Homo sapiens

Homo sapiens é o nome científico do homem moderno e significa “homem sábio”. A espécie destaca-se por possuir um cérebro bem desenvolvido.
Homo sapiens é o nome científico do homem moderno, espécie que apresenta cerca de 200.000 anos de idade.

Homo sapiens é o nome científico do homem moderno, uma espécie que se destaca dentre os hominídeos pela presença de um cérebro bastante desenvolvido. Nossa espécie apresenta capacidade de viver em sociedade, uma fala desenvolvida e uma capacidade de pensamento que permitiu o surgimento da cultura e das civilizações, características que a diferencia das outras espécies de hominídeos que surgiram ao longo do tempo.

A história evolutiva da nossa espécie é complexa, sendo possível observar diversas árvores filogenéticas na literatura. Apesar da história evolutiva do homem ainda precisar ser desvendada, sabemos que ela não foi linear e várias espécies surgiram e desapareceram nesses milhões de anos até que o homem moderno surgisse.

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Resumo sobre Homo sapiens

  • Homo sapiens é o nome científico do ser humano moderno.

  • Homo sapiens é uma espécie que se destaca, principalmente, por apresentar um cérebro bastante desenvolvido.

  • A história evolutiva do homem moderno é complexa, e várias espécies surgiram e desapareceram até que chegássemos aos dias atuais.

  • Muitos estudos tentam compreender o motivo pelo qual, nos dias atuais, apenas o Homo sapiens sobreviveu.

Características gerais do Homo sapiens

O homem moderno pertence à espécie Homo sapiens, representando, na atualidade, a única espécie vivente do gênero Homo. Trata-se de uma espécie complexa, capaz de viver em sociedade e com valores, crenças e hábitos variados. O nome científico da espécie está relacionado com essa característica, sendo um termo derivado do latim que significa “homem sábio”.

A espécie Homo sapiens destaca-se por apresentar 99% da sua sequência genética similar à dos chimpanzés e bonobos. Isso não significa, no entanto, que o “homem veio do macaco”, como muitos sugerem, mas sim que possuímos um ancestral comum com esses intrigantes mamíferos.

Uma característica importante da nossa espécie é a postura bípede e ereta. O fato de andarmos sobre duas pernas nos permitiu manter as mãos livres para o desempenho de diferentes tarefas, como manipular alimento e máquinas. Outro ponto que merece destaque é o cérebro volumoso e complexo, que nos permitiu desenvolver habilidades como a da fala, pensamentos simbólicos e o desenvolvimento da cultura.

Classificação taxonômica do Homo sapiens

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Mammalia

Ordem: Primates

Família: Hominidae

Gênero: Homo

Espécie: Homo sapiens

Veja também: Evolucionismo — teoria de Charles Darwin sobre a origem das espécies

Homo sapiens na evolução humana

A evolução humana é uma história difícil de ser contada, a qual apresenta vários pontos ainda sem resposta. Quando analisamos a fundo a literatura especializada, podemos perceber que, a depender do autor, diferentes árvores filogenéticas para a nossa espécie são apresentadas.

O que sabemos até o momento é que nossa espécie apresenta genoma semelhante ao de macacos, o que indica que temos um ancestral comum com esses animais. Nossa linhagem se divergiu da dos macacos, no entanto, há milhões de anos, e nesse longo caminho evolutivo várias espécies surgiram e desapareceram.

Para muitos, o início da linhagem humana em nosso planeta iniciou-se pelo homem de Toumai, pertencente à espécie Sahelanthropus tchadensis. Essa espécie é, para alguns autores, o mais antigo e primitivo precursor da espécie humana e viveu cerca de 7 milhões de anos atrás. A espécie foi descoberta no deserto do Chade, na África, e acredita-se que se tratava de um hominídeo bípede, apesar de muitos estudos questionarem essa afirmação. Além disso, apresentava dentes caninos reduzidos e faces achatadas.

Seguindo a história evolutiva do homem, temos a espécie Ardipithecus ramidus, que também era bípede, porém também subia em árvores. A espécie foi descoberta na Etiópia e o esqueleto encontrado possuía 125 partes em relativo bom estado de conservação. O indivíduo encontrado era uma mulher que pesava cerca de 55 quilos e tinha 1,2 metro de altura. A espécie foi datada de 4,4-4,5 milhões de anos.

A diversidade dos hominídeos sofreu um grande aumento entre 4 e 2 milhões de anos atrás. Nesse período, observamos o surgimento de espécies que foram coletivamente chamadas de australopitecíneos. A espécie mais antiga desse grupo foi descoberta no Quênia e denominada Australopitheus anamensis. Acredita-se que ela viveu em nosso planeta entre 4,2 e 3,9 milhões de anos atrás.

Dentre os australopitecíneos, destaca-se ainda o famoso Australopithecus africanus, uma espécie bípede que possuía mãos e dentição semelhantes às dos homens modernos. Apesar das semelhanças com a nossa espécie, seu cérebro era pequeno, apresentando cerca de um terço do tamanho do cérebro atual. O Australopithecus africanus foi descoberto em 1924 na África do Sul, e acredita-se que ele viveu no planeta há 3-2,4 milhões de anos.

Reprodução do rosto de um Australopithecus afarensis exposto no Museu de Ciências de Trento, na Itália. [1]

Outra importante espécie é o Australopithecus afarensis. O fóssil mais antigo dessa espécie é conhecido popularmente como Lucy, e destaca-se por ser um fóssil de uma mulher de baixa estatura, bípede, com cérebro pequeno e cerca de 1 m de altura. O fóssil foi datado de 3,2 milhões de anos atrás. Um fato curioso em relação a essa espécie está no tamanho do cérebro. Enquanto em Australopithecus afarensis o volume do crânio era de cerca de 400 cm3, o crânio do homem moderno apresenta 1400 cm3.

Espécies do gênero Homo

Ao longo da história evolutiva do homem, podemos observar o aumento do volume cerebral.

O primeiro representante do gênero Homo é o chamado Homo habilis, o qual recebeu essa denominação por seus fósseis serem encontrados com ferramentas feitas de pedra. A espécie apresenta fósseis com idade de 2,4-1,6 milhões de anos, e destaca-se por presentar crânio maior que o do Australopithecus e uma mandíbula mais curta. Em relação ao Homo habilis, seu volume cerebral era de 600-750 cm3.

O chamado Homo ergaster é outra espécie do gênero Homo e apresenta um volume craniano ainda maior que o apresentado pelo Homo habilis. Nessa espécie, o volume craniano é de cerca de 900 cm3. Além disso, o Homo ergaster destaca-se pelo uso de ferramentas ainda mais sofisticadas e sua capacidade de andar por longas distâncias. Seus dedos curtos e retos indicam que essa espécie, provavelmente, não escalava árvores. O dimorfismo sexual na espécie é também menos acentuado do que o observado em outros hominídeos que viveram no passado.

Homo ergaster é considerado por alguns autores como membro primitivo da espécie Homo erectus. Essa última espécie se originou na África e viveu entre 2,0 ma e 400.000 ma. Destacou-se por sua capacidade de migração, e estudos indicam que ela se extinguiu 200.000 anos atrás.

O Homo neanderthalensis trata-se de uma espécie de hominídeo descoberta em 1856. Seus fósseis foram encontrados em uma caverna da Alemanha e foram datados com 40.000 anos de idade. Estudos verificaram que esses hominídeos viveram na Europa e se espalharam, posteriormente, pelo Oriente, Ásia e sul da Sibéria.

O Homo neanderthalensis era uma espécie que apresentava cérebros desenvolvidos, fabricava e utilizava ferramentas produzidas com pedra e madeira e, assim como nós, enterrava seus mortos. Acredita-se que ela se extinguiu há cerca de 28.000 anos, sendo considerada a espécie mais próxima do homem moderno. É importante destacar que a espécie é considerada por alguns autores como subespécie de Homo sapiens.

Os primeiros fósseis de Homo sapiens datam de 195.000 e 160.000 anos. É importante salientar que, quando nossa espécie surgiu, outras espécies de hominídeos ainda eram encontradas no planeta. Algumas pesquisas indicam que, em um determinado momento, era possível observar no planeta cerca de oito espécies diferentes, sendo todas pertencentes ao gênero Homo.

Saiba mais: Criacionismo — outra teoria que explica a origem do homem

Por que apenas o Homo sapiens sobreviveu?

Uma pergunta muito discutida na história evolutiva do homem é o motivo pelo qual apenas a nossa espécie sobreviveu aos dias atuais. A resposta para essa pergunta não é fácil e existem diferentes teorias. Alguns pesquisadores acreditam que a nossa sobrevivência possa estar relacionada com a necessidade de recursos.

A necessidade de buscar recursos para nossa sobrevivência nos levou a uma grande expansão territorial, o que prejudicou outras espécies. Outros sugerem que nosso cérebro sociável e cooperativo pode ter nos ajudado nessa tarefa, bem como nossa capacidade de responder de diferentes formas a diferentes situações.

Créditos da imagem

[1] lorenza62 e Shutterstock 

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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