Diego Maradona

Diego Armando Maradona Franco, conhecido mundialmente como Maradona, foi o maior jogador de futebol argentino de todos os tempos e considerado um dos principais futebolistas do mundo.

Maradona nasceu em Lanús, na Argentina, em 30 de outubro de 1960. Morreu em 25 de novembro de 2020, em Tigre, também na Argentina, vítima de uma parada cardiorrespiratória.

Durante seus 60 anos de vida, Maradona ficou conhecido pelo brilhantismo e talento no futebol, mas sempre teve a carreira cercada por polêmicas, dentro e fora do gramado. Mesmo com situações que traçaram em sua trajetória um perfil de uma personalidade pública cercada por irreverência, discussões e controvérsias, Maradona é considerado um deus na Argentina e muito querido pelos apaixonados pelo futebol em todo o mundo.

Maradona é idolatrado pelos amantes do futebol argentino. [1]

Infância

Filho de Diego Maradona (pai) e Dalma Salvadora Franco, ele teve cinco irmãos: Hugo, Raúl, Rita, Cláudia, Elsa, Maria Roa e Ana Maria. A família era pobre, e Dieguito, como era carinhosamente chamado, cresceu de forma humilde na periferia de Villa Fioritto, em Buenos Aires.

O primeiro contato com a bola de futebol foi nas ruas da Villa, onde Maradona começou a destacar-se em meio aos garotos da vizinhança. Era habilidoso, veloz e fazia dribles com inteligência.

Foi assim que conseguiu destacar-se nos campeonatos amadores, atuando pelo Los Cebollitos, equipe de futebol amadora filiada ao clube Argentinos Juniors.

Dieguito, durante a infância, em jogos de futebol amador. [2]

Carreira

Maradona atuou como meia/atacante, era canhoto, e tinha 1,65 m de altura. Marcou 345 gols em sua carreira, atuando em 680 jogos por seis clubes e pela Seleção Argentina. Pela seleção, foram 91 jogos e 34 gols.

  • Argentinos Juniors

Com seu destaque jogando no futebol amador, aos 15 anos de idade, o garoto conseguiu espaço no time profissional do Argentinos Juniors.

O que mais se escuta falar é que, desde muito jovem, ele impressionava a todos que o viam jogar e atraía um grande público para assistir às partidas das quais participava. Prova disso é que ele foi convocado para compor a seleção de seu país aos 17 anos, sendo, até hoje, o atleta mais jovem a vestir a camisa da Seleção Argentina.

Logo no início da carreira, o jovem jogador já começou a ser considerado um fenômeno do futebol local. Em 1979 e 1980, ele começou a conquistar as artilharias dos campeonatos nacionais, e foi eleito, pelos dois anos, o melhor jogador de futebol da América do Sul.

Seu talento ajudou a equipe do Argentinos Juniors a chegar ao segundo lugar do campeonato nacional em 1980, sua melhor colocação até aquele momento, e, com isso, outros clubes começaram a interessar-se pelo atleta promissor.

  • Boca Juniors

Boca Juniors era o time do coração do craque, que teve duas passagens nele. [3]

Em 1981, o Maradona foi transferido para o Boca Juniors, o maior time da Argentina, ao lado do River Plate. No entanto, uma cláusula no contrato proibia que o jogador enfrentasse sua primeira equipe em jogos oficiais. Por isso, foi realizado um amistoso entre Boca Juniors e Argentino Juniors para a estreia de Maradona.

Jogar no Boca Juniors era um sonho para Maradona, que alimentava o desejo, vivido desde a infância humilde, de atuar pelo clube. Na mesma época, o rival River Plate também tentava a negociação com o atleta.

A primeira partida oficial foi contra o Talleres, de Córdoba, e o Boca Juniors venceu por 4 a 1, com dois gols do Camisa 10 (Diez, como é muito chamado), levando quase 70 mil pessoas ao Estádio La Bombonera para ver sua atuação.

A história de Maradona com o Boca Juniors foi muito marcante, mas isso dependeu de um grande esforço da equipe. Para conseguir pagar o salário do craque, o Boca teve que realizar vários amistosos, além das partidas oficiais. Esses jogos sempre atraíam um grande público, o que ajudou a equipe a manter o jogador.

No ano de 1981, Maradona ajudou o Boca a chegar ao título metropolitano, após cinco anos em que o clube não levantava uma taça. Ainda nesse ano, ele contribuiu para aumentar mais ainda a rivalidade entre Boca e River, marcando gols contra o adversário em todos os clássicos realizados. Assim, a carreira internacional abriu as portas para ele.

Maradona retornaria ao Boca, em 1996, para encerrar a carreira como jogador.

  • Barcelona

A equipe do Barcelona, na Espanha, também vivia no momento uma carência de títulos. Em 1982, levou o atleta em uma transação de mais de 7 milhões de dólares, recorde da época. No entanto, a passagem do atleta pelo clube espanhol não foi a mais brilhante, e por lá começaram as primeiras polêmicas envolvendo seu nome.

Logo na primeira temporada, o jogador contraiu hepatite e acabou fora das partidas por três meses. Depois, conseguiu, com o Barcelona, vencer a Copa do Rei contra o grande rival Real Madrid, marcando gols nas duas partidas.

Em sua segunda temporada no clube, acabou sofrendo uma fratura no tornozelo após uma entrada desleal de um jogador rival. A lesão deixou Maradona fora dos jogos por mais de três meses.

Em sua volta, novamente na disputa da Copa do Rei, na final contra a equipe do Athletic, o time de Maradona perdeu o título por 1 a 0 e fez com que o jogador se revoltasse, gerando uma confusão generalizada entre os atletas. Mais três meses de suspensão foram designados ao jogador, que já não tinha uma boa relação com a diretoria do clube.

Com as intercorrências enfrentadas entre Barcelona e Maradona, a equipe catalã decidiu abrir mão do jogador e negociá-lo com outra equipe de menor expressão na Europa. Anos depois, Maradona declarou que vários problemas enfrentados por ele começaram durante o período em que estava no Barcelona, entre eles, o uso de drogas.

  • Napoli

A nova equipe de Diego seria a Società Sportiva Calcio Napoli ou simplesmente Napoli, na Itália. A equipe era considerada pequena, e os torcedores ficaram extasiados com a notícia da chegada de Maradona. Sua apresentação ao público foi feita no Estádio San Paolo, aonde chegou de helicóptero.

Logo nas primeiras temporadas de Maradona na equipe, o clube começou a terminar os campeonatos em posições melhores. Na temporada entre 1986/1987, ele deu o primeiro título de Série A da Napoli e, ainda por cima, contra a Juventus, grande rival da equipe.

Nesse período, Maradona estava consagrado mundialmente, já que a Copa do Mundo de 1986 havia contribuído para que ele ficasse ainda mais conhecido. A Seleção Argentina foi a campeã, e Maradona, eleito o melhor jogador do torneio mundial.

No Napoli, o craque chegou ao auge da carreira e viveu momentos polêmicos na vida pessoal. [4]

O Napoli também conquistou o primeiro título continental com Maradona. Em 1988/1989, a Copa UEFA foi garantida pelo clube italiano, com destaques para a dupla de ataque formada por Maradona e pelo brasileiro Careca.

Na equipe, ele conquistou títulos importantes, a paixão da torcida italiana, além de ter ido ao auge da carreira como campeão do mundo. Contudo, também foi nesse período que ele começou a enfrentar grandes problemas na vida pessoal.

Um dos episódios polêmicos envolvendo Maradona nessa época foi o fato de que, aproveitando-se de sua popularidade, ele convocou a população de Nápoles para torcer pela Argentina na semifinal da Copa do Mundo de 1990. O grande problema é que a partida seria justamente contra a Itália, que, ainda por cima, era a sede do mundial.

A população do sul da Itália, como os napolitanos, sofre preconceito de italianos do norte, de cidades consideradas mais desenvolvidas e industrializadas, como Milão e Turim. Esse preconceito é histórico e remonta aos tempos da Unificação Italiana, no século XIX.

A convocação de Maradona “colocou gasolina” nessa rivalidade entre o sul e o norte da Itália. Os torcedores das outras equipes, já ressentidos pela ascensão do Napoli, criticaram mais ainda o craque, gerando um grande debate nos jornais locais. Ao fim, a Seleção Argentina de Maradona acabou eliminando a Itália, mas a campeã daquele ano foi a Alemanha.

A partir desse episódio, outros graves problemas envolvendo a vida pública do atleta começaram a surgir. Nem mesmo o período de lesões e indisciplina vivido na Espanha havia sido tão grave. Em 1991, em um exame antidoping, foi detectado o uso de cocaína, e o vício do jogador começou a tornar-se público.

No período, o jogador ainda foi denunciado por estar ligado a uma máfia local e acabou sendo suspenso do futebol por mais de um ano. O uso das drogas continuou assombrando a carreira do jogador, que começou a sofrer também com a depressão e mais problemas pessoais, chegando a ser preso em Bueno Aires. Anos depois, após o craque ter saído do Napoli, o clube chegou a afirmar que ele já havia sido salvo do exame outras vezes, tendo trocado a urina dos jogadores.

Antes disso, no fim da temporada de 1986, ele já havia passado por outros problemas fora de campo. Maradona teve seu primeiro filho (Diego Jr.) com sua ex-empregada. Na época, não quis assumi-lo, mas a paternidade foi confirmada anos depois. Já em 1989, Maradona casou-se com Claudia Vilafañe, com quem teve a segunda filha (Gianinna).

O fim do contrato com o Napoli acabou sendo conturbado por problemas entre o atleta e a diretoria do clube, mas, com a intervenção da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Maradona conseguiu sua liberação.

  • Sevilla

O novo destino de Maradona seria, mais uma vez, a Espanha, para atuar pelo Sevilla, mas o contrato durou pouco. Ele ficou apenas na temporada de 1992/1993, e a passagem não teve momentos marcantes. O atleta estava acima do peso, e o clube chegou a colocar detetives para vigiar suas saídas noturnas.

  • Newell’s Old Boys

Voltar para seu país de origem foi a decisão de Maradona. Escolheu o Newell’s Old Boys. A passagem foi mais curta que no Sevilla, apenas cinco jogos na temporada 1993/1994. Uma série de lesões fez com que o contrato fosse rompido.

Mais uma vez, Maradona enfrentou problemas com o físico e as drogas. Torcedores e imprensa chegaram a pensar que ele estava abandonando a carreira. No meio das confusões que enfrentava, chegou a atirar em repórteres com uma espingarda de ar comprimido.

Seleção e Copas

Maradona foi capitão da Copa de 86, levando o título com a seleção e o prêmio de melhor jogador. [5]

A primeira convocação de Maradona para a Seleção Argentina foi em 1977, aos 17 anos. Ele fez parte dos pré-convocados para a Copa do Mundo de 1978, mas não foi ao mundial. Na última convocação, a comissão técnica optou por levar o jogador Norberto Alonso em vez de Maradona, decisão que gerou debate entre os argentinos.

Já em 1979, integrou a Seleção Sub-20 no Campeonato Mundial. A equipe ganhou o título, Maradona marcou seis gols e foi eleito o melhor jogador do torneio. No mesmo ano, ele também marcou seu primeiro gol pela seleção principal, em uma vitória por 3 a 1 em cima da Escócia.

  • Copa de 1982

Foi o primeiro mundial de Maradona. Sofreu marcação pesada dos adversários em todas as partidas da fase classificatória, mas os cartões foram dados a ele. Já contra a Seleção Brasileira, Maradona cometeu falta grave e foi expulso, ficando fora do jogo e da Copa.

  • Copa de 1986

Apesar de algumas contestações sobre sua convocação, Maradona foi para o mundial do México como capitão da equipe. Nas quartas de final, a Argentina enfrentou a Inglaterra, após o fim da Guerra das Malvinas, com um clima de animosidade entre as torcidas e presença do exército na arquibancada.

O primeiro tempo não teve gols. No segundo, em lance que o zagueiro inglês chutou a bola para o alto dentro da área, Maradona se antecipou ao goleiro e, com a mão esquerda, mandou a bola por cima do goleiro adversário, marcando o “gol” argentino. Mesmo com muita contestação adversária, o gol foi validado pelo árbitro. O episódio ficou conhecido como La mano de Dios (A mão de Deus).

Poucos minutos depois, ele marcou outro gol memorável de sua carreira: o Gol do Século. Ainda no campo de defesa, Maradona driblou três marcadores, arrancou até o ataque, deixando facilmente toda a defesa adversária para trás e marcando um belíssimo gol. A Argentina venceu por 2 a 1 e classificou-se. Em 2002, esse segundo gol de Maradona foi considerado o mais bonito da história das Copas.

O título da Copa foi levantado pela Seleção Argentina, e muitos chegam a dizer que Maradona levou sozinho o troféu. Além disso, o craque foi eleito o melhor jogador da competição e estabeleceu o auge de sua carreira nessa época.

Diego em selo feito em homenagem à conquista do mundial. [6]
  • Copa de 1990

Nesse torneio, Maradona tem sua história muito lembrada pelos brasileiros. Ele já era consagrado mundialmente como jogador, e, nas oitavas de final, enfrentando o Brasil, que jogou melhor durante toda a partida, uma jogada rápida de Maradona atraiu toda a marcação brasileira e deixou seu parceiro Caniggia livre para receber a bola e marcar o gol que tirou o Brasil da Copa.

Esse jogo também ficou famoso pelo episódio conhecido como a “água batizada”. Um integrante da comissão técnica argentina ofereceu uma água adulterada aos jogadores brasileiros. Maradona, ciente da contaminação, também tentou oferecer da água aos brasileiros. Ele só confirmou o ocorrido anos depois.

A Argentina chegou até a final da Copa de 1990, mas acabou perdendo para a Alemanha Ocidental. Na premiação, Maradona chorou e também se negou a cumprimentar o então presidente da Fifa, o brasileiro João Havelange.

  • Copa de 1994

Maradona estava suspenso há mais de um ano pelo dopping na Itália e apresentava-se muito acima do peso. Em um processo “milagroso”, o jogador recuperou a forma física e emagreceu em pouco tempo, indo, assim, para mais uma Copa.

No primeiro jogo, contra a Grécia, Maradona fez um dos gols da vitória por 4 a 0. Na comemoração, correu para a câmera aos berros. Era um desabafo pelas críticas sofridas.

Apesar desse bom início, a alegria não durou muito tempo. Após o segundo jogo, contra a Nigéria, o jogador, mais uma vez, foi flagrado no exame antidopping, sendo detectada a efedrina, substância utilizada como estimulante e para o emagrecimento.

Diego declarou-se inocente para a seleção não ser eliminada do torneio, mas foi suspenso. O jogo contra a Nigéria foi o último de Maradona com a camisa da Argentina.

Fim da carreira

Após enfrentar inúmeros problemas, o jogador ainda retornou ao clube do coração: o Boca Juniors. Lá fez dupla com outro conhecido craque, Caniggia, com quem, no Torneio Clausura, em 1996, comemorou um dos gols com um beijo na boca. A cena é relembrada até os dias de hoje.

Apesar de tudo, o eterno Camisa 10 já não estava mais em sua melhor forma. Encerrou sua carreira em 25 de outubro de 1997, jogando pelo Boca no Estádio Monumental de Nuñez, contra o River Plate, no Superclássico. O Boca venceu por 2 a 1, mas Maradona não marcou gols. Atuou somente no primeiro tempo e foi substituído por um futuro craque, Riquelme.

Técnico

Maradona trabalhou como técnico de algumas equipes antes mesmo de encerrar a carreira como jogador e, depois, comandou a Seleção Argentina. Teve uma breve passagem como diretor técnico do pequeno Textil Mandiyú, durante o período em que estava suspenso pelo dopping. Depois, assumiu o Racing, mas, nos dois clubes, a passagem foi breve.

Após encerrar a carreira como jogador, foi técnico da Seleção Argentina entre 2008 e 2010, chegando a comandar a equipe na Copa do Mundo de 2010. A passagem de Maradona pela seleção também foi conturbada. Ele tirou a faixa de capitão de Riquelme para passá-la a Mascherano. A relação entre Maradona e Riquelme não ia bem, e o jogador chegou a pedir dispensa da seleção.

Na Copa, a seleção comandada por Maradona chegou a ir bem nos primeiros jogos, mas caiu para a Alemanha nas quartas de final.

Como técnico, ainda teve breves passagens pelo futebol árabe, nas equipes do Al Wasl e Al-Fujairah. Passou pelo Dorados de Sinaloa, no México, e, por último, comandou o Gimnasia Y Esgrima, da Argentina.

Vida pessoal

Craque teve a carreira marcada por suas atitudes irreverentes e polêmicas com drogas, álcool e família. [7]

Brilhante nos gramados, mas com uma vida conturbada fora deles. Maradona viveu muitos episódios públicos em que apresentava uma postura desequilibrada e irreverente, inúmeros casos de envolvimento com drogas, militância política, e até mesmo teve filhos que não foram reconhecidos.

Em 2000, o ex-atleta começou um tratamento contra o seu uso de drogas, em Cuba. Ele havia sido hospitalizado após usar dessas substâncias no Uruguai, as quais quase o levaram à morte. Enquanto estava em Cuba, agrediu repórteres locais. No mesmo ano, sofreu um grave acidente em Havana, chocando seu carro com um ônibus, mas acabou saindo sem ferimentos.

Com o desejo de assistir ao Mundial de Clubes, em que o Boca Juniors enfrentaria o Real Madrid, no Japão, Maradona teve o visto negado por ser usuário de drogas. O visto foi negado a ele novamente em 2002, quando o Japão foi sede da Copa do Mundo. Nesse mesmo ano, sua esposa Claudia pediu separação.

Os anos seguintes foram marcados por histórias como dívida de mais de 20 milhões de dólares em impostos, condenação por processos de agressão a jornalistas com espingarda, e até mesmo problema com vizinhos.

Com obesidade e em tratamento para a recuperação da saúde, Maradona realizou uma cirurgia de redução de estômago, perdendo 50 quilos.

A saúde do craque já estava bastante debilitada no início dos anos 2000. Além da intensa luta contra as drogas, ele enfrentava problemas cardíacos e pulmonares, chegando a ser hospitalizado diversas vezes. Em algumas delas, com diagnóstico de overdose por cocaína.

Em 2005, recuperado, virou apresentador de um programa televisivo. Seu primeiro convidado foi Pelé, e, diferentemente do que muito se coloca pelos dois países de que os dois seriam rivais, o programa mostrou um clima de muita amizade entre os dois principais jogadores de futebol da história.

Pelé e Maradona em clima de amizade durante programa de TV. [8]

Dois anos depois, o craque sofreu uma recaída e acabou hospitalizado novamente. Dessa vez, ele disse que não era pelas drogas e sim pelo alcoolismo.

Vivendo entre altos e baixos sua vida após encerrar a carreira como atleta, em 2014, aos 53 anos, estava noivo de Rocío Oliva, de 22 anos. Entretanto, antes do casamento, descobriu que havia sofrido um golpe e pediu à Justiça um mandado para que a ex-noiva fosse procurada. Por outro lado, ela afirmou que era vítima de violência.

Maradona teve duas filhas do casamento com Cláudia, Dalma e Gianinna. Fora do matrimônio teve mais três filhos, Diego, quando jogava na Itália, Jana, de um outro relacionamento na década de 1990, e Dieguito Fernando, nascido em 2013. Além deles, especula-se que Maradona tenha tido mais três filhos em Cuba, frutos de quando morou no país. Em 2019, Maradona disse que faria o teste de DNA quando voltasse a Cuba, o que não aconteceu devido aos problemas de saúde.

Curiosidades

Sempre polêmico, Maradona também opinava em questões políticas sem medo de críticas ou divergências. Comunista assumido, era amigo de Fidel Castro e, inclusive, tinha uma tatuagem do ex-presidente cubano na perna. Ele também tatuou o rosto do revolucionário argentino Ernesto Che Guevara em seu braço. O craque relembrou que a amizade com Fidel surgiu no período em que esteve em Cuba cuidando da saúde.

Maradona tem fãs por todas as partes do mundo e é considerado um dos maiores ídolos do futebol. [10]

Muitos argentinos consideram Maradona como um deus, mas existem pessoas que, realmente, levam isso a sério e criaram o maradonismo. Em 1998 foi fundada a Igreja Maradoniana, no dia 30 de outubro, aniversário do craque. A “religião” tem mais de 40 mil adeptos, regras e comemorações para aqueles que amam o “D10S”.

Morte

Mostrando um estado de saúde muito debilitado, Maradona passou por uma cirurgia cerebral em 3 de novembro de 2020. A cirurgia visava à remoção de um coágulo. O quadro do ex-jogador agravou-se nos dias que se sucederam e, em 25 de novembro de 2020, ele faleceu por uma parada cardiorrespiratória enquanto dormia.

Fãs ocupam o Obelisco, principal ponto de Buenos Aires, para homenagear Diego Maradona. [9]

A notícia comoveu fãs no mundo inteiro. Na Argentina, foi decretado luto de três dias, e milhões de pessoas saíram às principais ruas e aos estádios de Buenos Aires para homenagear o ídolo, além de tentarem uma despedida no velório da Casa Rosada.

Títulos e prêmios

Boca Juniors - Campeonato Argentino: Metropolitano 1981

Barcelona - Copa do Rei: 1983 | Copa da Liga Espanhola: 1983 | Supercopa da Espanha: 1983

Napoli - Copa da UEFA: 1989 | Campeonato Italiano: 1987 e 1990 | Copa da Itália: 1987 | Supercopa da Itália: 1990

Seleção Argentina: Copa do Mundo Fifa: 1986 | Campeonato Mundial de Futebol Sub-20: 1979

  • Individuais

Bola de Ouro da Copa do Mundo da Fifa: 1986

Melhor Jogador do Mundo eleito pela World Soccer: 1986

Melhor Jogador Sul-Americano do Ano eleito pelo jornal El Mundo: 1979 e 1980

Melhor Jogador do Mundial Sub-20: 1979

Bola de Bronze da Copa do Mundo Fifa: 1990

Melhor Jogador do Século XX da Fifa (votos de internautas): 2000

Maior Jogador da História das Copas do Mundo, pelo The Times: 2010

Crédito das imagens

[1] Domínio Público

[2] Domínio Público

[3] Domínio Público

[4] Antonio Gravante / Shutterstock.com

[5] Domínio Público

[6] spatuletail / Shutterstock.com

[7] Denis Makarenko / Shutterstock.com

[8] Divulgação Noche del Diez

[9] JULIAN BONGIOVANNI / Shutterstock.com

[10] Saikat Paul / Shutterstock.com

Publicado por Giullya Franco

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