Instituto Butantan

O Instituto Butantan atua, entre outras atividades, na produção de soros e vacinas utilizadas na população, estando, portanto, diretamente relacionado com a melhoria da saúde pública. O instituto é responsável, ainda, por pesquisas e estudos em várias áreas da biologia e biomedicina; atividades educacionais e culturais por meio de quatro museus; além de programas de iniciação científica, especialização, mestrado e doutorado.

Apesar de sua importância já amplamente conhecida, o instituto ganhou ainda mais destaque ao produzir uma vacina, em parceria com a farmacêutica Sinovac Biotech, contra a covid-19. A vacina produzida pelo Butantan foi a primeira aplicada no Brasil, marcando o início da vacinação contra uma doença que já matou milhões de pessoas em todo o mundo.

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Breve histórico sobre o Instituto Butantan

Em 1901 é fundado o Instituto Serumtherápico, posteriormente denominado Instituto Butantan. [1]

O Instituto Butantan nasceu em um contexto de surto de peste bubônica, uma doença bacteriana transmitida, principalmente, pela picada de uma pulga, responsável pela inoculação da bactéria.

Em 1899, a doença estava se propagando do porto de Santos (SP), o que preocupou as autoridades e as fizeram perceber a necessidade de se criar um laboratório voltado à produção de um soro antipestoso que combatesse a doença. O laboratório, vinculado ao Instituto Bacteriológico (atualmente conhecido Instituto Adolpho Lutz), foi criado ainda no mesmo ano e instalado na Fazenda Butantan, na zona oeste de São Paulo.

Posteriormente, em 1901, o laboratório foi reconhecido como uma instituição autônoma e denominado Instituto Serumtherápico, o qual teve como primeiro diretor o médico Vital Brazil Mineiro da Campanha. O decreto de criação do instituto foi assinado pelo governador do estado de São Paulo Francisco Rodrigues Alves, em 23 de fevereiro de 1901, e publicado no Diário Oficial do Estado no dia 27 de fevereiro. Apenas em 1925, o instituto passou a ser chamado de Butantan.

Atividades no Instituto Butantan

O Instituto Butantan é responsável pela produção de uma grande quantidade de soros e vacinas e, por isso, muitas pessoas o conhecem apenas pelo seu papel na produção de imunobiológicos, entretanto, sua função na saúde pública brasileira não para por aí. O Instituto Butantan é responsável, por exemplo, por desenvolver pesquisas científicas nas áreas de biologia e biomedicina, pesquisas essas que se relacionam de maneira direta ou indireta com a saúde pública.

Além disso, o instituto oferece estágios em nível de iniciação científica e possui programas de especialização, mestrado e doutorado. Também oferece cursos de extensão voltados à formação de profissionais e cursos de aperfeiçoamento de curta duração, destinados à comunidade em geral, professores, estudantes, entre outros públicos. O Instituto Butantan também mantém coleções científicas zoológicas e é responsável por promover diversas atividades culturais e educacionais em seus museus.

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Museus do Instituto Butantan

Na foto é possível observar o interior do Museu de Microbiologia do Instituto Butantan.[2]

O Instituto Butantan conta com quatro museus: Museu Biológico, Museu Histórico, Museu de Microbiologia e o Museu de Saúde Pública Emílio Ribas.

  • Museu Biológico: é o primeiro do instituto e conta com uma exposição permanente e viva que inclui serpentes, aranhas, escorpiões, lagartos e insetos. Todos os animais estão em recintos que se assemelham ao seu habitat.

  • Museu Histórico: nele o visitante pode conhecer um pouco da história do Butantan e também da história do desenvolvimento científico. Apresenta instrumentos científicos e equipamentos utilizados por diferentes áreas do instituto.

  • Museu de Microbiologia: voltado para as áreas de imuno e microbiologia. Apresenta como missão estimular a curiosidade científica e aproximar a cultura científica do público em geral.

  • Museu Emílio Ribas: especializado na história da saúde pública. Está instalado em um edifício construído em 1893 e é reconhecido como patrimônio cultural de São Paulo.

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Outras atrações do Instituto Butantan

Além dos museus, o Instituto Butantan conta com atrações tais como:

  • Macacário: onde se pode observar alguns macacos, os quais são mantidos em recintos com condições similares às do país de origem. Os animais em exposição fazem parte de uma colônia de macacos mantida pelo Butantan desde 1929.

  • Serpentário: onde é possível observar várias serpentes da fauna brasileira vivendo em um local que se assemelha ao seu habitat.

  • Reptilário: onde é possível observar diferentes espécies de répteis.

  • Parque: possui uma área de 750 mil m2, sendo 60% da sua cobertura formados por fragmento de vegetação localizado em uma região urbanizada.

Vacinas fabricadas no Instituto Butantan

O Instituto Butantan produz várias vacinas, entretanto, ganhou, recentemente, os noticiários de todo mundo devido ao desenvolvimento da Coronavac.[3]

O Butantan produz uma série de vacinas, as quais são essenciais para a manutenção da saúde do povo brasileiro. As vacinas ajudam na proteção de doenças, e funcionam como uma imunização ativa, na qual nosso corpo é estimulado a produzir anticorpos e, desse modo, estar preparado para quando tivermos contato com o agente causador de uma doença. São vacinas desenvolvidas pelo Butantan:

Recentemente o Instituto Butantan ganhou os noticiários mundiais ao se associar à fábrica chinesa Sinovac Biotech para a fabricação de uma vacina para prevenir a covid-19 e, desse modo, tentar frear a pandemia que já matou milhões de pessoas em todo mundo. A vacina, chamada Coronavac, foi a primeira aplicada em nosso país. No dia 17 de janeiro de 2021, Mônica Calazans, de 54 anos, recebeu a vacina, sendo esse um momento histórico na luta contra o avanço da doença.

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Soros fabricados no Instituto Butantan

O Instituto Butantan é responsável pelo desenvolvimento de soros — substâncias constituídas por anticorpos já formados que são aplicadas em uma pessoa com a finalidade curativa. No Butantan, soros contra toxinas de animais peçonhentos e microrganismos são fabricados, sendo eles:

  • Soro antibotrópico (pentavalente)

  • Soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético

  • Soro anticrotálico

  • Soro antibotrópico (pentavalente) e anticrotálico

  • Soro antielapídico

  • Soro antiescorpiônico

  • Soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria e Tityus)

  • Soro antilonômico

  • Soro antidiftérico

  • Soro antitetânico

  • Soro antibotulínico AB

  • Soro antirrábico

Crédito editorial

[1] Alf Ribeiro / Shutterstock.com

[2] Luiz Barrionuevo / Shutterstock.com

[3] rafapress / Shutterstock.com

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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