Animais extintos

Animais extintos são espécies cujos indivíduos não existem mais. Dinossauros são exemplos muito conhecidos de animais extintos.
Vários fatores podem levar um animal à extinção, sejam eles naturais, sejam antrópicos.

Animais extintos são as espécies que não são mais encontradas em nosso planeta, isto é, que não apresentam nenhum exemplar vivo. Dinossauros, mamutes, dodôs, lobos-da-tasmânia e sapos-venenosos-esplêndidos são alguns exemplos de animais extintos em nosso planeta.

A extinção de animais pode ser consequência de diferentes causas, como fenômenos naturais e a ação humana. O ser humano pode levar animais à extinção ao destruir seu hábitat, caçar excessivamente e introduzir espécies em diferentes hábitats, por exemplo.

Leia também: Fauna e flora da Floresta Amazônica — diversidade na maior floresta tropical do mundo

Resumo sobre animais extintos

  • Um animal é considerado extinto quando não é mais encontrado nenhum espécime vivo daquela espécie.

  • Alguns animais tornam-se extintos na natureza, mas podem ser encontrados em cativeiro.

  • Todos os anos várias espécies entram em extinção.

  • São reconhecidas cinco grandes extinções em massa em nosso planeta.

  • A ação do homem está relacionada com a extinção de várias espécies.

Quando um animal é considerado extinto?

Dizemos que um animal está extinto quando seu último representante morre, ou seja, quando essa espécie desaparece completamente do planeta, não restando mais nenhum indivíduo em cativeiro ou em ambiente natural.

Algumas espécies são classificadas como extintas na natureza, o que significa que ainda existem alguns representantes da espécie em cultivo, cativeiro ou como uma população (ou populações) naturalizada fora da sua área de distribuição natural, segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).

Outras são classificadas como ameaçadas de extinção. Nesse caso, ainda há representantes da espécie no planeta, entretanto medidas devem ser tomadas para que ela não desapareça completamente no futuro.

Causas da extinção de animais

As causas da extinção de animais são variadas, sendo algumas naturais e outras resultantes da ação humana. Quando falamos de causas naturais, podemos salientar:

O ser humano pode provocar extinção de espécies quando destrói hábitats, introduz espécies em hábitats que não são próprios daquelas espécies, realiza caça e pesca predatória, promove o tráfico de animais, entre outras ações.

Saiba mais: Causas da perda de biodiversidade

Animais extintos em massa

As extinções sempre ocorreram na história do planeta, sendo reconhecidas cinco extinções em massa de grandes proporções, também chamadas de “Big Five”. Essas extinções são as que ocorreram no Ordoviciano (há cerca de 440 milhões de anos), no Devoniano (365 milhões de anos), no Permiano (250 milhões de anos), no Triássico (215 milhões de anos) e no Cretáceo-Paleógeno (65 milhões de anos).

Entre essas, a mais conhecida é a extinção que ocorreu no Cretáceo-Paleógeno e resultou na extinção dos dinossauros. Essa, no entanto, não se trata da maior extinção que já ocorreu em nosso planeta. A extinção que ocorreu no fim do Permiano é a extinção considerada a de maior proporção, sendo responsável por eliminar 95% das espécies marinhas existentes na época.

Alguns cientistas afirmam que atualmente estamos vivendo a sexta extinção em massa do nosso planeta. Isso se deve ao fato de que a ação humana é responsável por provocar uma grande perda de biodiversidade anualmente. Segundo o WWF (World Wildlife Fund — Fundo Mundial Para a Natureza),

se considerarmos que a menor estimativa do número de espécies como verdadeira (isto é, que existem mais ou menos 2 milhões de espécies diferentes em nosso planeta), isso significa que todo ano ocorrem entre 200 e 2.000 extinções”.

Exemplos de animais extintos

  • Sapo-arlequim-chiriqui (Atelopus chiriquiensis)

Espécie de anfíbio vista pela última vez em 1996. Tratava-se de uma espécie diurna e que vivia nas margens de riachos em regiões de florestas. Machos eram territoriais e usavam o canto para manter um local de reprodução. Ocorria na Costa Rica e Panamá.

O sapo-arlequim-chiriqui foi avistado pela última vez em 1996. [1]
  • Pachnodus velutinus

Espécie de gastrópode que não é vista desde 1994. A extinção da espécie ocorreu devido à expansão da espécie Pachnodus niger, o que levou à hibridização. De acordo com a IUCN, a espécie é endêmica de Seychelles. Esse caracol extinto foi encontrado apenas na Ilha de Mahé.

O caracol do tipo Pachnodus velutinus não é avistado desde 1994. [2]
  • Iguana-da-Ilha-Navassa (Cyclura onchiopsis)

Essa espécie ocorreu apenas na Ilha Navassa, uma ilha administrada pelos Estados Unidos. Foi vista pela última vez em julho de 1878 e sua extinção está provavelmente relacionada com a ação humana, devido à exploração de minérios na ilha durante o século XIX.

A iguana-da-Ilha-Navassa foi extinta provavelmente devido à ação humana. [3]
  • Sapo-venenoso-esplêndido (Oophaga speciosa)

Tratava-se de uma espécie terrestre de várzea úmida e floresta montanhosa que ocorria no Panamá. A espécie foi vista pela última vez em 1992.

Representação 3D da espécie Oophaga Speciosa; ela foi avistada pela última vez em 1992.
  • Sapo-dourado (Incilius periglenes)

Essa espécie de anfíbio foi vista pela última vez em 1989. Sua ocorrência foi registrada apenas na Reserva Biológica Monteverde, na Costa Rica.

Anfíbio extinto conhecido como sapo-dourado. [4]
  • Tartaruga-gigante-floreana (Chelonoidis niger)

A espécie entrou em colapso no início do século XIX e foi vista pela última vez em 1850, possivelmente. Atualmente há adultos em cativeiro que apresentam material genético histórico da espécie, porém não se conhece a existência de tartarugas consideradas puras. A espécie ocorria em Floreana, nas Ilhas Galápagos.

Exemplar empalhado da tartaruga-gigante-floreana. [5]
  • Lagarto-da-Ilha-Christmas (Emoia nativitatis)

Essa espécie de lagarto foi vista pela última vez em 2010 e era endêmica da Ilha Christmas. Na década de 1970, a espécie era muito abundante, mas, devido à introdução de espécies, sua população apresentou grande queda.

Essa espécie de lagarto está extinta e foi vista pela última vez em 2010. [6]
  • Cervo-de-schomburgk (Rucervus schomburgki)

A população selvagem dessa espécie de cervo, a qual é endêmica da Tailândia, morreu em torno de 1932. O último indivíduo em cativeiro morreu em 1938. A espécie vivia em planícies pantanosas que se inundavam sazonalmente.

Foto rara de um cervo-de-schomburgk, animal extinto desde 1938. [7] 
  • Pomba-de-bico-grosso (Alopecoenas salamonis)

A espécie foi vista pela última vez em 1927 e sua extinção está associada à predação por espécies introduzidas. A espécie ocorria nas Ilhas Salomão.

A predação tornou a pomba-de-bico-grosso um animal extinto. [8]
  • Tartaruga-gigante-pinta (Chelonoidis abingdonii)

A espécie foi considerada extinta com a morte do último indivíduo conhecido, o qual recebia o nome de George Solitário, em 24 de junho de 2012. Apesar de existirem tartarugas com até 50% dos genes da espécie, não há mais indivíduos puros.

George Solitário foi o nome dado ao último exemplar dessa espécie de tartaruga. [9]
  • Lobo-da-tasmânia (Thylacinus cynocephalus)

O último indivíduo da espécie morreu em 1936, no Zoológico de Hobart. A espécie era encontrada em diferentes hábitats na Tasmânia e caçava, principalmente, à noite. A espécie caçava sozinha ou aos pares e se alimentava, por exemplo, de cangurus.

O último lobo-da-tasmânia viveu em cativeiro no Zoológico de Hobart. [10]
  • Bandicoot-pés-de-porco (Chaeropus ecaudatus)

A espécie foi vista pela última vez na década de 1950. Ocorria em vários hábitats na Austrália e sua dieta incluía insetos, pequenos vertebrados, grama e raízes.

O pequeno marsupial vivia na Austrália antes de ser considerado um animal extinto. [11]
  • Quaga (Equus quagga quagga)

O quaga é uma subespécie extinta de zebra e o último indivíduo morreu em 1883, no zoológico de Amsterdã.

Quaga era uma subespécie da zebra.
  • Warrah (Dusicyon australis)

Esse animal foi visto pela última vez em 1876. Tratava-se de uma espécie endêmica das Ilhas Malvinas e que teve sua população reduzida rapidamente devido à perseguição.

O último warrah foi visto em 1876. [12]
  • Vaca-marinha-de-Steller (Hydrodamalis gigas)

Estima-se que o gênero tenha entrado em extinção em 1768. Era uma espécie conhecida do Mar de Bering, que viva em águas rasas e frias.

Modelo da vaca-marinha-de-Steller, a espécie que viveu até 1768. [13] 
  • Dodô (Raphus cucullatus)

A espécie foi avistada pela última vez em 1662. A sua extinção está relacionada com a caça e também predação de seus ninhos por porcos introduzidos. A espécie não voava, era predominantemente herbívora e ocorreu nas Maurícias.

O dodô não voava. A caça foi o provável motivo de sua extinção.
  • Foca-monge-caribenha (Neomonachus tropicalis)

A espécie não é vista desde 1952, sendo considerada extinta por esse motivo. Ocorria no Mar do Caribe e sua dieta é desconhecida

 Focas-monges-caribenhas no Aquário de Nova Iorque, em 1910. [14]
  • Pombo-viajante (Ectopistes migratorius)

O último registro selvagem considerado confiável para essa espécie é de 1900. A espécie ocorria na América do Norte e era considerada uma espécie nômade.

Um casal de pombos-viajantes empalhados. O último registro da espécie é de 1900. [15]
  • Periquito-da-carolina (Conuropsis carolinensis)

A espécie era considerada endêmica no leste dos Estados Unidos e foi vista pela última vez em 1910.

O último periquito-da-carolina foi visto em 1910. [16] 
  • Arau-gigante (Pinguinus impennis)

A espécie, que se distribuía pelo Atlântico Norte, entrou em extinção devido à grande pressão da caça. O último espécime foi visto em 1852.

O arau-gigante era semelhante a um pinguim. O último espécime foi visto em 1852. [17]
  • Auroque (Bos primigenius)

Tratava-se de um bovino selvagem, o qual aparentemente preferiu pântanos e florestas pantanosas da Europa e Ásia e é descendente da maioria das raças de gado que conhecemos hoje. O último auroque selvagem morreu em 1627, na Polônia.

O último auroque selvagem morreu na Polônia em 1627. [18]
  • Ave-elefante – Aepyornis

A ave-elefante era encontrada apenas na ilha de Madagascar e não se sabe ao certo quando ocorreu sua extinção. Entretanto, acredita-se que a espécie possa ter permanecido até o século XVIII ou XIX.

Reprodução da estrutura esquelética da ave-elefante. [19]
  • Solenodon marcanoi

A espécie provavelmente foi extinta no final do século 15 com a chegada dos europeus ao Novo Mundo. Essa espécie de mamífero ocorreu na Ilha de Hispaniola.

  • Mamute (Mammuthus)

Os mamutes são muito conhecidos pelo seu tamanho e semelhança com os atuais elefantes. Esses animais viveram durante a Idade do Gelo e sua extinção está associada com a ação humana e também com as mudanças climáticas. Estudos indicam ainda que eles, em suas últimas populações, acumularam uma grande quantidade de mutações deletérias que favoreceram a morte dos indivíduos.

Os mamutes eram grandes animais e se assemelhavam aos elefantes. Viveram durante a Idade do Gelo.
  • Tigre-dente-de-sabre

Os mais conhecidos tigres-dentes-de-sabre fazem parte do gênero Smilodon. São animais característicos da fauna do Pleistoceno e estima-se que sua extinção tenha ocorrido há cerca de 10.000 anos.

A extinção dos tigres-dentes-de-sabre pode ter ocorrido há 10.000 anos.
  • Tatu-gigante — gliptodontes

O tatu-gigante, provavelmente, extinguiu-se há cerca de 10.000 anos, junto com grande parte da fauna do Pleistoceno. Assim como os tigres-dentes-de-sabre, sua extinção parece estar associada com a ação humana e mudanças climáticas.

Os tatus-gigantes se extinguiram junto com a maior parte da fauna do Pleistoceno.
  • Preguiça-gigante — Megatherium americanum

Esse animal viveu durante o Pleistoceno e provavelmente extinguiu-se há cerca de 8.000 a 10.000 anos. Ocorria na América do Sul.

 A preguiça-gigante também viveu no Pleistoceno.
  • Alce-gigante (Megaloceros giganteus)

A espécie era encontrada em toda a Europa e também ocorria na Ásia. Extinguiu-se no final da última era glacial.

Fóssil de um alce-gigante. O animal viveu até o final da última era glacial.
  • Sivatherium

O animal pode ter vivido até cerca de 5.000 anos atrás e trata-se de um parente da girafa atual. Fósseis foram encontrados em toda a Ásia, Europa e África.

Sivatherium pode ter vivido até cerca de 5.000 anos atrás.
  • Dinossauros

No grupo dos dinossauros, temos uma grande variedade de espécies. Esses animais viveram durante a Era Mesozoica e sua extinção é explicada pela queda de um meteorito em nosso planeta há cerca de 66 milhões de anos.

Os dinossauros foram extintos no final do Cretáceo.

Créditos de imagem

[1] Wikimedia Commons

[2] IUCN Red List / © Justin Gerlach

[3] IUCN Red List / © Robert Powell

[4] IUCN Red List/ © Chris Perrins

[5] IUCN Red List/ © Peter C.H. Pritchard

[6] IUCN Red List/ © Harold G. Cogger

[7] IUCN Red List/ © Lothar Schlawe

[8] IUCN Red List/ © del Hoyo et al

[9] IUCN Red List/ © Anders Rhodin

[10] Wikimedia Commons

[11] Wikimedia Commons

[12] Wikimedia Commons

[13] Wikimedia Commons

[14] Wikimedia Commons

[15] Wikimedia Commons

[16] Wikimedia Commons

[17] Wikimedia Commons

[18] Wikimedia Commons

[19] Wikimedia Commons

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
Matemática
Função Seno
Nesta aula veremos como é o gráfico de uma função seno e analisaremos o valor de máximo, mínimo, amplitude e período dessa função.
Outras matérias
Biologia
Matemática
Geografia
Física
Vídeos