Drogas
Drogas é a denominação dada a qualquer substância que, quando utilizada, causa alterações na estrutura e funções do organismo. As drogas são utilizadas pelo homem há séculos. Inicialmente, eram retiradas da natureza – as folhas secas eram o principal recurso no tratamento de doenças. Atualmente, muitas dessas drogas são sintetizadas em laboratórios, e muitas são usadas de forma recreativa.
Origem
A palavra droga provavelmente tem origem francesa (drogue) ou holandesa (droog) e, originalmente, referia-se às folhas secas utilizadas nos tratamentos de doenças. Atualmente, essa denominação está relacionada não apenas às substâncias utilizadas no tratamento de doenças, tampouco às substâncias de origem natural (extraídas da natureza) apenas, referindo-se também às substâncias de uso recreativo e de origem sintética (produzidas em laboratório e com ausência de substâncias naturais em sua composição) e semissintética (produzidas em laboratório com a presença de substâncias naturais em sua composição).
O homem sempre teve uma relação com a natureza de forma íntima. A utilização das plantas em seu dia a dia foi essencial para o conhecimento de suas diversas propriedades, como a existência de substâncias psicoativas.
O homem faz uso dessas substâncias desde a antiguidade, como para suportar algumas adversidades no ambiente em que viviam, como o cansaço. Em seguida, essas substâncias passaram a ser utilizadas em rituais religiosos, como forma de cura, ou recreativamente.
Alguns termos conhecidos atualmente têm relação direta com essa temática. O termo drogaria, por exemplo, refere-se aos locais onde as substâncias utilizadas em tratamentos, como as folhas secas, eram compradas.
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Tipos de drogas
As drogas podem ser classificadas, de acordo com o ponto de vista legal, por meio dos efeitos produzidos no sistema nervoso central, dos efeitos de acordo com a indicação terapêutica, entre outras formas.
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De acordo com o ponto de vista legal – Essa classificação pode variar entre países, pois possuem legislações diferentes. De acordo com a legislação brasileira:
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Legal: sua venda e consumo são liberados, apesar de ocorrer algumas restrições para venda de algumas substâncias. No Brasil, podemos destacar o caso do álcool e tabaco, que têm sua venda e consumo liberados, com exceção dos menores de 18 anos de idade.
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Ilegal: sua venda e seu consumo são proibidos, ficando sujeito a sanções penais tanto quem comercializa quanto quem consome. No Brasil, são drogas ilícitas a maconha, o LSD, a cocaína, entre outras.
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De acordo com os efeitos produzidos no sistema nervoso central - Essa classificação é bastante utilizada pelos profissionais de saúde:
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Depressivas: são drogas que diminuem a atividade cerebral, causando perda de reflexo, atenção, entre outros. São exemplos de drogas depressivas o álcool, os medicamentos ansiolíticos, os anestésicos, os antipsicóticos, entre outros.
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Estimulantes: são drogas que atuam de forma oposta às depressivas, aumentando as atividades cerebrais e o estado de alerta e deixando o indivíduo agitado. São exemplos de drogas estimulantes o café, o guaraná, a cocaína, entre outras.
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Perturbadoras: as drogas perturbadoras afetam o funcionamento do sistema nervoso central de forma a alterar a percepção, causando efeitos como perda dos sentidos e alucinações. São exemplos de drogas perturbadoras a maconha, o LSD, entre outras.
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De acordo com os efeitos (ação terapêutica) – Essa classificação é utilizada para caracterizar medicamentos cuja ação terapêutica é maior no organismo e os que atuam de maneira mais específica. Assim, esses medicamentos dividem-se em:
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Efeitos gerais: medicamentos calmantes, estimulantes, entre outros;
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Efeitos específicos: medicamentos diuréticos, antidepressivos, entre outros.
As drogas ilícitas têm sua venda e consumo proibidos, ficando sujeito às sanções penais quem as consome ou comercializa.
Drogas ilícitas
Os entorpecentes ilícitos ou drogas ilícitas, como dito anteriormente, são drogas cuja venda e consumo são proibidos. No Brasil, são exemplos de drogas ilícitas a maconha, cocaína, entre outras.
O debate sobre a legalidade e ilegalidade das drogas vai além dos benefícios ou malefícios que causam no organismo, tendo também os fatores cultural e econômico um peso significativo nas tomadas de decisões.
No Brasil, por exemplo, o álcool e o tabaco são substâncias que têm sua venda e consumo liberados, ou seja, são drogas lícitas. É importante destacar que a venda dessas substâncias a menores de 18 anos é proibida por lei. No entanto, o álcool e o tabaco são responsáveis pelo desenvolvimento de diversas enfermidades.
O álcool, devido às alterações que causam no estado de consciência, está relacionado também a outros problemas, como violência e acidentes de trânsito. Essa substância, inclusive, já foi considerada como uma droga ilícita nos Estados Unidos entre os anos de 1919 e 1933, no entanto, hoje ele é legalizado.
São exemplos de drogas ilícitas e seus efeitos:
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Ecstasy: Também conhecido como bala, o ecstasy é uma droga de origem sintética. A sua ação no organismo inicia-se com euforia, perda de inibição, progredindo para náusea e queda de pressão. Seu uso contínuo está relacionado ao desenvolvimento da depressão.
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Maconha: É uma droga de origem natural. Em alguns indivíduos, atua causando relaxamento, em outros, euforia e angústia. Seu uso contínuo está relacionado à depressão, ansiedade e até síndrome do pânico.
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Cocaína: É uma droga semissintética. Ela inicia sua ação causando aumento da autoestima, em seguida causa perda de apetite, insônia e cansaço. Pode causar alterações neuropsicológicas, com prejuízo das funções cerebrais.
→ Efeitos das drogas no cérebro
Os efeitos que as drogas causam no organismo variam entre os indivíduos. No entanto, sabe-se que o seu efeito no cérebro está relacionado principalmente com a sua ação sobre os neurotransmissores, que são moléculas presentes nas vesículas pré-sinápticas neurais, atuando na resposta inibitória ou excitatória entre os neurônios.
Muitas drogas atuam impedindo que o neurotransmissor seja recapturado após a sua liberação, aumentando, assim, o seu tempo de ação e desencadeando uma sensação de prazer. Outra forma de ação é de ligar-se aos receptores de alguns neurotransmissores, causando alucinações.
Assim, o consumo de drogas ao longo do tempo pode desencadear alterações no sistema nervoso de forma que, para que se sintam os mesmos efeitos ao consumir determinada droga, a dosagem deve ser aumentada.
A partir desse ponto, pode ser caracterizada a dependência química, pois da mesma maneira que o indivíduo passa a utilizar uma dosagem maior para obter um determinado efeito, a diminuição ou ausência do consumo também gera efeitos específicos de mal-estar, levando a uma compulsão pelo consumo com maior frequência da droga.
A dependência química causa alterações físicas e psíquicas que impossibilitam muitas vezes o dependente químico de buscar ajuda sozinho.
→ Consequências do uso de drogas na família
O consumo de drogas pode causar efeitos diversos nos indivíduos. Um desses efeitos é a dependência química, que vem se tornando um problema grave de saúde pública no país. A dependência química afeta a vida do dependente de diversas formas, seja em suas relações afetivas, seja como profissionais, o que acaba por desestruturar muitas famílias.
No entanto, a presença da família é essencial para o dependente químico, pois as alterações físicas e psíquicas decorrentes da dependência química impossibilitam, muitas vezes, o dependente químico de buscar ajuda sozinho para livrar-se dessa dependência.