Os 10 países mais pobres do mundo
A pobreza é um fenômeno que assola diversas nações do mundo e deve ser entendida como a falta condições dignas de vida, com ausência de alimentação, moradia e vestuário. Entende-se que grande parte da população mundial — principalmente países africanos — vive nessas condições. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é utilizado para medir-se o nível de pobreza das sociedades nos dias atuais, e leva em consideração educação, renda e expectativa de vida.
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Ranking dos 10 países mais pobres do mundo
O ranking dos países mais ricos e mais pobres do mundo foi definido considerando-se os elementos do IDH, educação, expectativa de vida e renda. Os 10 países mais pobres do mundo, de acordo com o relatório do desenvolvimento humano da ONU de 2018, são:
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Níger: localizado na África Ocidental, o país tem a maior parte de seu território localizada no deserto. A falta de água, alimentos, educação e saneamento é o principal problema social.
- IDH: 0,377
- Expectativa de vida: 61,6 anos
- Média de escolaridade: 3,1 anos
- Renda per capita / ano: U$ 444
- Ranking: 188º de 188º
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República Centro-Africana: encontra-se no centro da África. Pertenceu à França até a década de 1960, quando se tornou independente. Possui diversos conflitos étnicos e religiosos em seu território, o que já dizimou grande parte de sua população e explica seus diversos problemas sociais.
- IDH: 0,381
- Expectativa de vida: 52,24 anos
- Média de escolaridade: 4,2 anos
- Renda per capita / ano: U$ 475,72
- Ranking: 188º de 188º
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Chade: foi colônia francesa até 1960 e possui mais de 200 etnias diferentes em seu território. Os conflitos são motivados por essa variedade étnico-racial, e, apesar de o petróleo existir em seu território, apresenta grandes índices de pobreza.
- IDH: 0,401
- Expectativa de vida: 53,71 anos
- Média de escolaridade: 2,3 anos
- Renda per capita / ano: U$ 728,34
- Ranking: 187º de 188º
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Sudão do Sul: possui riquezas naturais como petróleo, porém é um dos países mais pobres do mundo, e seus maiores problemas são: a mortalidade infantil e a saúde, considerada uma das piores do mundo.
- IDH: 0,413
- Expectativa de vida: 57,36 anos
- Média de escolaridade: 4,8 anos
- Renda per capita / ano: U$ 1.119,65
- Ranking: 186º de 188º
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Burundi: tornou-se independente em 1962. Possui diversos conflitos envolvendo os grupos étnicos tutsis e hutus, promovendo centenas de milhares de mortes e refugiados, e apresenta grande população analfabeta, maior problema social do país.
- IDH: 0,423
- Expectativa de vida: 60,90 anos
- Média de escolaridade: 3,0 anos
- Renda per capita / ano: U$ 271,75
- Ranking: 185º de 188º
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Mali: o país também é uma ex-colônia francesa, desde sua independência, em 1960. Não teve sucesso na sua economia, sendo um dos piores países em produção do mundo. Também sofre com problemas ambientais, como o da desertificação e a seca.
- IDH: 0,427
- Expectativa de vida: 58,45 anos
- Média de escolaridade: 2,3 anos
- Renda per capita / ano: U$ 899,66
- Ranking: 184º de 188º
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Eritreia: país pertencente ao Chifre da África, ganhou sua independência após quase 30 anos de conflito com a Etiópia. Seus principais problemas sociais são: falta de educação de qualidade, saneamento e Direitos Humanos, que são desrespeitados.
- IDH: 0,434
- Expectativa de vida: 65,54 anos
- Média de escolaridade: 3,9 anos
- Renda per capita / ano: U$ 811,38
- Ranking: 182º de 188º
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Burkina Faso: foi colônia francesa até a década de 1960. Desde sua independência, não se desenvolveu, estando entre os países mais pobres do mundo, com problemas em relação à fome, miséria e falta de acesso à saúde e educação.
- IDH: 0,434
- Expectativa de vida: 60,77 anos
- Média de escolaridade: 1,4 anos
- Renda per capita / ano: U$ 715,12
- Ranking: 182º de 188º
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Serra Leoa: o país foi bastante explorado por Portugal e Reino Unido, e também enfrentou uma guerra civil entre as décadas de 1990 e os anos 2000. Esses fatores explicam a economia frágil e pouco desenvolvida do país, sendo pouco desenvolvido.
- IDH: 0,438
- Expectativa de vida: 53,90 anos
- Média de escolaridade: 3,3 anos
- Renda per capita / ano: U$ 533,99
- Ranking: 181º de 188º
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Moçambique: colônia portuguesa até 1970, tornou-se independente e viveu uma guerra civil de 1977 a 1992. Apesar das riquezas naturais, o país possui uma das populações mais pobres e analfabetas do mundo, principalmente as mulheres, que possuem média de anos de escolaridade menor que 2,5 anos.
- IDH: 0,446
- Expectativa de vida: 59,31 anos
- Média de escolaridade: 3,5 anos
- Renda per capita / ano: U$ 498,96
- Ranking: 180º de 188º
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Critérios que classificam os países mais pobres do mundo
O IDH mede, especificamente, a educação, renda e expectativa de vida de uma determinada sociedade. Esse padrão de classificação considera uma escala de 0,000 a 1 ponto. Quanto mais próximo o país estiver do zero, piores são as condições de vida de sua sociedade e mais baixa é a qualidade de vida daquele povo, e quanto mais próximo de 1 o país estiver, melhor serão as condições e qualidade de vida daquele grupo.
Quando se pensa nos aspectos analisados pelo IDH, como a educação, espera-se que toda aquela sociedade seja alfabetizada integralmente, sem apresentar déficit de leitura ou interpretação textual, considera-se o tempo médio que os alunos frequentam a escola e se eles sabem operações matemáticas básicas. Portanto, quanto mais tempo a criança ou adolescente permanecer na escola, entende-se que melhores serão as condições de o país ser desenvolvido
A renda é calculada pela divisão simples entre o PIB (Produto Interno Bruto) de um país e o número de habitantes. O PIB é a soma de todas as riquezas do país, por meio dos serviços e bens produzidos no ano analisado. Dessa forma, chega-se à renda per capita. Por meio da renda de um grupo, é possível identificar a sua capacidade de comprar e consumir produtos diversos, de alimentação, de ter acesso a bens e serviços, e também de desemprego.
Na saúde analisa-se a expectativa média de vida daquela sociedade. Quando a expectativa de vida é alta (em torno de 75 anos), significa dizer que aquele grupo social tem acesso a medicamentos, tratamentos de doenças, recursos médicos e saneamento. Do contrário, encontramos uma sociedade com expectativa de média de vida baixa (abaixo de 50 anos), que não possui tratamentos médicos adequados e cuja população morre de problemas de saúde que poderiam ser controlados caso houvesse investimentos básicos e políticas públicas sérias e preocupadas com a população de baixa renda.
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Conceito de pobreza
O conceito de pobreza, segundo a Organização das Nações Unidas, refere-se a populações que não possuem acesso às necessidades fisiológicas de alimentação, abrigo e vestuário. Em termos gerais, entende-se que são grupos de pessoas que não podem alimentar-se, vestir-se e morar com dignidade.
Os conceitos sobre pobreza são sempre semelhantes, eles entendem que pessoas pobres são aquelas que não podem obter regime alimentar, confortos, padrões e serviços que lhes permitam participar da sociedade de modo geral, ou seja, esses indivíduos encontram-se abaixo dos padrões mínimos de dignidade
Esse conceito não é algo novo, ele acompanha os estudos sobre sociedade desde os primórdios da organização humana, uma vez que os grupos sociais necessitam de condições dignas para existir. Essa dignidade faz-se presente quando se observa que as pessoas possuem moradia adequada, com acesso a saneamento, água tratada, esgoto, energia elétrica, uma renda adequada à quantidade de pessoas da família, transporte, alimentação, entre outros elementos.
Todos esses elementos são analisados pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que foi considerado pela ONU a partir da década de 1990. Hoje ele é usado justamente para classificar os países em ricos ou pobres.
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