Animais em extinção
Animais em extinção são as espécies de animais que estão ameaçadas de desaparecer completamente do planeta, caso nenhuma medida seja tomada.
De acordo com a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), as espécies incluídas nas categorias “vulnerável”, “em perigo” e “criticamente em perigo” são coletivamente chamadas de espécies ameaçadas de extinção. Alguns exemplos de animais ameaçados de extinção são a baleia-azul, o coala, o tamanduá-bandeira e o mico-leão-dourado.
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Resumo sobre animais em extinção
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São considerados animais em extinção aqueles que ainda não foram extintos, porém necessitam de atenção especial em relação a sua conservação.
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Atualmente o ser humano tem influenciado diretamente na extinção de várias espécies.
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A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN considera como espécies ameaçadas aquelas incluídas nas categorias “vulnerável”, “em perigo” e “criticamente em perigo”.
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Coala, baleia-azul e panda são espécies consideradas ameaçadas.
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No Brasil, o tamanduá-bandeira, o mico-leão-dourado e a ararajuba são espécies consideradas ameaçadas.
O que significa dizer que um animal está em extinção?
A expressão “animais em extinção” é geralmente utilizada em referência aos animais que estão ameaçados de extinção. Um animal extinto é aquele que não pode ser mais observado na natureza ou mesmo em cativeiro, ou seja, todos os representantes da espécie já morreram. Já um animal ameaçado de extinção é aquele que, se nenhuma medida de proteção for realizada, poderá entrar em extinção no futuro.
A IUCN criou em 1964 a chamada Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas (IUCN Red List), a mais completa fonte de informação sobre o status de conservação de animais, fungos e plantas. As espécies, nessa lista, são classificadas em categorias que utilizam como base uma série de critérios de avaliação.
São categorias da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUNC:
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Extinto (em inglês, Extinct – EX): As espécies assim classificadas são aquelas que não existem mais em nosso planeta, já tendo ocorrido a morte de todos os seus representantes.
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Extinto na natureza (em inglês, Extinct in the Wild – EW): Nesse caso, temos espécies que não podem ser encontradas mais em seu habitat natural, sendo possível observá-las, por exemplo, em cativeiro.
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Criticamente em perigo (em inglês, Critically Endangered – CR): A espécie assim classificada possui um risco extremamente alto de ser extinta da natureza.
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Em perigo (em inglês, Endangered – EN): As espécies em perigo possuem um risco muito alto de entrar em extinção em seu habitat.
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Vulnerável (em inglês, Vulnerable – VU): As espécies vulneráveis são aquelas que possuem riscos altos de entrarem em extinção na natureza.
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Quase ameaçado (em inglês, Near Threatened – NT): Uma espécie quase ameaçada é aquela que ainda não pode ser classificada nas categorias de ameaça, porém, se nada for feito, poderá, em breve, fazer parte desse grupo.
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Pouco preocupante (em inglês, Least Concern – LC): As espécies pouco preocupantes apresentam ampla distribuição e são abundantes.
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Dados insuficientes (em inglês, Data Deficiente – DD): Não há dados suficientes sobre essas espécies para que se possa avaliar o nível de conservação.
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Não avaliado (em inglês, Not Evaluated – NE): As espécies classificadas nessa categoria não foram avaliadas pelos critérios da IUCN.
De acordo com alista da IUCN, as espécies incluídas nas categorias “vulnerável”, “em perigo” e “criticamente em perigo” são coletivamente chamadas de espécies ameaçadas de extinção.
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Animais em extinção no mundo
Em todo o planeta, várias espécies estão entrando em extinção. Muitas vezes, a redução de sua população está diretamente relacionada com a ação dos seres humanos, que afetam negativamente os animais quando destroem seu habitat, realizam caça ou pesca excessivamente, introduzem espécies exóticas a certas áreas, poluem e contribuem para as mudanças climáticas, entre várias outras ações negativas.
Veja algumas espécies que estão ameaçadas a seguir.
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Baleia-azul (Balaenoptera musculus)
Atualmente a espécie está classificada como em perigo pela IUCN, porém sua população está apresentando uma tendência de aumento. A baleia-azul, que é o maior animal do planeta, é considerada cosmopolita e ocorre em todos os oceanos, mas está ausente em mares, como o Mediterrâneo, Okhotsk e Bering.
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Tartaruga-verde (Chelonia mydas)
A espécie está classificada atualmente como em perigo pela IUCN, com tendência de decréscimo da população. Trata-se de uma espécie com distribuição muito ampla, ocorrendo em todas as águas tropicais do planeta e também, apesar de em menor quantidade, em águas subtropicais.
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Coala (Phascolarctos cinereus)
O coala é um animal que está classificado atualmente como vulnerável e sofre com o decréscimo de sua população. A espécie ocorre na Austrália, em áreas de florestas e matas dominadas por eucaliptos.
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Panda-gigante(Ailuropoda melanoleuca)
A espécie está classificada atualmente como vulnerável e a tendência populacional é de aumento. O panda-gigante ocorre na China, com área de distribuição altamente fragmentada.
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Urso-polar (Ursus maritimus)
A espécie está classificada como vulnerável pela IUNC e a tendência da população é desconhecida. Esse animal vive em regiões de águas cobertas de gelo no Ártico, podendo também ocorrer em gelo permanente.
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Animais em extinção no Brasil
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Ararajuba (Guaruba guarouba)
A ararajuba está atualmente classificada na IUCN como vulnerável e sua população apresenta tendência de decréscimo. A espécie é endêmica de nosso país e, segundo a IUCN, a maior parte dos seus registros são de ocorrência nos rios Tocantins, Baixo Xingu e Tapajós, na Bacia Amazônica.
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Boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis)
Atualmente a espécie está classificada como em perigo pela IUCN e a tendência da população é de decréscimo. A espécie ocorre na Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. A redução da população está relacionada com problemas como a captura acidental durante a pesca, construção de barragens, desenvolvimento de portos e mineração.
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Cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus)
A espécie está classificada como vulnerável pela IUCN e a tendência populacional atual é de decréscimo. Trata-se do maior cervo sul-americano. A espécie ocorre na Argentina, Brasil, Paraguai, Peru e Bolívia. A sua extinção já foi registrada no Uruguai.
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Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla)
Atualmente está classificado na IUCN como vulnerável e sua população está em decréscimo. De acordo com a IUCN, o tamanduá-bandeira é considerado o mamífero mais ameaçado da América Central e está possivelmente extinto em algumas regiões da Argentina, Belize, El Salvador, Guatemala, Uruguai e algumas áreas do nosso país, como Rio de Janeiro e Espírito Santo.
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Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia)
O mico-leão-dourado está classificado como em perigo pela IUCN e sua população sofre decréscimo. Trata-se de uma espécie endêmica da Mata Atlântica, ou seja, ocorre apenas em nosso país, mais especificamente no Rio de Janeiro.