Síndrome respiratória aguda grave (Sars)
A síndrome respiratória aguda grave (Sars) é uma doença respiratória grave que foi reconhecida como uma ameaça global em 2003 e responsável por causar cerca de 800 mortes. A Sars surgiu pela primeira vez em novembro de 2002, na China, e, desde 2004, não há casos da doença. A Sars é provocada por um vírus da família do coronavírus denominado Sars-CoV. Até a epidemia de Sars em 2003, acreditava-se que os vírus dessa família não eram responsáveis por causar doenças graves aos seres humanos. A doença apresenta letalidade de cerca de 9,5%.
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Significado da Sars
Sars (síndrome respiratória aguda grave) é uma doença causada por um coronavírus, potencialmente fatal e que provoca sintomas respiratórios graves. Os primeiros casos ocorreram na China no ano de 2002, e a OMS foi notificada em fevereiro de 2003 a respeito da doença, à qual se referiu como uma pneumonia atípica grave de causa desconhecida. A partir daí, uma corrida contra o tempo se estabeleceu a fim de interromper a transmissão da Sars.
As medidas para frear a Sars foram: identificar os casos positivos da doença, realizar isolamento ou quarentena, e identificar as pessoas que tiveram contato próximo com os casos positivados. A epidemia de Sars foi controlada rapidamente ainda no ano de 2003, entretanto, foi responsável por matar cerca de 800 pessoas.
A Sars é considerada a primeira doença transmissível grave do século XXI. A OMS declarou que todos os surtos de Sars foram contidos no dia 5 de julho de 2003. Felizmente, desde o ano de 2004, nenhum novo caso da doença foi registrado.
Causas da Sars
A Sars é uma doença provocada por um vírus da família dos coronavírus, o Sars-CoV (coronavírus associado à síndrome respiratória aguda grave). Até o ano de 2003, o vírus não era conhecido, tratando-se, na época, de um novo vírus dessa família. Até então, os coronavírus eram conhecidos apenas por causarem infecções respiratórias leves, sendo alguns tipos responsáveis, por exemplo, por resfriados.
A Sars, no entanto, surgiu como uma doença mais grave, levantando o alerta sobre essa família viral. Após a epidemia de Sars, o mundo enfrentou outros coronavírus potencialmente fatais, como o Mers-CoV, responsável pela doença respiratória grave no Oriente Médio, e o Sars-CoV-2, responsável pela Covid-19, uma doença que já levou milhões de pessoas à morte.
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Sinais e sintomas da Sars
A Sars é uma doença respiratória que, geralmente, inicia-se com febre alta, acima de 38 ºC. A febre pode vir associada a calafrios bem como a dores de cabeça, mal-estar e dores no corpo. A princípio, a doença provoca sintomas respiratórios leves, os quais vão se agravando à medida que a ela evolui. Após cerca de uma semana, os indivíduos podem apresentar tosse seca, que pode ser acompanhada por uma redução dos níveis de oxigênio no sangue. De 10% a 20% das pessoas com a doença requerem ventilação mecânica.
Transmissão da Sars
A Sars é transmitida de maneira similar a outras doenças respiratórias, por meio de gotículas respiratórias expelidas pelo doente ao tossir, falar ou espirrar. Essas gotículas podem se depositar nas mucosas (boca, nariz ou olhos) de pessoas próximas ao doente ou em superfícies, que também podem ser contaminadas pelo doente ao tocá-las com as mãos sujas.
As superfícies contaminadas podem ser um objeto de transmissão, pois uma pessoa saudável pode tocar essa superfície e, em seguida, tocar sua boca, nariz ou olho, contaminando-se. A Sars pode ser transmitida pelo ar.
Prevenção da Sars
A Sars pode ser prevenida, principalmente, evitando contato direto com a pessoa doente e lavando sempre as mãos com água e sabão ou higienizando-as com álcool 70%. No que diz respeito aos profissionais de saúde, é fundamental que eles façam uso sempre de equipamentos de proteção individual, como máscaras e luvas.
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Tratamento da Sars
A Sars é uma doença que não apresenta tratamento específico, sendo voltado para alívio dos sintomas. O tratamento do paciente é feito em um local isolado a fim de que outras pessoas não sejam contaminadas. Quadros leves da doença não necessitam de tratamento específico, enquanto casos graves podem necessitar de ventilação mecânica a fim de manter-se a respiração.
Síndrome respiratória aguda grave em outras infecções respiratórias
Algumas infecções respiratórias podem se agravar e se tornar uma síndrome respiratória aguda grave, sendo esse o caso da infecção por H1N1 e Sars-CoV-2. Dizemos que um paciente está com síndrome respiratória aguda grave quando ele apresenta sintomas graves de infecções virais, tais como dor de garganta, falta de ar e febre.
O Ministério da Saúde considera um caso de síndrome respiratória aguda grave o “indivíduo com síndrome gripal que apresente dispneia/desconforto respiratório ou pressão persistente no tórax ou saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente ou coloração azulada dos lábios ou rosto”.
Já o caso de síndrome gripal é considerado quando o indivíduo apresenta “quadro respiratório agudo, caracterizado por, pelo menos, dois (2) dos seguintes sinais e sintomas: febre (mesmo que referida), calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou distúrbios gustativos”.
Vale destacar que a síndrome respiratória aguda grave é extrema e leva muitas pessoas à morte. Com a pandemia do Sars-Cov-2, o número de mortes pela síndrome aumentou de maneira assustadora. Muitas delas, no entanto, não tiveram suas causas identificadas, o que pode sugerir que o número de mortes por Covid-19 seria ainda maior que o descrito pelos órgãos oficiais.