Segunda onda de covid-19 no Brasil

A segunda onda de covid-19 no Brasil foi responsável por causar mais mortes em nosso país do que a primeira onda. Quando falamos em ondas em uma pandemia, referimo-nos a uma situação em que se tem uma queda do número de casos seguido de um novo aumento.

Na pandemia de covid-19, esse padrão foi observado no Brasil e em várias partes do mundo. Em nosso país, não conseguimos estabilizar os casos da doença antes de mais um novo aumento. Sem o controle da doença, outras ondas podem ocorrer, sendo essa a realidade de alguns países da Europa, que já enfrenta uma terceira onda.

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O que é a covid-19?

O aumento de casos da doença em todo mundo é motivo de preocupação.

A covid-19 é uma doença grave causada por vírus chamado Sars-CoV-2. A doença, que pode levar à morte, provoca sintomas como febre, tosse, cansaço e dificuldade respiratória. A principal causa de morte por covid-19 é a chamada síndrome respiratória aguda grave (Sars), uma situação caracterizada, entre outros sintomas, por desconforto respiratório e saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente.

A transmissão da doença ocorre de uma pessoa para outra por meio do contato com secreções eliminadas pelo doente ao falar, tossir ou espirrar, ou, ainda, por meio de superfícies ou objetos contaminados. Devido à sua forma de transmissão, as principais recomendações para se prevenir a covid-19 são: evitar aglomerações e lavar sempre as mãos com água e sabão ou higienizá-las com álcool 70%.

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O que é a segunda onda de covid-19?

A covid-19 foi identificada pela primeira vez, em 2019, na China. Rapidamente a doença se espalhou por vários países, sendo considerada uma pandemia no ano de 2020. Após um número crescente de casos, a doença foi perdendo sua força, e o número de infectados pelo vírus diminuiu. Após essa redução, no entanto, observou-se um novo aumento, ou seja, uma nova onda da doença estava começando.

O termo segunda onda é utilizado para se referir ao surgimento de novos surtos da doença após uma queda inicial na taxa de contaminados. Sem formas efetivas de se controlar a covid-19, o novo aumento de casos já era esperado por pesquisadores, que também já haviam alertado sobre o problema. Vale salientar, ainda, que a covid-19, como destacado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pode nunca desaparecer, assim como o HIV e o vírus causador do sarampo.

Nesse último caso, nem mesmo a existência de vacina foi suficiente para eliminar completamente a doença. Apesar da possibilidade do vírus nunca parar de circular, podemos controlar a pandemia obedecendo às medidas de distanciamento e investindo em vacinas.

A segunda onda atingiu o Brasil?

Enquanto o Brasil vivia a primeira onda da covid-19, vários países, que já haviam diminuído seus casos da doença, viram o número de contaminados aumentar, dando início a uma segunda onda. No território nacional, a primeira onda teve seus picos nos meses de julho a setembro de 2020, apresentando, posteriormente, queda no número de casos novos por semana. O número de casos, no entanto, voltou a crescer em novembro de 2020, dando início a nossa segunda onda.

A segunda onda causou um grande número de mortes em todo o mundo.

Para avaliar se uma pandemia está contida ou em expansão, utiliza-se para a análise o número de reprodução básico (Rt). O Rt é definido como o número médio de pessoas infectadas por um único indivíduo com o vírus durante o tempo em que ele permanece contagioso. Quando o valor do Rt é maior que 1, significa que a pandemia está em expansão, e quando está menor que 1, dizemos que a pandemia está contida.

Segundo a Nota Técnica – 22/11/2020: Situação da pandemia de covid-19 no Brasil, desenvolvida por pesquisadores brasileiros e publicada no site coronavidas.net, em novembro de 2020, o Rt estava acima de um 1 em vários estados brasileiros, indicando o início de uma segunda onda.

A segunda onda chegou num momento em que o Brasil ainda não tinha obtido um controle real da pandemia, o que fez com que muitos afirmassem que não se tratava de uma nova onda, e sim da continuação da primeira. Outros afirmaram, no entanto, que, devido à falta de controle, uma onda quase se sobrepôs a outra. Independentemente da nomenclatura adotada, hoje se sabe que os casos realmente cresceram e atingiram números assustadores, maiores que os observados no início da pandemia.

Especialistas apontam que a segunda onda ocorreu devido a vários motivos, incluindo o comportamento da população diante da crise enfrentada. Ao relaxarmos as medidas de prevenção, submetemo-nos a situações de risco que podem aumentar a taxa de transmissão da doença. O surgimento de novas variantes e a sazonalidade do vírus também se relacionam com o surgimento de outras ondas.

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Impactos da segunda onda de covid-19 no Brasil

A segunda onda no Brasil chegou num momento em que grande parcela da população estava insatisfeita com as restrições adotadas para prevenir a disseminação do vírus causador da covid-19. Muitos desobedeceram às recomendações e aglomeram-se em festas, praias e shoppings, por exemplo. Aliado ao comportamento de parcela da população, a vacinação ocorria de maneira lenta, fazendo com que a segunda onda chegasse extremamente agressiva ao nosso país.

Rapidamente o sistema de saúde foi se tornando incapaz de comportar o grande número de pacientes doentes. Durante a segunda onda, o Brasil enfrentou uma crise de saúde pública sem precedentes, sendo observado, por exemplo, no início de 2021, pacientes morrendo em decorrência da falta de equipamentos e cilindros de oxigênio no Amazonas. Amazonas não foi o único estado que sofreu com a segunda onda. Em 17 de março de 2021, por exemplo, 16 estados enfrentavam taxa de ocupação de leitos de UTI superior a 90%.

A segunda onda não trouxe apenas um colapso na saúde, afetando também a economia do país e empurrando uma parcela da população à pobreza. Diante desse cenário, medidas restritivas para combate à pandemia se tornam ainda mais difíceis de serem implementadas e seguidas pela população. Entretanto, enquanto a vacinação em massa não acontece, medidas de distanciamento ainda são necessárias para se frear o avanço da doença.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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