Ancilostomíase ou ancilostomose

A ancilostomíase, também conhecida como ancilostomose, amarelão ou doença do Jeca Tatu, é uma doença causada por parasitas nematódeos das espécies Necator americanus e Ancylostoma duodenale. A doença é contraída quando entramos em contato com solo contaminado por larvas desses nematódeos, que penetram ativamente pela pele. As larvas entram na corrente sanguínea, atingem o sistema respiratório, seguem até a faringe, onde são deglutidas, e continuam seu caminho até o intestino, desenvolvendo-se em vermes adultos. A doença pode causar anemia, o que leva à apatia e queda de produtividade. Em casos de infecções leves, pode apresentar-se assintomática.

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O que é a ancilostomíase?

A ancilostomíase ou ancilostomose é uma verminose causada por parasitas nematódeos das espécies Necator americanus e Ancylostoma duodenale. Esses animais apresentam de um a dois centímetros de comprimento e alojam-se no intestino, desencadeando complicações, como a anemia.

Quais os sintomas da ancilostomíase?

A ancilostomíase é desencadeada por nematódeos parasitas que se fixam no intestino delgado.

A ancilostomíase pode ocorrer de maneira assintomática em infecções mais leves, porém pode ter sintomas em casos mais graves. Na pele, após a penetração da larva, pode ser observada coceira local. Quando a larva passa pelo pulmão, pode provocar pneumonite (inflamação do pulmão) e hemorragias. Quando se instala no intestino delgado, pode provocar dores abdominais, diarreia (com sangue ou não), perda de apetite, enjoo e vômito.

Esses vermes provocam nos seres humanos grande perda de sangue, uma vez que utilizam o sangue como alimento e podem provocar feridas ao se fixarem. Essa perda de sangue pode provocar anemia, o que leva o indivíduo a ficar apático, fraco e pálido (daí o nome amarelão). Em crianças com infecção intensa, a doença pode provocar atraso no desenvolvimento físico e mental.

Como a ancilostomíase é transmitida?

A transmissão da ancilostomíase ocorre pelo contato com solo contaminado com larvas dos parasitas das espécies Necator americanus e Ancylostoma duodenale. Os ovos desses parasitas são eliminados com as fezes do indivíduo doente. Se encontrarem um ambiente favorável, os ovos eclodem no solo, tornando-se larvas rabditoides.

Elas se desenvolvem e transformam-se em larvas de segundo e terceiro estágio, sendo essas últimas as capazes de infectar os seres humanos. Elas permanecem ativas no solo, sem se alimentar, até entrarem em contato com a pele do hospedeiro e darem continuidade ao ciclo ou suas reservas nutritivas acabarem e elas morrerem.

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Ciclo de vida do Necator americanus e Ancylostoma duodenale

O homem é o hospedeiro do Necator americanus e do Ancylostoma duodenale. O ciclo tem início quando uma pessoa doente elimina suas fezes e estas atingem o solo. Em condições favoráveis, os ovos do parasita eclodem em 18 h ou até 24 h.

As larvas que saem do ovo, chamadas de rabditoides, encontram-se no seu primeiro estágio. Essas larvas alimentam-se de partículas orgânicas e bactérias encontradas no solo e nas fezes. Elas se desenvolvem então em larvas de segundo e terceiro estágio, atingindo o terceiro estágio em um prazo de, aproximadamente, uma semana.

Observe atentamente o ciclo de vida do Necator americanus e Ancylostoma duodenale.

A larva no terceiro estágio tem a capacidade de infectar os seres  humanos. Ela penetra na pele quando, por exemplo, andamos descalços em solo contaminado. Após a penetração pela pele, as larvas atingem os vasos sanguíneos e seguem até os capilares pulmonares. Elas entram pelos alvéolos pulmonares e sobem pela árvore brônquica, atingindo a laringe e a faringe. Na faringe, as larvas são deglutidas, seguindo, via sistema digestório, para o intestino delgado.

No intestino as larvas atingem a fase adulta e fixam-se por meio de seu aparato bucal. É no intestino que as larvas conseguem o sangue necessário para sua alimentação e é nesse local que também ocorre a cópula. Vários ovos são produzidos, sendo eliminados com as fezes. Se as fezes forem eliminadas em locais adequados para a eclosão do ovo, podem reiniciar o ciclo.

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Como a ancilostomíase é tratada?

A ancilostomíase é diagnosticada por meio do achado de ovos no exame parasitológico de fezes. Após o diagnóstico, a doença será tratada com o uso de medicamentos anti-helmínticos (vermífugos), como o mebendazol e albendazol. Em caso de anemia, ela também deverá ser tratada.

Como a ancilostomíase pode ser controlada?

A doença pode ser controlada por meio da adoção das seguintes medidas:

  • Tratar os doentes.
  • Fornecer informações sobre a doença, explicando a importância de eliminar-se as fezes no local adequado e sempre andar calçado.
  • Investir em saneamento básico.
Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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