Anton Tchekhov

Anton Tchekhov foi um escritor do século XIX e um dos principais nomes do Realismo russo. Além de escrever contos, ele também foi autor de peças, como “A gaivota”.
Anton Tchekhov, em 1889.

Anton Tchekhov nasceu em 29 de janeiro de 1860, na cidade russa de Taganrog. Ele fez faculdade de Medicina em Moscou. Assim, além de sua carreira como escritor, ele trabalhou como médico durante grande parte de sua vida. Ficou conhecido pelos seus inúmeros contos, além de suas peças de teatro.

O autor, que faleceu em 15 de julho de 1904, na Alemanha, faz parte do Realismo russo. Suas obras, portanto, apresentam linguagem objetiva e ausência de idealizações. Apesar de ser bastante conhecido pelos seus contos, o escritor escreveu peças de teatro ainda hoje encenadas, como A gaivota.

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Resumo sobre Anton Tchekhov

  • O escritor russo Anton Tchekhov nasceu em 1860 e faleceu em 1904.

  • Além de contista e dramaturgo, também era médico.

  • Os textos do autor fazem parte do Realismo russo.

  • Suas obras são caracterizadas pelo antirromantismo e pelo monólogo interior.

  • Além dos contos, suas peças de teatro, como A gaivota, são bastante conhecidas.

Biografia de Anton Tchekhov

Anton Tchekhov nasceu em 29 de janeiro de 1860, em Taganrog, na Rússia. Terceiro filho do comerciante Pavel Yegorovich (1825–1898), Tchekhov teve uma educação familiar rigorosa e foi estimulado a estudar, trabalhar e frequentar a igreja. Em 1868, iniciou sua educação formal.

A partir de então, tomou gosto pelo teatro e pela literatura. Com a falência do pai, em 1876, a família se mudou para Moscou. Nessa época, o escritor tinha 16 anos. Para terminar os estudos, permaneceu sozinho em Taganrog. Nessa cidade, deu aulas particulares e escreveu seus primeiros textos literários. Só se juntou novamente à família em 1879, quando finalmente foi viver em Moscou.

Em 1879, publicou seus primeiros contos e ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade de Moscou. Em seguida, passou a atuar como médico, enquanto escrevia textos literários. Assim, durante a década de 1880, o escritor publicou textos em vários periódicos e passou a ser conhecido.

Em 1890, o autor decidiu viajar até a ilha de Sacalina para analisar a vida dos presidiários na Rússia. O resultado foi o livro A ilha de Sacalina, de 1895, em que o escritor revela as condições desumanas dos presos da ilha, condenados a trabalhos forçados. A essa altura, Tchekhov era um escritor famoso em seu país.

No ano de 1891, Anton Tchekhov conheceu:

No ano seguinte, adquiriu uma propriedade em Melikhovo, onde construiu um centro médico e três escolas. A carreira de escritor não o impediu de continuar a trabalhar como médico. Já em 1895, ele conheceu o escritor Liev Tolstói (1828–1910), o qual admirava o trabalho de Tchekhov.

Devido a problemas de saúde, Anton Tchekhov, na tentativa de se curar da tuberculose, morou em Nice, Paris e, em 1898, em Ialta. Três anos depois, em 1901, ele se casou com a atriz Olga Knipper (1868–1959). Apesar disso, devido ao trabalho, ela permaneceu em Moscou, enquanto ele continuou a viver em Ialta.

Assim, o casal matava a saudade com cartas e telegramas. Mas esse relacionamento durou até 1904, quando o escritor, por motivos de saúde, viajou até a cidade alemã de Badenweiler. Ali, seu estado se complicou, e o autor faleceu em 15 de julho de 1904.

Características das obras de Anton Tchekhov

Anton Tchekhov é um representante do Realismo russo, e suas obras apresentam as seguintes características:

  • riqueza de detalhes;

  • antirromantismo;

  • realismo social;

  • ausência de idealizações;

  • trama complexa;

  • perspectiva irônica;

  • caráter filosófico;

  • fatos cotidianos;

  • monólogo interior;

  • linguagem objetiva.

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Obras de Anton Tchekhov

  • Flores tardias (1882) — conto

  • História ruim (1882) — conto

  • A calúnia (1883) — conto

  • A consulta (1883) — conto

  • A morte do funcionário (1883) — conto

  • Alegria (1883) — conto

  • O gordo e o magro (1883) — conto

  • Na barbearia (1883) — conto

  • Do diário de um ajudante contábil (1883) — conto

  • No departamento dos correios (1883) — conto

  • No mar (1883) — conto

  • O porteiro inteligente (1883) — conto

  • O trágico (1883) — conto

  • O triunfo do vencedor (1883) — conto

  • Um caráter enigmático (1883) — conto

  • Um caso da prática judiciária (1883) — conto

  • Uma criança travessa (1883) — conto

  • A cirurgia (1884) — conto

  • A leitura (1884) — conto

  • A máscara (1884) — conto

  • A medalha (1884) — conto

  • As ostras (1884) — conto

  • Camaleão (1884) — conto

  • Cantores (1884) — conto

  • De mal a pior (1884) — conto

  • Mau humor (1884) — conto

  • Medidas preventivas (1884) — conto

  • Casamento por interesse (1884) — conto

  • O álbum (1884) — conto

  • O livro de reclamações (1884) — conto

  • Uma noite terrível (1884) — conto

  • No cemitério (1884) — conto

  • A arte da simulação (1885) — conto

  • A desgraça (1885) — conto

  • A veranista (1885) — conto

  • Cronologia viva (1885) — conto

  • Casa-se a cozinheira (1885) — conto

  • Em terras estrangeiras (1885) — conto

  • Extraviados (1885) — conto

  • O cadáver (1885) — conto

  • O caçador (1885) — conto

  • O pai de família (1885) — conto

  • O pensador (1885) — conto

  • O escritor (1885) — conto

  • O espelho (1885) — conto

  • O uniforme do capitão (1885) — conto

  • Os malfeitores (1885) — conto

  • Quartos de hotel (1885) — conto

  • Remédio contra a embriaguez (1885) — conto

  • Tristeza (1885) — conto

  • A corista (1886) — conto

  • O convidado inquieto (1886) — conto

  • Malefícios do tabaco (1886) — peça teatral

  • Ivanov (1887) — peça teatral

  • Inimigos (1887) — conto

  • O bispo (1887) — conto

  • O urso (1888) — peça teatral

  • A estepe (1888) — novela

  • O pedido de casamento (1889) — peça teatral

  • Tatiana Repina (1889) — peça teatral

  • Inevitavelmente trágico (1889) — peça teatral

  • Uma aposta (1889) — conto

  • Ladrões (1890) — conto

  • A festividade (1891) — peça teatral

  • O duelo (1891) — novela

  • A cigarra (1892) — conto

  • Enfermaria número 6 (1892) — conto

  • A história de um desconhecido (1893) — novela

  • O monge negro (1894) — conto

  • A esposa (1895) — conto

  • Três anos (1895) — novela

  • A ilha de Sacalina (1895) — ensaio

  • Minha vida (1896) — novela

  • A gaivota (1896) — peça teatral

  • Camponeses (1897) — conto

  • Tio Vânia (1898) — peça teatral

  • A dama do cachorrinho (1899) — conto

  • As três irmãs (1901) — peça teatral

  • O jardim das cerejeiras (1904) — peça teatral

  • Caderno de notas (1914) — ensaios

“Quatro peças”, livro de Anton Tchekhov, publicado pelo selo Penguin Companhia, do grupo Companhia das Letras. [1]

Análise da peça A gaivota, de Anton Tchekhov

Apesar de Tchekhov ser muito conhecido pelos seus contos, ele também escreveu peças encenadas até hoje. A gaivota é uma de suas peças mais famosas, apesar de seu fracasso de estreia. Ela se passa na quinta do personagem Sorin e possui quatro atos. Entre o terceiro e o quarto, acontece um intervalo de dois anos.

Nessa comédia, poeticamente, o autor mostra os conflitos existenciais de um artista na Rússia do final do século XIX. O protagonista é Treplev, um dramaturgo romântico apaixonado pela atriz Nina. Reunidos numa casa de campo, ele apresenta sua nova peça aos amigos de sua mãe, uma atriz que ridiculariza o trabalho do filho.

Para complicar, Nina se apaixona por Trigorin, um famoso escritor. Isso só acentua o sentimento de frustração do protagonista. O herói é um sonhador, que possui ideais artísticos. Por fim, o infeliz Treplev decide cometer suicídio. Assim, o realismo da obra suplanta qualquer vestígio do Romantismo.

Nina almeja a fama, mas o amadurecimento lhe mostra que o sucesso é uma ilusão. Já Treplev busca uma nova forma de arte, contrária aos padrões comerciais. Porém, ele é afastado de seus ideais e acaba sendo consumido pela mediocridade. Por fim, não encontra felicidade nem na arte nem no amor.

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Frases de Anton Tchekhov

A seguir, vamos ler algumas frases de Anton Tchekhov, retiradas de suas obras Tio Vânia, As três irmãs e Caderno de notas:

  • “Sofremos menos quando não vemos a quem amamos.”

  • “Não há felicidade para nós.”

  • “Nada une tão fortemente quanto o ódio: nem amor, nem amizade, nem admiração.”

  • “Se você tem medo da solidão, não se case!”

  • “A universidade desenvolve todos os dons do homem, incluindo a estupidez.”

  • “Aqueles que não têm espírito livre sempre têm pensamentos confusos.”

  • “Um cão faminto só tem fé na carne.”

Videoaula sobre Realismo

Crédito de imagem

[1] Companhia das Letras (reprodução)  

Publicado por Warley Souza
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