Empresas transnacionais
As empresas transnacionais são grandes corporações que atuam em diferentes países, gerando empregos e renda para grande parte da população local. Algumas dessas empresas possuem campo de atuação em várias partes do planeta e em diversos segmentos: industrial, alimentício, têxtil, tecnológico, entre outros.
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O que são transnacionais?
As transnacionais são grandes empresas — em muitos casos corporações — que possuem filiais em diversos países, ultrapassando os limites físicos das fronteiras de seus territórios de origem.
A maioria dessas grandes empresas tem sua sede original nos países de industrialização pioneira — grande parte localizada no Hemisfério Norte —, ou seja, são empresas de países desenvolvidos que acumulam um grande excedente de capital ao longo dos anos e usam esse excedente para expandir seus negócios, instalando filiais em países subdesenvolvidos e/ou emergentes, utilizando mão de obra barata, o que faz com que seus lucros aumentem de forma considerável.
Exemplos de empresas transnacionais
Essas empresas podem ser encontradas em vários segmentos e produtos, de todos os cantos do mundo, principalmente de países acima da Linha do Equador. Dentre as mais famosas, podemos citar:
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Coca-Cola;
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Apple;
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Nestlé;
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Hyunday;
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Sony;
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Samsung;
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Shell;
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General Motors;
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Nike;
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Mc Donald’s;
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Puma;
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Honda;
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Toyota;
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Unilever;
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Volkswagen etc.
Como funciona uma transnacional?
O funcionamento de uma transnacional segue uma regra: as filiais espalhadas pelo mundo devem seguir à risca o padrão estabelecido pela matriz, que rege todas as demais, instaurando regras e padronizando atendimentos e produtos.
Por ser uma empresa que atua em vários países, as transnacionais contam com esses padrões para que haja o mesmo padrão de qualidade em qualquer lugar do mundo. Se comprarmos um produto de alguma dessas empresas em determinada região, esse produto será o mesmo caso comprado do outro lado do oceano.
Isso faz com que essas empresas atinjam grandes quantitativos populacionais, com lucros enormes e grande influência mundial.
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Pontos positivos e negativos das transnacionais
As transnacionais atuam em várias partes do globo. Por essa razão, são corporações empresariais que têm pontos positivos e negativos em suas ações.
De forma positiva, tais empresas geram muitos empregos nos locais de atuação, além de oferecerem grandes oportunidades de crescimento para os colaboradores. Além disso, existem, dentro das transnacionais, processos que propiciam trocas culturais entre os profissionais, o que pode trazer benefícios corporativos e deixar o ambiente agradável e estimulante para quem ali trabalha. Esses processos permitem que o colaborador trabalhe em uma unidade fora de seu país de origem, aumentando seu conhecimento tanto em âmbito profissional quanto pessoal, uma vez que ele conhecerá culturas e pessoas diferentes.
Porém, uma transnacional não chega a um país por acaso. Para que isso ocorra, ela recebe incentivos fiscais dos governos, como isenção de impostos, doação de terrenos, entre outros. Além disso, essas empresas, na sua maioria, não investem seu lucro nos países em que possuem filiais, mas sim na empresa original. A submissão dos países subdesenvolvidos e/ou emergentes às exigências das transnacionais é explicada pelos pontos positivos que elas trazem, mas não podemos esquecer que os benefícios nunca sairão de graça.
Diferenças entre multinacionais e transnacionais
Por muito tempo, o termo multinacional foi utilizado para designar as empresas que atuavam em mais de um país, por todo o globo. Entretanto, esse termo passou por revisão, pois dá a entender que uma multinacional possui várias nacionalidades, pertencendo a várias nações, o que não ocorre na prática.
O termo transnacional é o mais adequado para nomear esse tipo de empresa, pois pode ser interpretado como algo que transpassa as fronteiras de origem ou mesmo que transita entre várias nações, mas pertence a apenas uma, ao país que possui sua matriz. Com isso, esse termo aproxima-se mais da realidade dessas empresas.
Transnacionais brasileiras
O Brasil contém alto número de empresas estrangeiras desde a década de 1950, quando o então presidente, Juscelino Kubitschek, promoveu uma intensa industrialização com capital estrangeiro. Entretanto, temos em nosso país indústrias nacionais que também são consideradas transnacionais, atuando em outros países.
Algumas dessas empresas são:
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Petrobras;
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Vale;
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Embraer;
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Tigre;
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Gerdau;
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Odebrecht;
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Camargo Corrêa;
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Grupo Votorantim;
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JBS-Friboi, entre outras.
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Exercícios resolvidos
Questão 1 - (Uncisal)
Disponível em: .
A tirinha faz referência a uma realidade típica da globalização, representada pelo(a):
A) disputa por novos mercados.
B) emprego de novas tecnologias.
C) aumento do consumo de massa.
D) transnacionalização da produção.
E) interdependência entre os países.
Resolução
Alternativa D. Com a multiplicação das transnacionais pelo planeta, a produção de uma simples camiseta pode ser feita em vários países e comercializada em outros, como no exemplo da charge.
Questão 2 - (Ifal)
Atualmente a globalização está presente na vida de todos. Ela atua de modo marcante na ciência, na economia, na política, na urbanização etc. Em se tratando de economia, a globalização foi vital para a internacionalização do capitalismo financeiro, para o acesso a produtos e a culturas mundiais. Quando o assunto é urbanização, lá está presente a unificação de padrões de comportamento, também encontrados nas sociedades rurais graças aos avanços tecnológicos e de comunicação desenvolvidos e disponibilizados ao longo dos anos. Apesar de o Brasil se beneficiar com a globalização, também sofre com as desigualdades econômicas por ela proporcionadas.
Marque a seguir a alternativa que, respectivamente, melhor demonstra um aspecto positivo e um aspecto negativo da globalização no Brasil.
A) Integração do país ao mercado financeiro internacional e o acesso imediato à informação pela rede de computadores.
B) Incentivo ao desenvolvimento industrial brasileiro e a geração em larga escala de emprego e renda.
C) Desvalorização da cultura regional e prosperidade econômica nacional.
D) Possibilidade de intercâmbio científico com outros países e a geração de desemprego em razão da baixa qualificação profissional e da concorrência desigual entre a indústria nacional brasileira e as multinacionais.
Resolução
Alternativa D. O aspecto mais negativo da globalização para os países emergentes (ou subdesenvolvidos) é a maior eficiência das transnacionais com relação às indústrias locais, sejam elas nacionais, sejam regionais.
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