Alexandre Dumas

Alexandre Dumas nasceu em 24 de julho de 1802, em Villers-Cotterêts, na França. Seu sucesso como escritor chegou em 1829, com a encenação de sua peça Henrique III e sua corte. Fez sucesso também como romancista, ao publicar obras famosas, como Os três mosqueteiros. Tornou-se, assim, um dos raros escritores negros de sua época a ter sucesso, fama e dinheiro.

O dramaturgo e romancista, que faleceu em 5 de dezembro de 1870, é um dos principais nomes do Romantismo francês. Portanto, em suas obras, é possível perceber características românticas, como subjetividade, exagero sentimental, nacionalismo, idealização da realidade, sentimento amoroso e o gosto por aventuras.

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Biografia de Alexandre Dumas

Alexandre Dumas, em fotografia de Étienne Carjat (1828-1906).

Alexandre Dumas nasceu em 24 de julho de 1802, em Villers-Cotterêts, na França. Com apenas três anos de idade, ficou órfão de pai. A família, então, passou por dificuldades financeiras, até que, em 1823, o escritor se mudou para Paris. Ali trabalhou no gabinete do duque d’Orléans (1773-1850) e, no ano seguinte, tornou-se pai do escritor Alexandre Dumas Filho (1824-1895).

Em Paris, Alexandre Dumas buscou consolidar sua carreira como dramaturgo. Assim, em 1829, sua peça Henrique III e sua corte foi encenada na Comédie-Française e caiu no gosto popular. Após essa peça bem-sucedida, outras foram encenadas, como Antony, outro grande sucesso do autor.

Em 1832, o dramaturgo viajou, pela primeira vez, ao exterior e conheceu a Suíça. Três anos depois, esteve na Itália e, em 1838, viajou para Alemanha e Bélgica. Já em 1840, Dumas se casou com a atriz Ida Ferrier (1811-1859), casamento que durou apenas quatro anos.

Foi justamente em 1844 que o autor experimentou a fama também como romancista, ao publicar Os três mosqueteiros, A rainha Margot e O Conde de Monte Cristo. Com o grande sucesso, veio também o dinheiro. Assim, o escritor mandou construir um castelo em Port-Marly, em 1847, e, também, o Teatro Histórico, na cidade de Paris.

Nesse mesmo ano, tornou-se comandante da Guarda Nacional de Saint-Germain-en-Laye. Em seguida, participou da Revolução de 1848 e quis se eleger deputado, o que não aconteceu. Já no ano de 1850, foi processado por endividamento, e seu teatro foi à falência.

Como não tinha mais o castelo, leiloado no ano anterior, decidiu viver em Bruxelas a partir de 1851. Fundou ainda o jornal Le Mousquetaire, em 1853. Só voltou a morar em Paris no ano de 1854. Seis anos depois, em 1860, conheceu Giuseppe Garibaldi (1807-1882) e apoiou o revolucionário em sua luta pela unificação da Itália.

Assim, após a vitória de Garibaldi, o romancista se mudou para Nápoles, onde ocupou o cargo de diretor do Museu Nacional até 1864, além de fundar o jornal L’Indipendente. Em 1868, já na França, criou o jornal D’Artagnan. No entanto, Dumas, um dos raros escritores negros de sua época a fazer tamanho sucesso, faleceu em 5 de dezembro de 1870, perto de Dieppe.

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Características da obra de Alexandre Dumas

Representante do Romantismo francês, Alexandre Dumas escreveu romances e peças de teatro em que se pode verificar elementos como a subjetividade e o exagero sentimental típicos desse estilo de época. Além disso, o nacionalismo, atrelado ao heroísmo de seus protagonistas, também está presente.

Distantes do racionalismo realista, as obras românticas, como as de Dumas, são caracterizadas pelo teocentrismo e pela defesa dos valores burgueses, como amor, castidade feminina, coragem, liberdade e fé. Essa idealização da realidade é construída em enredos dinâmicos, repletos de aventuras e fortes emoções, por meio de uma linguagem marcada por exclamações e hipérboles.

Influência em suas obras

Alexandre Dumas sofreu influência, principalmente, das seguintes personalidades:

  • o dramaturgo inglês William Shakespeare (1564-1616);

  • o escritor francês François-René de Chateaubriand (1768-1848);

  • o escritor romântico alemão Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832); e

  • o pai, general Thomas-Alexandre Dumas Davy de la Pailleterie (1762-1806).

Obras de Alexandre Dumas

Capa do livro Os três mosqueteiros, de Alexandre Dumas, publicado pela editora Zahar, do grupo Companhia das Letras.[1]
  • Henrique III e sua corte (1829)

  • Antony (1831)

  • Carlos VII entre seus grandes vassalos (1831)

  • Richard Darlington (1832)

  • Teresa (1832)

  • A torre de Nesle (1832)

  • Catherine Howard (1834)

  • Don Juan de Marana ou A queda de um anjo (1836)

  • Kean (1836)

  • Calígula (1838)

  • Paul Jones (1838)

  • Mademoiselle de Belle-Isle (1839)

  • Lorenzino (1842)

  • Louise Bernard (1843)

  • O castelo de Eppstein (1843)

  • Gabriel Lambert (1844)

  • O conde de Monte Cristo (1844)

  • Os irmãos corsos (1844)

  • Os três mosqueteiros (1844)

  • A rainha Margot (1844)

  • Vinte anos depois (1845)

  • O cavaleiro de Maison-Rouge (1845)

  • Memórias de um médico (1846-1853)

  • O visconde de Bragelonne (1847)

  • Os quarenta e cinco (1847)

  • Catilina (1848)

  • Joseph Balsamo (1849)

  • O colar da rainha (1849)

  • A tulipa negra (1850)

  • Ange Pitou (1851)

  • A condessa de Charny (1853)

  • Minhas memórias (1854)

  • Memórias de Garibaldi (1860)

Os três mosqueteiros

Os três mosqueteiros, um dos livros mais conhecidos do autor, conta a história de D’Artagnan, um jovem que quer ser um dos mosqueteiros do rei, na Paris do século XVII. Assim, ele se junta a Athos, Porthos e Aramis, para combaterem o perverso cardeal Richelieu e a ex-esposa de Athos, a traiçoeira Milady.

O herói D’Artagnan se apaixona por Constance, que trabalha como arrumadeira da rainha Ana de Áustria (1601-1666). No entanto, há um empecilho para a realização desse amor, pois a amada está casada com o senhor Bonacieux. Desse modo, a história de amor e as aventuras do herói são o chamariz do romance.

O vilão Richelieu (1585-1642), um personagem histórico, é o primeiro-ministro de Luís XIII e manipula o monarca em prol de interesses pessoais. Outro personagem histórico é o duque de Buckingham (1592-1628), inimigo do cardeal. Porém, Richelieu conta com a ajuda de Milady de Winter (ou Lady Clark) para concluir seus planos malignos.

Essa personagem é uma assassina, cujo verdadeiro nome é Anne de Bueil. Portanto, é uma criminosa foragida, que, no passado, mandou matar, sem sucesso, seu próprio marido, isto é, Athos, também conhecido como conde de La Fère. Assim, ela se une ao primeiro-ministro, para articularem, juntos, as suas maldades.

O romance, então, traz uma história de amor, intrigas e muita aventura. Durante a leitura, o leitor e a leitora são levados a simpatizar com os heróis e seus sentimentos nobres, enquanto torcem para que os vilões sejam devidamente punidos pelos seus crimes. Tais reações são provocadas pela típica e envolvente trama romântica.

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Frases de Alexandre Dumas

A seguir, vamos ler algumas frases de Alexandre Dumas, extraídas de seus livros A tulipa negra, Os três mosqueteiros e Minhas memórias:

  • “Às vezes sofremos o suficiente para ter o direito de nunca dizer: estou muito feliz.”

  • “O amor é uma loteria em que aquele que ganha, ganha a morte!”

  • “Há favores tão grandes que só podem ser pagos com a ingratidão.”

  • “Um por todos, todos por um!”

  • “Suprimir a distância é aumentar a duração do tempo.”

Crédito da imagem

[1] Companhia das Letras (reprodução)

Publicado por Warley Souza
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