Progesterona
A progesterona é um hormônio esteroidal de extrema importância para a saúde e o equilíbrio do sistema reprodutivo feminino. As principais funções desse hormônio são preparar o útero para a gravidez e ajudar na ocorrência de uma gestação saudável.
Durante o ciclo menstrual, os níveis de progesterona aumentam após a ovulação, ajudando a regular a menstruação. Além disso, a progesterona desempenha um papel importante na manutenção do equilíbrio hormonal.
Leia também: Afinal, o que é um hormônio?
Resumo sobre a progesterona
- A progesterona é um hormônio esteroide.
- Seu aumento e sua diminuição podem provocar diversos problemas de saúde, como a síndrome dos ovários policísticos, pré-menopausa e infertilidade.
- Sua produção continua durante a gravidez.
- Atua no desenvolvimento das glândulas mamárias.
- A progesterona e o estrogênio atuam diretamente no sistema reprodutivo da mulher.
O que é progesterona?
A progesterona é um hormônio produzido tanto em homens quanto em mulheres, apesar de ser mais conhecido por seu papel no ciclo menstrual e na gravidez. Ela faz parte da classe dos esteroides — lipídios que apresentam em comum uma estrutura básica de um hidrocarboneto com 17 átomos de carbono, formando quatro ciclos químicos estruturais (estruturas cíclicas), como mostrados na imagem.
Função da progesterona
A progesterona é um hormônio com diversas funções que atuam diretamente em nossa saúde.
- Durante o ciclo menstrual, a progesterona é responsável pela preparação do revestimento uterino (endométrio) para a implantação de um óvulo fertilizado.
- Quando ocorre a fertilização do óvulo, esse hormônio continua sendo produzido para que a gravidez evolua. Sua atuação ocorre para promover um relaxamento da musculatura uterina a fim de que não haja contrações que venham a provocar um aborto.
- Atua no desenvolvimento das glândulas mamárias para que, assim, por meio de outro hormônio, a prolactina, o leite materno seja produzido.
- Há ainda alguns estudos que afirmam que a progesterona atua no sistema nervoso central, afetando nosso humor.
Alterações nos níveis de progesterona
Tudo em nosso organismo precisa estar em uma taxa média ideal para que o corpo permaneça em pleno funcionamento. E com a progesterona não seria diferente, a alteração pode desencadear diversos efeitos no corpo, como:
- alterações nos ciclos menstruais;
- prevalência ou não de uma gravidez sadia (em alguns casos, a alteração desse hormônio pode provocar infertilidade ou, em alguns casos, abortos);
- potencialização de sintomas da TPM, como irritabilidade, inchaço e sensibilidade nos seios;
- síndrome dos ovários policísticos (SOP);
- endometriose;
- distúrbios da tireoide etc.
Leia também: Como ocorre o ciclo menstrual?
Baixos níveis de progesterona
Quando uma mulher sofre uma baixa no seu nível de progesterona, o seu organismo responderá a essa carência. Alguns dos sintomas mais comuns são:
- diminuição do desejo sexual;
- menstruação ausente ou irregular;
- alterações de humor;
- depressão;
- ansiedade;
- dores de cabeça;
- episódios de ondas de calor.
Se houver uma diminuição desse hormônio durante a gestação, a mulher pode expressar sensibilidade nos seios, fadiga e dores abdominais.
Altos níveis de progesterona
Os níveis de progesterona são considerados altos quando ultrapassam a marca de 10 ng/dl. O aumento desse hormônio pode ser indicativo de algumas condições, por exemplo, dentro do ciclo hormonal, a pessoa pode estar em ovulação. Cistos ou tumores no ovário também poder ser averiguados caso os níveis de progesterona estejam altos, sem ser na etapa da ovulação.
Progesterona x estrogênio
Tanto a progesterona quanto o estrogênio atuam diretamente no sistema reprodutivo da mulher. Seus papéis no organismo são considerados fundamentais e complementares para que haja uma regulação do ciclo menstrual, bem como as funções reprodutivas femininas.
Apesar de seres considerados complementares, ambos desempenham alguns papéis distintos. O estrogênio atuará diretamente no desenvolvimento e na liberação dos óvulos da mulher. Essa liberação pode ocasionar em menstruação ou em gravidez, a depender da fecundação ou não do óvulo.
Outra característica desse hormônio é que ele atua no espessamento das paredes uterinas, proporcionando um ambiente favorável à implantação do embrião. Para saber mais sobre o estrogênio, clique aqui.
Fontes:
AMBRÓSIA, Maria. Biologia contextualizada 2. 2 ed. Recife: Sucesso Sistema de
Ensino, 2021, p. 132-136.
DOUGLAS, C. R. Tratado De Fisiologia Aplicada As Ciências Da Saúde. 5 Ed. Sp. Robe Ed Belman Ed. Imp. Exp. 2002.
TEIXEIRA, de Azevedo Daniel. Fisiologia humana. 2 Ed.Unipacto, 2021, p. 44-51.