Oceanos

Os oceanos podem ser definidos como imensos corpos de água salgada que ocupam as depressões da superfície da crosta terrestre em nosso planeta. Eles constituem mais de 97% de toda a água que existe no globo, sendo essenciais para o equilíbrio entre a vida na terra e a vida marinha.

Nos oceanos estão as grandes correntes marítimas, que auxiliam na formação de precipitação devido à evaporação das águas em todo o mundo, além de contribuírem para as dinâmicas climáticas nos diferentes lugares da Terra, o que pode ser assustador, como a formação de tufões e furacões.

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Oceanos do mundo

Para tornar mais fácil a compreensão sobre os oceanos, a ciência dividiu-os em cinco, levando em consideração sua localização geográfica, e variação climática e de latitude.

  • Oceano Pacífico: é o maior dos oceanos, com uma aproximada extensão de 146,5 milhões de km². Devido ao seu tamanho, apresenta diferentes condições climáticas e variadas temperaturas. Atinge o oeste da América, o sul da Antártida, a Oceania e o leste asiático.
  • Oceano Atlântico: considerado o segundo maior oceano, é um divisor natural entre os continentes americano, europeu e africano. Devido à Linha do Equador, é chamado de Atlântico Norte (Hemisfério Norte) e Atlântico Sul (Hemisfério Sul).
  • Oceano Índico: no ranking de extensão territorial, é o terceiro maior, banhando o leste do continente africano, o sul da Ásia, o oeste da Oceania, e parte da Antártida.
  • Oceano Glacial Antártico: é localizado no extremo sul do planeta, também conhecido como Oceano Austral. Ele é a junção das águas dos três maiores oceanos do mundo (Pacífico, Atlântico e Índico), que chega até a Antártida.
  • Oceano Glacial Ártico: localiza-se lo Polo Norte do planeta, sendo formado por águas congeladas e/ou águas com baixas temperaturas devido ao ângulo de inclinação da Terra e à baixa insolação nessa região.
Localidade dos oceanos.

Características do oceano

Ao compararmos os oceanos em relação ao seu tamanho, podemos dizer que essas massas de água ocupam uma área de 331 milhões de km² da superfície terrestre. Sua profundidade média é de, aproximadamente, 3600 m, com um volume de água de 1,3 bilhão de quilômetros cúbicos, atingindo uma temperatura média de 4 ºC.

A profundidade média oceânica é bem maior que a altitude média continental. Na Terra, a média de elevação do relevo é de 840 m de altura. Nas áreas litorâneas, estima-se que estejam 40% da população mundial.

Seu tamanho colossal deve-se a sua origem. Muitos autores explicam o oceano no singular, como uma espécie de única entidade com pequenas diferenças de acordo com as variações das latitudes. Entretanto, essa afirmação não é consensual entre os oceanógrafos. Para fins didáticos, dividiram o oceano em cinco grandes oceanos. Vejamos um pouco da origem fantástica desses imensos blocos de água.

Origem do oceano

A vida na Terra surgiu primeiro no oceano.

A origem do oceano remete à origem do planeta Terra. É necessário entendermos essas origens para entendermos os oceanos, pois muito do que ainda não sabemos sobre as profundidades marinhas pode ser explicado na origem do mundo. Estudos revelam que sabemos mais sobre o Sistema Solar do que sobre a vida marinha na Terra e suas peculiaridades. Devido à evolução tecnológica, hoje podemos responder várias perguntas em relação à formação dessas massas de água com a ajuda do conhecimento científico.

A teoria do Big Bang, hoje amplamente aceita pela comunidade científica, ajuda-nos a compreender a origem do oceano como quando houve a grande explosão de poeiras e gases, gerando galáxias, planetas, estrelas, entre outros. No entanto, o oceano não surge a partir dessa explosão, ou seja, ele é uma criação oriunda de processos naturais que aconteceram no planeta. No início, a temperatura na Terra era extremante alta, impossibilitando a existência e o desenvolvimento da vida. Todo esse vapor estava envolto no planeta, e não havia acúmulo de água líquida. Ao longo dos anos, as nuvens (vapor d´água) resfriaram-se, e chuvas caíam na superfície, transformando-se em nuvens devido à alta temperatura.

Milhões de anos depois (a data precisa é impossível de se dizer, mas estima-se que entre 900 milhões e 1 bilhão de anos atrás), a superfície terrestre resfriou-se, possibilitando que a água se acumulasse. Conforme o tempo foi passando, as chuvas (que duraram cerca de 20 milhões de anos) dissolviam as rochas e seus minerais, transformando, lentamente, a água acumulada em água salgada.

A maior parte do oceano formou-se sob o apoio de atividades vulcânicas, que soltaram vapores de água nas camadas externas do planeta. Esse vapor, ao longo de milhares de anos, resfriou-se e depois se condensou, gerando água na crosta terrestre. Além disso, a passagem de cometas, bilhões de anos atrás, pode ter liberado mais água na superfície da Terra. Com o passar do tempo, o oxigênio apareceu na água, dando origem à vida oceânica. Essa vida ocupou o oceano por mais de três bilhões de anos, até aventurar-se em áreas emersas.

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Relevo dos oceanos

O estudo do relevo submarino é chamado de batimetria. Essa área da ciência analisa, por meio de sondas em navios, satélites e submarinos, como é o relevo no fundo dos oceanos. Com a teoria das placas tectônicas, percebemos que o planeta não é uma rocha densa e única, mas sim um grande mosaico de placas rochosas que flutuam sobre um líquido viscoso, chamado de magma.

Esse mosaico sofre alterações significativas à medida que o magma movimenta-se, causando um efeito dominó, movimentando placas e alterando relevos, sejam eles continentais, sejam oceânicos.

Para compreender-se melhor os relevos submarinos, há divisões de acordo com o processo que originou e sua localidade.

  • Plataforma continental: é a extensão rasa do continente que está submersa, próxima do litoral.

  • Talude continental: refere-se à transição entre a plataforma continental e o assoalho oceânico. É formado por sedimentos transportados até a plataforma, onde deslizam e acumulam-se. À medida que se afasta da plataforma, a talude afunda alguns metros até atingir o assoalho.

  • Assoalho oceânico: parte profunda do oceano que se expande e se retrai de acordo com o movimento das placas tectônicas oceânicas.

  • Fossas oceânicas: são as áreas mais profundas dos oceanos, formando grandes depressões em áreas onde há placas tectônicas convergentes. A mais famosa e mais profunda é a Fossa das Marianas, com quase 11 quilômetros de profundidade, no Oceano Pacífico.

  • Cordilheiras oceânicas: conjunto de montanhas abaixo do nível do mar que se estendem por, aproximadamente, 65 mil quilômetros por todo o planeta. Em alguns locais, essas montanhas emergem, formando ilhas, como a Islândia e a Ilha de Páscoa. Uma das mais famosas é a Cadeia Meso-Atlântica, com montanhas submersas no Oceano Atlântico. Alguns estudiosos podem chamar as cordilheiras de dorsais submarinas.

  • Planície abissal: são as áreas planas dos oceanos localizadas em uma profundidade que varia de quatro mil a cinco mil metros.

Esquema representando o relevo submarino.

Importância dos oceanos

A vida como conhecemos é impossível sem a existência da água, seja ela salgada, seja ela potável, doce. As primeiras formas de vida no planeta surgiram no oceano, mesmo que de forma primitiva e com baixo desenvolvimento celular.

Além disso, os oceanos são extremamente importantes pelos recursos disponibilizados para a sociedade humana. Alguns desses recursos são estratégicos, importantes para a economia de determinados países. Com isso, a exploração oceânica aumentou consideravelmente no último século, sem contar a poluição com os materiais não biodegradáveis, como plásticos e metais.

Os recursos disponíveis nos oceanos são fundamentais para nossa sobrevivência. Quase um terço das reservas de petróleo e gás natural estão em áreas marítimas. Nos Estados Unidos, o maior produtor de petróleo do mundo, de acordo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), grande parte do “óleo negro” está no sul da Califórnia, na plataforma continental e no Golfo do Texas, o maior produtor do país.

Os oceanos também servem para gerar energia nas áreas litorâneas com escassez de recursos hídricos de água doce, ao utilizarmos a força das marés. A disponibilidade de animais e plantas contribuem para a alimentação humana com ômega 3, que é um item extremamente saudável aos humanos.

A poluição nas águas prejudica o desenvolvimento da vida marinha.

Por muito tempo, os oceanos eram a única forma de transporte entre regiões longínquas, como Europa e América, Europa e Oceania. Ainda hoje, é pelo oceano que grandes cargas são transportadas de um lado ao outro do mundo. O Canal do Panamá é um belo exemplo dessa ação. Cruzeiros são feitos em alto-mar, cruzando o planeta de norte a sul nas áreas costeiras. Portanto, os oceanos são imprescindíveis em todos os aspectos da vida, econômico, turístico, gastronômico, e qualquer um que possamos imaginar.

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Exercícios resolvidos

Questão 1 - (UFSCar-SP) É correto afirmar que o derramamento de óleo nos oceanos

a) compromete a sobrevivência dos peixes que se alimentam de plâncton, mas não tem consequências sobre os crustáceos, uma vez que estes se alimentam no fundo do mar.

b) bloqueia a luz do Sol, impedindo que os recifes de coral, a poucos metros abaixo da superfície, realizem fotossíntese.

c) impede a difusão do oxigênio da atmosfera para as águas marinhas, comprometendo a sobrevivência dos peixes e demais organismos de respiração aeróbica.

d) impede a dissipação do calor retido pelas águas marinhas, contribuindo para o agravamento do efeito estufa e, consequentemente, para o aquecimento global.

e) compromete a sobrevivência de aves marinhas, uma vez que suas penas ficam impregnadas de óleo.

Resolução

Alternativa E. A poluição oceânica pode gerar problemas tanto para os peixes e demais animais da fauna aquática quanto para os que se alimentam desses animais.

Questão 2 - (UESC-BA)

Apesar de a terra ser chamada de “planeta água” e os oceanos dominarem a paisagem do globo, a quantidade de H2O disponível para o nosso consumo é irrisória. Do 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos de água da hidrosfera, apenas cerca de 2,5% é de água doce. Se essa não é uma cifra para comemorar, a garganta começa a secar, mesmo quando observamos a distribuição desse pequeno “filete” de água doce: a maior parte, quase 70%, está sob a forma de gelo, ou seja, indisponível, nos polos.

(A VIDA..., 2011, p. 44).

Com base nas informações contidas no texto e nos conhecimentos acerca dos aspectos físicos e biológicos das águas marinhas e continentais e suas relações com as atividades humanas, marque V nas afirmativas verdadeiras, e F, nas falsas.

( ) Os movimentos das geleiras estão relacionados tanto à ação da gravidade quanto à força de seu peso.

( ) As águas oceânicas são constantemente movimentadas, devido ao fenômeno da inércia, no qual as correntes marítimas se deslocam, em razão da diferença de temperatura entre o Equador e as zonas polares.

( ) A poluição das águas, causada pelo crescimento desordenado das cidades nos países em desenvolvimento, só comprometem mananciais superficiais, visto que os aquíferos subterrâneos estão protegidos, devido à sua localização entre as rochas do subsolo.

( ) A agricultura é a atividade econômica que mais consome água no planeta, e a ela está relacionado um dos mais graves casos de agressão ambiental com grande prejuízo para a biodiversidade, que consiste no recuo do Mar de Aral.

A alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a:

01. F V F F

02. V V F V

03. V F F V

04. F F V V

Resolução

Alternativa 3.

Frase II: o movimento das águas não ocorre por conta da diferença de temperatura.

Frase III: a poluição das águas compromete toda reserva de água do mundo, direta ou indiretamente, incluindo os aquíferos.

Publicado por Átila Matias
Matemática
Função Seno com Geogebra
Nesta aula utilizaremos o software gratuito geogebra para mostrar as possíveis variações da função seno. Analisaremos o eixo central, a amplitude, o máximo e mínimo, a imagem e o período da função seno.
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