Fantasias de Carnaval

As fantasias são uma das características mais marcantes da celebração do Carnaval no Brasil. Historiadores verificam que a prática de fantasiar-se ocorre desde a Antiguidade.
As fantasias são um critério importante do desfile das escolas de samba durante o Carnaval. [1]

Fantasias de Carnaval são uma das características mais marcantes do Carnaval brasileiro, sendo muito comuns em blocos carnavalescos, em festas particulares e nos desfiles das escolas de samba. Nesse último caso, as fantasias são parte importante da apresentação, sendo fruto de um trabalho artístico que visa a atender os critérios da avaliação do desfile.

O hábito de usar fantasias em celebrações é encontrado em festas da Antiguidade, e povos como os gregos já faziam uso dessa prática. Na Idade Média e Moderna, as fantasias eram comuns nas celebrações carnavalescas, apesar das tentativas da Igreja Católica de reprimir esse costume. O hábito de usar fantasias se tornou popular no Carnaval brasileiro no final do século XIX.

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Resumo sobre fantasias de Carnaval

  • Usar fantasias é uma prática comum do Carnaval brasileiro.

  • As fantasias também são um elemento fundamental dos desfiles das escolas de samba.

  • O costume de fantasiar-se durante o Carnaval se popularizou no Brasil no final do século XIX.

  • Os historiadores sabem que era comum na Antiguidade o hábito de usar fantasias em celebrações importantes.

  • Na Europa, durante as idades Média e Moderna, era prática comum o hábito de fantasiar-se, apesar de a Igreja Católica condenar a prática.

As fantasias são um dos elementos que constituem o Carnaval.

Qual o significado das fantasias de Carnaval?

A celebração do Carnaval é uma das expressões culturais mais tradicionais e populares em nosso país, e uma parte importante da celebração do Carnaval são as fantasias que muitos usam durantes as festividades.

As fantasias usadas são dos mais variados tipos e são uma demonstração da criatividade dos foliões. Personagens de séries, filmes e desenhos, animais, memes (piadas da internet) e fantasias clássicas são encontradas nas festividades de Carnaval em todo o país, mas em especial nos blocos. Nesse contexto, as fantasias têm um caráter puramente lúdico e servem apenas como diversão, mas quando o assunto é os desfiles das escolas de samba, o caráter das fantasias é outro.

No desfile das escolas de samba, as fantasias são coisa séria e resultado de um grande trabalho artístico, pois são parte fundamental da competição que é realizada anualmente. Essas fantasias devem ter harmonia com o samba-enredo da apresentação, além de terem que atender a uma série de critérios que são estabelecidos previamente.

Fantasias das escolas de samba são parte importante da competição e devem estar relacionadas com o samba-enredo.[2]

O ato de fantasiar-se durante a celebração do Carnaval tem relação com a ideia da subversão dos papéis, de assumir temporariamente uma posição que não é sua. Assim, nas celebrações de Carnavais no passado, desde sua origem, era bastante comum, por exemplo, que homens se fantasiassem de mulher. A celebração abria essa possibilidade de inversão dos papéis de maneira provisória.

Origem das fantasias de Carnaval

As fantasias e as máscaras em festividades são mais antigas que o próprio Carnaval. Isso porque existem inúmeros relatos de festas em que os participantes usavam fantasias e máscaras como parte das celebrações. Assim, podemos entender que o ato de fantasiar-se não é uma exclusividade do Carnaval, embora seja um elemento fundamental da festividade.

Na Babilônia, existia uma celebração em que um prisioneiro era fantasiado de rei, recebendo inúmeras regalias antes de ser executado. Em outras partes da Mesopotâmia, havia um ritual a Marduk em que o rei era despido de seus trajes e colocado em vestes comuns para ser humilhado em lembrança ao fato de que ele estava abaixo daquele deus.

Em comunidades agrárias da Antiguidade, era comum que celebrações do solstício de inverno ficassem marcadas pela utilização de máscaras, e o mesmo acontecia em rituais religiosos praticados pelos gregos, como no caso das festas dionisíacas — realizadas em homenagem ao deus Dioniso — e também em Roma, como na Saturnália, festa em homenagem ao deus Saturno.

Na Idade Média, havia uma grande repressão da Igreja Católica em relação à celebração do Carnaval, e a utilização de fantasias e máscaras era condenada, embora a população as adotasse do mesmo jeito.

Na Idade Moderna, as máscaras e as fantasias também eram parte da celebração, sendo bastante comum que as pessoas se fantasiassem de padres, do diabo, de animais diversos etc. Tudo isso reafirma a ideia do Carnaval como a festa em que é possível subverter a ordem e os papéis em caráter temporário sem sofrer as consequências disso.

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Quando as fantasias passaram a ser usadas no Carnaval do Brasil?

O Carnaval foi trazido ao Brasil como uma influência portuguesa durante a colonização, e, aqui, uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, brincadeiras em que as pessoas faziam um jogo cujo objetivo era molhar ou sujar outras pessoas. Essa brincadeira poderia ser realizada de maneira pública ou privada.

Acontece que o entrudo era visto como uma celebração rude pelas elites da cidade do Rio de Janeiro, que passaram a investir na realização de bailes de fantasias e máscaras, como era tradicional na Europa. Essa preferência das elites pelos bailes ganhou força a partir da década de 1840 e deu origem aos blocos de rua, em que as pessoas saíam fantasiadas para celebrar o Carnaval.

Créditos da imagem

[1] photocarioca e Shutterstock

[2] BW Press / Shutterstock

Publicado por Daniel Neves Silva
Química
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