Héstia

Héstia era uma divindade que os gregos consideravam como a representante do lar, da lareira, da vida doméstica e da hospitalidade.
A deusa Héstia tinha uma forte relação com as lareiras e com a vida doméstica.

Héstia era uma deusa presente na religiosidade e nos mitos gregos, apesar de ser pouquíssimo mencionada neles. Ela, no entanto, tinha um culto bastante consolidado e difundido na Grécia, e isso porque seu culto se associava diretamente com a vida doméstica das pessoas.

Os gregos tinham o costume de manter lareiras acesas em referência a essa deusa. Essas lareiras se associavam com a vida doméstica, sendo acesas nos lares gregos, mas também se associavam com a vida comunitária, pois fogueiras a Héstia eram acendidas em locais públicos. Ficou conhecida também por manter-se virgem.

Veja também: Ártemis — a deusa grega da caça e da vida selvagem

Resumo sobre Héstia

  • Héstia era a deusa do lar, da lareira, da vida doméstica e da hospitalidade para os gregos.

  • Era a protetora da família e dos visitantes.

  • Os gregos a consideravam a personificação da lareira.

  • Prometeu a Zeus que se manteria virgem.

  • Em seu culto, mantinha-se fogueiras acesas em locais privados (lares) e públicos.

Quem é Héstia para os gregos?

Héstia era cultuada pelos gregos antigos, sendo a deusa da lareira, do lar, da hospitalidade e da vida doméstica. Era a protetora da família, dos visitantes (no seu sentido doméstico) e também da política local. Era muito comum que os gregos realizassem oferendas a Héstia quando fundavam novas cidades.

Os gregos consideravam que as lareiras eram a representação de Héstia, portanto, ela tinha uma relação muito forte com elas, e o ato de ascender o fogo nas lareiras era visto como uma referência direta a essa divindade. Todo lar grego possuía uma pequena lareira que mantinha uma fogueira.

A lareira acesa nas residências gregas era uma demonstração de cuidado com a família, e o fogo não deveria ser apagado. Além disso, os gregos possuíam lareiras públicas como demonstração de cuidado com a cidade e a política comunitária. Essas lareiras públicas ficavam no pritaneu, prédio que centralizava a administração municipal, e no bouleterion, assembleia que reunia os cidadãos para os debates.

Héstia ficou reconhecida como a deusa que recebia as primeiras homenagens e sacrifícios em eventos públicos, além de seu nome ser o primeiro mencionado nas orações religiosas. Essa era uma tradição comum, mas é importante mencionar que nem todos a respeitavam.

Héstia na mitologia grega

Não existem muitas menções a Héstia na mitologia grega, e muitos explicam isso por ela ter sido uma deusa doméstica. A falta de menções suas na mitologia, no entanto, não significa que ela era pouco cultuada.

Héstia era filha de Cronos e Reia, dois tiãs. Era a filha mais velha do casal, e, como quase todos os filhos que eles tiveram, foi devorada por Cronos, que temia que uma rebelião de seus filhos o destronasse de sua posição. De todos os filhos, somente Zeus escapou do destino porque Reia interveio na situação e enganou seu marido, dando a ele uma pedra em roupas de criança.

Zeus cresceu em segurança e, quando adulto, retornou para resgatar os seus irmãos. Héstia foi salva por Zeus junto de Deméter, Hera, Poseidon e Hades, e depois disso uma guerra dos deuses gregos contra os titãs se iniciou, e aqueles saíram vitoriosos.

Além disso, Héstia ficou marcada por ser uma deusa virgem, isto é, que nunca teve relações sexuais, e também nunca se casou. Ela, inclusive, rejeitou investidas de pretendentes como Apolo, Poseidon e Príapo, e sua promessa de manter-se virgem foi realizada para Zeus, seu irmão.

Em recompensa à promessa de sua irmã, Zeus deu a Héstia o direito de ser a primeira mencionada nas orações e a primeira a receber os sacrifícios feitos pelos fiéis, antes de qualquer outro deus (incluindo Zeus).

Leia também: Atena — a deusa grega da sabedoria e do aspecto estratégico da guerra

Héstia na religiosidade grega

Héstia era consideravelmente cultuada, e o culto a ela se espalhava por toda a Grécia, principalmente por sua associação direta com a vida doméstica. Isso porque os gregos acreditavam que manter a lareira acesa era uma forma de cuidado com a família e de respeito a essa deusa.

Mencionamos que Héstia tinha o direito de ser a primeira deusa a receber sacrifícios em eventos públicos gregos, e isso acontecia até mesmo em festivais dedicados a outros deuses. Além disso, as lareiras públicas acesas a ela eram uma demonstração da sua importância, e os historiadores afirmam que essa prática era oriunda dos micênicos.

Publicado por Daniel Neves Silva
Química
Tiocompostos ou compostos sulfurados
Os tiocompostos ou compostos sulfurados apresentam átomo de enxofre ocupando uma posição de um átomo de oxigênio na função oxigenada.