Meridiano de Greenwich
Meridiano de Greenwich é uma linha imaginária que cruza o planeta Terra de norte a sul, acompanhando o sentido do seu eixo. Ele divide a superfície entre os hemisférios oeste e leste e representa o marco zero para a contagem universal das longitudes e também das horas. Esse meridiano recebe o mesmo nome do bairro londrino que atravessa e também do observatório onde está localizado o telescópio que auxiliou na definição de sua posição, o Observatório Real de Greenwich, na Inglaterra.
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Resumo sobre Meridiano de Greenwich
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O Meridiano de Greenwich é uma linha imaginária que corta o planeta paralelamente ao seu eixo e divide a superfície em hemisférios ocidental (oeste) e oriental (leste).
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É utilizado como referência na determinação das longitudes e na contagem das horas, tendo sido fundamental para o estabelecimento dos fusos horários.
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Atravessa nove países e diversos mares e oceanos.
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Sua posição foi definida pelo telescópio Airy Transit Circle, que fica no Observatório Real de Greenwich, no bairro de Greenwich Park, em Londres, Inglaterra.
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O estabelecimento do Meridiano de Greenwich como marco zero se deu no ano de 1884.
Função do Meridiano de Greenwich
O Meridiano de Greenwich divide a Terra em dois hemisférios, o ocidental (ou oeste) e o oriental (ou leste) e representa o ponto inicial da contagem das longitudes.
Ele foi estabelecido como marco zero para a delimitação dos demais meridianos, que são as linhas imaginárias verticais que dividem a superfície terrestre e se encontram nos polos. Por essa razão, a longitude do Meridiano de Greenwich é de 0°.
A distância medida de qualquer ponto até o Meridiano de Greenwich vai receber o nome de longitude, que possui valor máximo de 180° em cada um dos hemisférios. A capital do Brasil, Brasília, por exemplo, está posicionada na longitude 47°52’58’’ O, o que significa que essa é a distância em graus que a cidade está do Meridiano de Greenwich, com a letra O indicando sua localização no hemisfério ocidental.
Outra importante função do Meridiano de Greenwich é servir de referencial para a determinação dos fusos horários. Assim como acontece com a longitude, a contagem das horas é realizada a partir desse meridiano. Para isso, criou-se o Greenwich Meridian Time (GMT) ou Horário do Meridiano de Greenwich, chamado agora de Tempo Universal Coordenado (ou UTC, do inglês Universal Coordinated Time).
Localização do Meridiano de Greenwich
O Meridiano de Greenwich recebe esse nome porque atravessa o Observatório Real de Greenwich, localizado no bairro Greenwich Park, na cidade de Londres, capital da Inglaterra. A sua localização foi determinada a partir do posicionamento do telescópio Airy Transit Circle, construído pelo astrônomo britânico George Biddel Airy no ano de 1850. O estabelecimento do Primeiro Meridiano (do inglês Prime Meridian), como ficou conhecido, ocorreu no ano de 1884.
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Locais que o Meridiano de Greenwich corta
O meridiano de 0° atravessa o planeta de norte a sul, correndo paralelamente ao eixo da Terra. Na sua trajetória imaginária, ele cruza diversos mares e oceanos, além de dividir o território de uma série de países localizados nos continentes europeu, africano e antártico.
Abaixo, listamos todos os locais que são cortados pelo Meridiano de Greenwich.
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Mares e oceanos:
→ Mar da Groenlândia;
→ Mar do Norte;
→ Mar da Noruega;
→ Canal da Mancha;
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Países e outras superfícies continentais:
→ Inglaterra;
→ França;
→ Espanha;
→ Argélia;
→ Mali;
→ Burkina Faso;
→ Togo;
→ Gana;
→ Antártida.
O Meridiano de Greenwich cruza com a Linha do Equador (paralelo de 0°) sobre o Oceano Atlântico, nas proximidades da Baía de Benim, no continente africano.
Meridiano de Greenwich e fuso horário
O Meridiano de Greenwich foi estabelecido como o ponto de partida dentro de um sistema universal de contagem das horas que ficou inicialmente conhecido como Horário do Meridiano de Greenwich (GMT, sigla em inglês). Essa determinação foi realizada durante a mesma conferência que fixou esse meridiano como o primeiro para a delimitação das longitudes, evento que ocorreu no ano de 1884, na capital estadunidense de Washington, e contou com a participação de representantes de 25 países.
Na reunião foi definida a divisão do mundo em 24 diferentes fusos horários, que nada mais são do que intervalos longitudinais de 15° dentro dos quais a hora é a mesma em todos os territórios. Chegou-se a essa quantidade de fusos horários com uma relação matemática simples: o planeta demora 24 horas para completar uma volta em torno do seu próprio eixo (movimento de rotação), que consiste em 360°. Dividindo-se a distância percorrida em graus pelo número de horas, sabe-se que o planeta se movimenta 15° em intervalos de 1 hora, até completar o total de horas de um dia.
Cada um dos fusos horários possui um meridiano central, com a contagem tendo início no Meridiano de Greenwich. O fuso horário em que ele se encontra é chamado de fuso de referência. Tendo em vista que a Terra se movimenta de oeste para leste, foi convencionado que a leste do fuso de referência acrescenta-se uma hora a cada novo fuso horário. Já à medida que se caminha para o oeste, subtrai-se uma hora a cada 15°.
Em função da sua extensão territorial, um mesmo país pode ter mais de um fuso horário, como é o caso do Brasil, que possui oficialmente quatro fusos horários. No entanto, a determinação dos limites desses fusos horários são adaptadas a cada um dos territórios, o que é chamado de limite prático, uma vez que os limites teóricos muitas vezes dividiam cidades em dois fusos horários, causando problemas.
O meridiano oposto ao Meridiano de Greenwich, que corresponde ao meridiano de 180°, é chamado de Linha Internacional da Data, que atravessa o Oceano Pacífico. Ela demarca a divisão entre dois dias civis, e os territórios situados a leste desse meridiano (à direita no mapa) estão a 24 horas à frente daqueles situados a oeste da linha (à esquerda no mapa).
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Paralelos e meridianos
Os paralelos e meridianos são linhas imaginárias traçadas sobre o planeta que nos auxiliam na localização de qualquer ponto na superfície terrestre. Elas compõem as coordenadas geográficas (sistema de latitude e longitude) e são utilizadas na delimitação dos fusos horários e das zonas térmicas da Terra.
Os paralelos são as linhas demarcadas horizontalmente, que circundam o planeta perpendicularmente ao seu eixo. O principal e mais extenso deles é a Linha do Equador, que corresponde ao paralelo de 0° de latitude e divide a Terra em hemisférios norte e sul. Outros paralelos que recebem nomes especiais são os Círculos Polares Ártico (60° N) e Antártico (60° S) e os Trópicos de Câncer (23°27’ N) e de Capricórnio (23°27’ S).
Os meridianos, por sua vez, são demarcados verticalmente, seguindo o eixo da Terra. Eles são utilizados na determinação das longitudes, tendo como referência o Meridiano de Greenwich, e na contagem das horas. Diferentemente dos paralelos, eles não circundam toda o planeta, o que significa dizer que todo meridiano possui o seu antimeridiano. O meridiano oposto ao de Greenwich, como mencionado, é a Linha Internacional da Data. Para saber mais, leia: Paralelos e meridianos.
História do Meridiano de Greenwich
Com o avanço no sistema de transportes terrestres, marcado pelo advento das ferrovias e do deslocamento intercontinental, surgiu a necessidade de se unificar o sistema de coordenadas e da contagem das horas como uma forma de evitar os habituais transtornos pela utilização de uma série de métodos distintos que variava de país para país.
Antes do estabelecimento do meridiano principal, cada nação tinha um determinado meridiano como central, e a padronização das horas acontecia também de maneira descentralizada, causando confusão nos transportes e no comércio. Tentativas de sincronia anteriores haviam sido feitas durante o final dos séculos XVIII e XIX, mas sem sucesso.
A posição do Meridiano de Greenwich foi definida a partir da localização do telescópio Airy Transit Circle, construído pelo astrônomo George Biddel Airy, que propôs, em 1851, a utilização desse meridiano como referencial comum na determinação das coordenadas em todo o mundo.
Algumas reuniões foram realizadas no intervalo entre a proposta de Airy e a sua efetivação, que ocorreu em 1884. A iniciativa partiu do governo estadunidense, que já tinha o sistema de Greenwich como referência, bem como alguns outros países que já utilizavam esse meridiano como marco zero.
A conferência que determinou o Meridiano de Greenwich como o primeiro meridiano e ponto inicial na contagem de horas no mundo, definindo um sistema de fusos horários, ficou conhecida como Conferência Internacional do Meridiano e foi realizada em outubro de 1884, na cidade de Washington, capital dos Estados Unidos, contando com a presença de 41 delegados, representantes de 25 países.
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