Mamute

O mamute era um grande animal herbívoro da era do gelo que se assemelhava aos elefantes atuais. Muitas pesquisas tentam trazer os mamutes de volta à vida.
Os mamutes eram animais que apresentavam um corpo semelhante ao de um elefante.

Mamutes eram animais que viveram em nosso planeta há milhares de anos, na chamada Idade do Gelo. Esses animais destacavam-se pelo seu grande porte e pela semelhança com os elefantes atuais. Assim como os elefantes, os mamutes apresentavam uma grande tromba e longas presas.

Muitos mamutes foram preservados no gelo, o que fez com que espécies fossem coletadas com pouca deterioração. Diante de tamanha preservação dos fósseis, muitos pesquisadores utilizam esses materiais para realizar pesquisas que visam trazer esses indivíduos de volta à vida.

Veja também: Escala de tempo geológico — escala cronológica que envolve os bilhões de anos do planeta Terra

Resumo sobre mamute

  • Mamutes eram mamíferos pertencentes ao gênero Mammuthus.

  • Viveram durante o Pleistoceno.

  • Eram fisicamente muito semelhantes aos elefantes atuais, também possuindo presas e longa tromba.

  • Apresentavam grande quantidade de pelos e uma camada espessa de gordura.

  • Atualmente, todas as espécies de mamutes estão extintas.

Características do mamute

Mamute é um nome dado a diferentes espécies de mamíferos pertencentes ao gênero Mammuthus. Se destacam como grandes representantes da chamada Idade do Gelo. Atualmente, nenhuma espécie de mamute pode ser encontrada em nosso planeta, sendo estimado que há cerca de 4000 anos os últimos espécimes morreram. Durante a Idade do Gelo, os mamutes eram encontrados da Europa Ocidental à Sibéria e por toda a América do Norte.

Assemelhavam-se fisicamente aos elefantes atuais. Apresentavam um corpo robusto, longa tromba e presas compridas. Em elefantes, as trombas são utilizadas para manipular objetos, ajudar a levar água e alimento até a boca, respirar e cheirar. As presas, por sua vez, são utilizadas para lutar, levantar objetos pesados e marcar árvores.

Os mamutes se destacam por seu grande tamanho, o qual varia a depender da espécie estudada. De maneira geral, os mamutes possuíam, em média, 3 metros de altura. Algumas espécies podiam atingir, no entanto, um tamanho ainda maior. Esse é o caso do mamute de Colúmbia (Mammuthus columbi), que podia medir mais de 4 metros de altura e pesar incríveis 9 toneladas. Os elefantes atuais, no entanto, não ficam muito atrás quando o assunto é massa corporal, com alguns indivíduos atingindo cerca de 7 toneladas.

Esses ancestrais dos elefantes apresentavam o corpo recoberto por uma grande quantidade de pelos longos. Os pelos estavam relacionados com a manutenção da temperatura de seu corpo, uma vez que viviam em ambientes frios. Além da espessa camada de pelos, esses animais possuíam uma grande camada de gordura que os tornavam adaptados às regiões mais frias do planeta.

Assim como os elefantes, os mamutes eram animais herbívoros, alimentando-se, portanto, de vegetais. Acredita-se também que, da mesma forma que os seus parentes elefantes, viviam em uma sociedade matriarcal, com grupos formados por fêmeas e seus filhotes. Os machos adultos, provavelmente, viviam em grupos pequenos formados por outros machos ou de maneira solitária.

Leia também: Rinoceronte — outro mamífero herbívoro de grande porte

Classificação biológica dos mamutes

Os mamutes são animais mamíferos classificados na mesma família dos elefantes. Observe a classificação completa a seguir:

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Mammalia

Ordem: Proboscidea

Família: Elephantidae

Gênero: Mammuthus

A extinção dos mamutes

Os mamutes fizeram parte da megafauna do Pleistoceno.[1]

Os mamutes eram animais mamíferos que fizeram parte da chamada megafauna do Pleistoceno, época do período Quaternário compreendida entre 2,5 milhões e 11,7 mil anos atrás. Durante essa época, várias espécies de mamute viviam em nosso planeta.

Acredita-se que o processo de extinção desses animais teve início há aproximadamente 10.000 anos, quando houve uma acentuada queda na população desses grandes herbívoros. A partir daí, alguns grupos isolados sobreviveram por mais algum período, estimando-se que os últimos indivíduos morreram há cerca de 4000 anos.

Várias teorias tentam explicar os motivos que levaram à total eliminação dessas espécies do planeta. A extinção dos mamutes está associada a uma série de fatores, sendo dois muito discutidos: a caça realizada pelos seres humanos e a mudança climática, que teria levado ao aquecimento global que colocou fim à Idade do Gelo. Isso fez com que o habitat dos mamutes fosse reduzido e, em consequência, houve o isolamento das populações.

Em populações muito pequenas, pode ocorrer o acúmulo das chamadas mutações deletérias, que conduzem ao desenvolvimento de características desvantajosas para a sobrevivência. Esse acúmulo ocorre principalmente devido à grande consanguinidade (relação entre indivíduos que possuem um grau de parentesco maior do que o parentesco médio da população).

Acredita-se que as últimas populações de mamutes apresentavam alta quantidade dessas mutações e tenham desenvolvido características desfavoráveis, as quais podem ter levado esses animais à morte em eventos de curto prazo, como os eventos meteorológicos.

Saiba mais: Como o aquecimento afeta a biodiversidade do planeta?

Mamute vivo novamente?

É comum vermos notícias de pesquisadores que tentam trazer os mamutes de volta à vida. Vejamos dois exemplos:

  • Em 2019, cientistas japoneses afirmaram em um artigo publicado na Nature (Signs of biological activities of 28,000-year-old mammoth nuclei in mouse oocytes visualized by live-cell imaging) que deram um passo significativo para trazer a espécie de volta ao conseguirem fazer com que células modificadas com material genético retirado de um mamute preservado dessem sinais de atividade.

  • Mais recentemente, em 2021, a empresa americana Colossal afirmou que irá adaptar o DNA dos mamutes usando parte do genoma do elefante asiático e será capaz de fazê-los voltarem. Milhares de dólares estão envolvidos nessas pesquisas, que não têm o único objetivo de reviver uma espécie, e sim reverter o cenário de extinção de outras espécies.

Crédito de imagem

[1] Jacob Boomsma / Shutterstock.com

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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