel ou antenas de televisão, entretanto, existem evidências de que a exposição prolongada do olho humano a ondas de rádio de 3000 MHz pode resultar no surgimento da catarata, uma doença que ocasiona a opacidade do cristalino, dificultando a passagem de luz para o interior do olho.

Publicado por Rafael Helerbrock
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