Palestina
A Palestina é uma região localizada no Oriente Médio. Historicamente foi ocupada por diversos povos, como árabes e judeus, além de cristãos. No entanto, a partir da criação do Estado de Israel, para o povo judaico, a Palestina foi territorialmente dividida em duas porções: a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. Esse processo não foi pacífico e resultou em conflitos que permanecem até os dias atuais.
A Palestina não é considerada um Estado propriamente dito, apesar de obter o reconhecimento de vários países. O território palestino é muito povoado e possui uma geografia muito diversa em termos climáticos. Em razão dos conflitos políticos e religiosos, apresenta grandes dificuldades econômicas e estruturais, porém possui uma cultura muito diversa, marcada pela influência árabe. A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) é uma das entidades políticas que representam a Palestina.
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Dados gerais da Palestina
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Nome oficial: Estado da Palestina
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Gentílico: palestino
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Extensão territorial: 6020 quilômetros quadrados
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Localização: Oriente Médio
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Capital: Jerusalém Oriental (não reconhecida pela Organização das Nações Unidas - ONU), Ramallah (Cisjordânia) e Gaza (Faixa de Gaza).
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Clima: Temperado e Desértico
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Governo: república semipresidencialista
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Idioma: árabe
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Religiões:
- 93% (islamismo)
- 6% (cristianismo)
- 1% (outras)
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População: 4.685.000 habitantes.
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Densidade demográfica: 654 habitantes/quilômetro quadrado
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Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,708 (alto)
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Moeda: Novo Shekel Israelense e Dinar Jordano
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Produto Interno Bruto (PIB): US$ 16,28 bilhões
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PIB per capita: US$ 3562
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Gini: 33,7%
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Fuso horário: UTC +2
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Relações exteriores: membro observador da Organização das Nações Unidas (ONU)
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Divisão administrativa: 16 território administrativos:
Jenin
Jerusalém
Tubas
Belém
Tulkarm
Hebron
Nablus
Gaza do Norte
Qalqiliya
Gaza
Salfit
Deir Al-Balah
Ramallah & Al-Bireh
Khan Yunis
Jericó & Al Aghwar
Rafah
História da Palestina
A região da Palestina foi historicamente habitada por diferentes povos ao longo do tempo, sendo berço e território sagrado de três das principais religiões monoteístas do globo: cristianismo, islamismo e judaísmo. A região foi invadida pela Grã-Bretanha, em 1917, como um desdobramento da Primeira Guerra Mundial, e permaneceu ocupada até 1948.
Nesse mesmo ano, foi fundado na Palestina o Estado de Israel, nação criada para abrigar os povos judeus, que, devido a séculos de perseguição política e religiosa, não possuíam sua própria nação. No entanto, a criação de Israel resultou em diversos conflitos territoriais e religiosos na região, em especial, devido à localização do país.
A delimitação das fronteiras israelenses culminou na ocupação da maior parte do território palestino, sendo que a Palestina atual é formada pela Faixa de Gaza e pela Cisjordânia, pequenas extensões de terra onde vive a maioria dos palestinos que saíram de suas residências originárias em razão da criação do Estado de Israel.
Dessa maneira, na atualidade a Palestina é formada pela Faixa de Gaza e pela Cisjordânia, não sendo considerada propriamente um Estado, mas sim um território que luta pelo seu reconhecimento internacional. A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) é umas das principais entidades que lutam pelo reconhecimento de um Estado árabe na região.
A independência da Palestina foi declarada em 15 de novembro de 1988, porém ainda há grande resistência no seu reconhecimento pelos demais países do globo. Além disso, muitas das áreas reivindicadas pelo Estado da Palestina estão ocupadas por Israel. A Organização das Nações Unidas (ONU) define o Estado da Palestina como um “Estado observador não membro”, conforme reunião realizada em 29 de novembro de 2012. Em 2013, um grupo de 137 países já reconhecia a Palestina como um Estado. Entretanto, países importantes, como os Estados Unidos e Israel, não fazem parte desse grupo.
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Geografia da Palestina
A Palestina está localizada na Ásia, mais precisamente no Oriente Médio. O território palestino está compreendido entre o mar Morto e o rio Jordão, na porção leste, e o mar Mediterrâneo, na porção oeste. Na atualidade, encontra-se dividido em duas porções territoriais:
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a Faixa de Gaza, que faz fronteira com Egito e Israel e é banhada pelo mar Mediterrâneo;
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a Cisjordânia, localizada entre o território de Israel e o da Jordânia.
O relevo da Palestina é formado por grandes planícies e algumas áreas montanhosas, principalmente na Cisjordânia. O principal rio é o Jordão, e os mares que banham a região são o Mediterrâneo e o Morto. O clima é bastante diversificado, com regiões de clima Mediterrâneo, Temperado e Desértico. Já a vegetação é basicamente mediterrânea, na Faixa de Gaza, e desértica, na Cisjordânia.
Mapa da Palestina
Demografia da Palestina
A Palestina possui cerca de 4,5 milhões de habitantes, sendo que a maior parte da população é formada por árabes, que praticam a religião islâmica. O território palestino apresenta uma das maiores concentrações populacionais do mundo. Há um grande número de habitantes concentrados em um pequeno território.
A população local apresenta um grande crescimento natural e também por migração, já que muitos árabes que habitavam Israel migraram para a Palestina desde a fundação israelense. A população palestina possui baixa expectativa de vida e alta taxa de mortalidade. Ademais, os palestinos vivem, no geral, condições de vida ruins, em razão de questões econômicas e também políticas, já que os recorrentes conflitos na região dificultam o acesso aos serviços públicos.
Economia da Palestina
A Palestina é uma região muito pobre e historicamente problemática em termos econômicos. Os conflitos na região, em especial os decorrentes após a fundação de Israel, arruinaram a economia palestina. O setor primário é basicamente voltado para os cultivos de subsistência. Há, inclusive, dificuldade de acesso à alimentação, principalmente na Faixa de Gaza.
O setor secundário também é praticamente inexistente, sendo que não há indústrias de destaque na Palestina. Por sua vez, o setor mais importante da economia é o terciário, que, apesar da informalidade, ainda fornece a maior parte das divisas para o território palestino. O comércio é a principal atividade econômica. Além disso, há a exploração turística na Cisjordânia.
Infraestrutura da Palestina
A Palestina apresenta uma infraestrutura muito deficiente em razão dos recorrentes conflitos militares no seu território, da falta de investimentos em estrutura e também da ausência de apoio financeiro internacional.
A situação é ainda mais crítica na Faixa de Gaza, estreita faixa de terra muito populosa que apresenta várias deficiências estruturais e também de serviços. O acesso à água é bastante escasso, e as redes de esgoto são praticamente inexistentes. As redes de saúde e educação são deficitárias e não possuem atendimento universal.
Na Cisjordânia, há uma estrutura de serviços mais desenvolvida, porém ainda muito precária. Essa porção da Palestina também enfrenta dificuldades estruturais e possui uma rede de atendimento para a população muito deficiente.
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Governo da Palestina
O governo da Palestina é representado pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Essa organização é responsável pela administração política dos territórios da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, sendo amplamente reconhecida pela comunidade internacional.
Em termos de estruturação, o governo da Palestina é composto pela figura do presidente do Estado da Palestina; pelo Conselho Nacional Palestina, uma espécie de Legislativo nacional; e também pelo Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina, órgão responsável por funções burocráticas do governo nacional, como as relações exteriores. Na Palestina há partidos políticos e processos eleitorais, porém as dificuldades políticas da região impedem avaliar a lisura dos processos de escolha dos representantes nacionais.
Bandeira da Palestina
Cultura da Palestina
A região da Palestina é historicamente muito rica em termos culturais, uma vez que está localizada em uma zona de influência das principais religiões monoteístas do globo. Os sítios históricos da região bem como a manutenção de hábitos cotidianos, como dialetos, danças folclóricas e pratos típicos, são fundamentais para valorizar a cultura palestina.
No entanto, os recorrentes conflitos militares dificultam o acesso da população aos equipamentos culturais, sendo que muitos deles foram destruídos pelos embates militares. Ademais, as condições econômicas e políticas da região prejudicam a criação de projetos culturais e o acesso à cultura pela população.
No geral, há uma forte identificação dos palestinos com o mundo árabe, sendo a religião e a língua árabe utilizadas como meios de resistência. As danças árabes, o artesanato e a culinária árabe, que utiliza elementos como pães e chás, são meios de expressão da cultura palestina. No mais, o esporte mais admirado pelos palestinos é o futebol.
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