Regência do verbo “responder”
Observe as orações a seguir:
(1) A professora respondeu à pergunta daquele aluno.
(2) Às acusações o jovem advogado respondeu com clareza.
(3) Um carro buzinou, outro respondeu.
(4) O pai respondeu pelo ato do filho menor de idade.
Conseguimos perceber que, apesar de ser o mesmo verbo que compõe as orações, ele apresenta sentidos diferentes para cada enunciado, não é mesmo? Assim, em (1), o verbo expressa a ideia de “dar resposta”; em (2), o sentido é de “replicar”; em (3), expressa “repetir o som”; e, em (4), a acepção é de “ficar responsável”. Diante desses sentidos, é possível ainda notar que, para cada um deles, a regência do verbo muda, ou agindo como verbo transitivo, ou como intransitivo. Vamos estudar esses casos detalhadamente a seguir:
a) Quando o verbo responder possui o sentido de “dar resposta”, “dizer ou escrever em resposta”, é um verbo transitivo que exige:
-
um objeto indireto em relação à pergunta.
Exemplo:
A professora respondeu à pergunta.
-
um objeto direto para exprimir a resposta:
Exemplo:
Ele respondeu minhas cartas.
-
um objeto direto e indireto:
Exemplo:
Respondeu-me que seria impossível conseguir o empréstimo.
b) Quando o verbo responder possui o sentido de “replicar”, “retorquir”, é um verbo transitivo que pede, normalmente, um objeto indireto:
Exemplo:
Às acusações o jovem advogado respondeu com clareza.
c) Quando o verbo responder possui o sentido de “repetir a voz, o som”, não pede complemento verbal, sendo, portanto, verbo intransitivo.
Exemplo:
Um carro buzinou, outro respondeu.
d) Quando o verbo responder possui o sentido de “ser responsável”, “responsabilizar-se”, “fazer as vezes”, é um verbo transitivo que pede objeto indireto acompanhado da preposição “por”.
Exemplo:
O pai respondeu pelo ato criminoso do menor de idade.