Queimadas
As queimadas são atividades realizadas tanto em áreas de florestas como em áreas de pastagens, ocorrendo para diversas finalidades, como limpeza da vegetação ou preparo do solo, para a agricultura e pecuária. Elas podem ser de dois tipos, natural e humano, causadas pelo próprio meio ambiente ou pelos seres humanos.
As queimadas têm muitas consequências ruins, como:
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problemas de saúde
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perda de biodiversidade
As maneiras de solucionar o problema das queimadas mais possíveis são multas às pessoas infratoras e investimento na área da educação, com a conscientização dos problemas que podem surgir com essa prática.
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Causas das queimadas
Geralmente as causas das queimadas são diversas, pois envolvem fatores humanos e naturais. A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação reconhece como principais:
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Raios: descargas elétricas podem promover incêndios diretos ou indiretos na natureza ou em áreas de pastagens.
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Incendiários: incêndios provocados por pessoas a propriedades alheias, sem motivos específicos.
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Queimadas para limpeza: geralmente promovidas por agricultores e pecuaristas, em áreas de pastagens ou de agricultura, para renovação do solo e introdução de sais minerais liberados pela prática. Esses incêndios podem atingir áreas florestais e sair do controle.
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Fumantes: incêndios originados por pessoas que fumam e descartam as bitucas de cigarro de forma incorreta.
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Fogos campestres: provocados por pessoas que acampam ou estão no campo, desenvolvendo alguma atividade, e fazem uma fogueira, que pode alastrar-se.
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Operações florestais: queimadas são causadas por trabalhadores que estão nas florestas, que usam do fogo para alguma finalidade.
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Estradas de ferro: queimadas promovidas direta ou indiretamente pelas atividades nas estradas de ferro.
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Diversos: incêndios que não se encaixam nos grupos anteriores; queimadas que ocorrem de forma rara ou incomum.
Tipos de queimadas
São diversas as causas das queimadas pelo mundo, e elas são classificadas em dois tipos: humanas e naturais.
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Queimadas humanas: são causadas de maneira direta ou indireta pelos seres humanos. Elas podem ser criminosas (quando há intensão de destruir-se uma área) ou acidentais.
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Queimadas naturais: promovidas por ações da própria natureza, como as descargas elétricas ou o vulcanismo (por meio da lavas do vulcão em erupção), que iniciam um incêndio, moderado ou extenso.
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Queimadas no Brasil
Alguns fatores têm feito as queimadas no Brasil aumentarem, como o avanço do desmatamento e a ampliação das áreas de pastagem e atividades econômicas ligadas à agropecuária.
Outro fator que acaba influenciando na propagação de incêndios pelo território brasileiro é o tempo seco e quente, vivenciado em grande parte do país entre agosto e setembro. Esse tempo mais seco, aliado à ação dos ventos, pode fazer as chamas aumentarem-se e proliferarem-se, e a ausência de chuvas comum nessa época do ano faz com que as queimadas em larga escala ampliem-se.
Em sua grande maioria, essas queimadas são provocadas pela ação humana de maneira criminosa. Os incêndios são muitas vezes ligados às atividades econômicas, iniciados por agricultores em áreas de pastagens, para renovação de pastos, e por grupos que causam desmatamento para eliminar vegetação rasteira e retirada de madeira para comercialização.
Essas práticas acabam por atingir diversas florestas, como é o caso dos biomas Amazônia, Pantanal e Cerrado, onde áreas de proteção ambiental, como o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO) ou Parque Nacional das Emas (MT e GO), a Chapada Diamantina (BA) e o Pantanal (MT e MS) estão sofrendo severos danos ambientais.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil registrou mais de 318 mil km² de área destruída pelo fogo em 2019, isso equivale aos tamanhos dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo juntos.
Segundo o Inpe, todos os seis biomas brasileiros sofreram com essas ações, mas Amazônia, Pantanal e Cerrado são os que mais têm sofrido com os focos de incêndio. Em 2020, o bioma da Amazônia teve mais de 64 mil focos de incêndio, seguido do Pantanal, com mais de 14 mil focos, e do Cerrado, superando a casa do 10 mil focos de incêndio.
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Controle de queimadas no Brasil
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Ministério do Meio Ambiente são as instituições governamentais responsáveis pelo monitoramento e controle de queimadas no país. Diversos planos devem ser desenvolvidos pelo ministério na tentativa de combate aos focos de incêndios e grandes queimadas no território brasileiro.
Diversas ações podem ser desenvolvidas para o combate a essa prática, entre as mais comuns e eficazes temos a informação, ou seja, investimentos na área da comunicação em massa, para educar as pessoas a não realizarem essas práticas, essas campanhas podem ser realizadas em escolas, mídias sociais, TV etc.
Quando o incêndio está em ocorrência, duas práticas são mais comuns, primeiro com os brigadistas, grupos de pessoas treinadas para o combate ao fogo com equipamentos de segurança e de controle de incêndios especiais; e segundo com uso de aviões com água, despejados em voou nas áreas de ocorrência de incêndios.
O Governo Federal pode direcionar as Forças Armadas para ajudar no combate a incêndios no Brasil. Assim soldados do Exército Brasileiro são redirecionados para ajudar os brigadistas de frente no combate aos incêndios e controle das queimadas no Brasil.
Queimadas no mundo
As queimadas no mundo aumentaram significativamente em 2020, diversos países têm registrado aumento nos focos de incêndio, como no caso da Austrália, dos Estados Unidos e de alguns países do continente africano. Áreas florestais sendo tomadas pelas chamas, áreas de agricultura sendo perdidas pela ação de incêndios e efeitos que afetam a saúde humana e o equilíbrio ambiental são realidades de diversos territórios mundiais.
Mais de 70% do território australiano é composto por vegetação e clima semiárido e desértico. Nessas áreas há uma forte incidência de calor, altas temperaturas e ausência de chuva, ambiente perfeito para incêndios. No final de 2019 e início de 2020, foram mais de 115 mil km² de áreas queimadas no país, com mais de 200 milhões de animais afetados, direta ou indiretamente. Cientistas australianos afirmam que, nos últimos anos, esses têm sido os piores impactos ambientais da Austrália.
Nos Estados Unidos da América, as áreas de incêndios também não param de crescer, eles ocorrem principalmente ao oeste e ao sul do país. São diversos focos de incêndio no país, registrando-se 28 mortes até o momento. São mais de 5 milhões de km² de área queimada, e os efeitos não impactam somente o país, autoridades europeias afirmam que a fumaça dos incêndios do EUA têm chegado à Europa, percorrendo uma área de mais de 8 mil km.
Nas porções central e sul da África, também tem sido comum, nessa mesma época do ano, a ocorrência de incêndios. Países que possuem biomas de Savanas e Pradarias e florestas tropicais registram aumento nos focos de incêndios. Países como Angola, República Democrática do Congo, Moçambique e Madagascar são os mais afetados. A área de queimadas no sul do continente chega a ser maior que 100 milhões de km².
Consequência das queimadas
As consequências das queimadas, de modo geral, são prejudiciais, tanto ao meio ambiente quanto à saúde humana. De forma direta, as queimadas geram destruição ambiental dos biomas e áreas que elas afetam, e elas também emitem gases poluentes e fumaça, que causam mal à saúde do ser humano, quando inalados imediatamente. Outras doenças respiratórias podem ser desenvolvidas pelo contato direto com esses gases, como bronquite, sinusite e rinite.
Essa emissão de gases e fumaça também afeta o meio ambiente e contribui para o chamado aquecimento global e efeito estufa. Esses gases desequilibram a temperatura do planeta Terra, aumentando-a, promovendo diversos efeitos negativos, como desequilíbrio do ciclo da água, com ausência de chuvas em diversas regiões do mundo e aumento do nível dos oceanos, em decorrência do derretimento das calotas polares.
Com a diminuição de chuvas, temos a diminuição de áreas de vegetação natural e consequente perda da biodiversidade (fauna e flora). Com a eliminação desses biomas, há o aumento das áreas de desertos ou de processos de formação de desertos. Em suma, haverá um constante desequilíbrio ambiental se nada for feito para combater essa prática humana tão agressiva.
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Soluções para as queimadas
Solucionar o problema das queimadas no mundo é um caso complicado, devido às grandes áreas de florestas que se tem pelo mundo. Cada país deve criar seu próprio sistema de monitoramento e fiscalização, para encontrar os culpados e, assim, aplicar as sansões legais de cada Constituição.
A criação de penalidades legais em cada país é a forma mais eficiente de tentativa de combate aos incêndios, com criação de multas elevadas para quem os comete. Outras ações podem ser realizadas para evitar incêndios acidentais, como o não descarte de cigarros ou materiais em chamas próximo de áreas de florestas ou pastagens e estradas.
Deve-se também evitar fogueiras em áreas de acampamentos ou próximas da vegetação, para que as chamas não se alastrem e tornem-se um incêndio em larga escala. Ainda, não queimar móveis ou lixo, pois as fagulhas podem ser levadas pelos ventos e causar algum incêndio.
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[1] StratosBril / Shutterstock