Parasitismo
Parasitismo é uma relação ecológica interespecífica e desarmônica. Nessa interação observamos uma espécie comportando-se como parasita e outra como hospedeiro, sendo essa última fundamental para a sobrevivência do parasita. Como exemplo de parasitas podemos temos o tripanossomo, responsável pela doença de Chagas, os carrapatos, os piolhos, as tênias, a lombriga e até mesmo plantas, como é o caso do cipó-chumbo.
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O que é parasitismo?
O parasitismo é uma relação ecológica existente entre indivíduos de espécies diferentes (interespecífica), em que um dos envolvidos é prejudicado (desarmônica). Nessa relação temos o parasita e o hospedeiro, sendo o parasita o organismo que retira do outro ser vivo os nutrientes necessários para sua sobrevivência e o hospedeiro aquele que é parasitado. Como o parasita é dependente do hospedeiro, ele, geralmente, não o mata, mas é responsável por afetar de maneira negativa a vida desse ser vivo.
Alguns parasitas vivem no interior do corpo do hospedeiro, como é o caso das tênias, enquanto outros vivem sobre o corpo do hospedeiro, como a pulga e o carrapato. Os parasitas que vivem dentro do corpo do hospedeiro são chamados de endoparasitas, e os que se alojam fora do organismo parasitado são chamados de ectoparasitas.
Nas plantas podemos observar também relações de parasitismo. As plantas parasitas são um grupo diverso que possui uma estrutura denominada haustório, que atua penetrando nos tecidos da planta hospedeira e retirando os nutrientes de que necessitam. As plantas parasitas podem ser classificadas em dois grupos: hemiparasitas e holoparasitas.
As hemiparasitas são clorofiladas e dependem do hospedeiro para garantir seu suprimento de água e seus minerais. Já as holoparasitas são aclorofiladas e necessitam dos carboidratos produzidos pela planta hospedeira durante a fotossíntese. De maneira geral, as plantas hemiparasitas retiram as substâncias de que necessitam do xilema e as holoparasitas penetram o floema.
Exemplos de parasitismo
Conheça, a seguir, alguns exemplos de parasitismo:
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Lombriga e ser humano: a lombriga (Ascaris lumbricoides) estabelece uma relação de parasitismo com os seres humanos, causando uma doença chamada ascaridíase. A transmissão ocorre quando o ser humano ingere água ou alimentos contaminados pelos ovos da lombriga. Dos ovos saem larvas, que, após migrarem por certas partes do corpo, tornam-se adultas ao chegarem ao intestino delgado.
É no intestino que esses animais conseguem seu alimento e também se acasalam. Geralmente a ascaridíase não causa sintomas, mas, caso o paciente possua grande quantidade de vermes, pode apresentar, por exemplo, obstrução intestinal. Além disso, outros sintomas que podem ocorrer na ascaridíase são dores abdominais, diarreia e náusea.
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Piolho da cabeça e ser humano: o piolho da cabeça (Pediculus humanus capitis) apresenta uma relação de parasitismo com o ser humano, causando a pediculose. Esses animais são transmitidos por meio de contato direto com alguém que tenha piolhos ou pela utilização de seus objetos pessoais. Os piolhos alimentam-se de sangue, e, durante sua alimentação, uma combinação de substâncias por eles liberada provoca o sintoma mais conhecido: a coceira. Vale salientar que, além do piolho da cabeça, existem o piolho do corpo e o piolho da região pubiana.
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Cipó-chumbo e outra planta: o cipó-chumbo é uma planta incapaz de realizar fotossíntese, portanto, não é capaz de produzir seu próprio alimento. Ele então retira de outra planta os nutrientes necessários de que precisa penetrando o floema da hospedeira.
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Parasitoides
Os parasitoides são organismos que, para completar seu ciclo de vida, necessitam provocar a morte de seu hospedeiro. Alguns insetos parasitoides, por exemplo, colocam seus ovos dentro de outro inseto e, quando as larvas eclodem, alimentam-se do corpo do organismo hospedeiro. Parasitoides podem ser utilizados no controle biológico de pragas devido a essa capacidade. Eles se diferem dos parasitas, pois estes não necessitam levar seu hospedeiro à morte, sendo essa consequência prejudicial a eles.